ESCRITOS II

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Escritos do Septão Ronard, 164 D. C

O Casamento, Os Rumores, As Tensões e as Alegrias da Princesa Visenya Targaryen e do Príncipe Aemond Targaryen

"Cogumelo afirmou para todos que desejassem ouvir que a Luz da Corte teria ficado cega de raiva ao descobrir que detalhes e questionamentos da consumação do seu casamento rodavam pela Fortaleza Vermelha- não era de se surpreender, já que a ausência da cerimônia de cama trouxe questionamentos em excesso ainda nas primeiras luas da união entre os meio-irmãos.

Muitos nobres Senhores teriam se contrariado com a decisão do , já que um casamento sem a cerimônia de cama era "um casamento sem provas". Os nobres queriam despir os noivos e gritarem obscenidades na porte e, com sorte, até vislumbrarem o sangue manchando o lençol branco. Algumas cortesas afirmavam com suas criadas e familiares que a falta de interesse de Visenya Targaryen no sexo oposto era o verdadeiro motivo para que o Rei Viserys I fosse contrário a cerimônia naquele casamento- elas até mesmos concordaram entre si que essa era uma maneira para que Viserys protegesse a honra de seu filho, Aemond.

Duas luas após o casamento entre os meio-irmãos, Aemond Targaryen aflingiu sérios ferimentos a um dos gêmeos Tarbeck- possivelmente Adrian Tarbeck- após o mesmo fazer comentários sobre a possível castidade intacta de Visenya Targaryen. Quando questionado pelo pai, Aemond afirmou que estava defendendo sua honra como homem.

Seja como fosse, os rumores sobre a cerimônia de cama tiveram fim pouco tempo após o nariz do Tarbeck se curar torto e, rapidamente, a união entre Aemond e Visenya ganhou as graças entre os nobres: eles se amavam, se respeitavam, estavam juntos em muitos momentos e se mostravam confortáveis um com o outro.

Não era estranho encontrar Visenya Targaryen assistindo aos treinamentos do marido no pátio, nem mesmo encontrar Aemond vagando pelo andar dos aposentos da esposa. No entanto, havia algo que os dois compartilhavam com prazer: o voo nas costas de seus respectivos dragões. Acredita-se que Visenya Targaryen passou mais de metade de sua vida nas costas da Fúria de Bronze, desbravando os céus e sobrevoando de Westeros até as Cidades Livres, conhecendos povos e conquistando a todos- seja com sua simpatia ou com a sua força. Aemond não se diferenciava da Princesa: ele amava os céus e tinha prazer em estar entoando terror com a sombra de Vhagar. Então, não era de se admirar que Vermithor e Vhagar compartilharam inúmeras viagens ao lado de seus cavaleiros ao decorrer dos anos.

Diziam que Aemond dificilmente permitia que a esposa fugisse de suas vistas, então segui-la nos céus era um hábito- Visenya até mesmo afirmou em uma ocasião que era divertido vê-lo tentar segui-la no ar. Até mesmo os simples camponeses pareciam se impressionar com o casal real.

Alicent Hightower, no segundo ano de casamento entre eles, fez um brinde que foi aplaudido ruidosamente por muitas pessoas presentes naquele banquete: "eles nasceram um para o outro". No mesmo banquete, Aegon Targaryen teria retrucado a fala de sua mãe uma dúzia de vezes após estar bêbado o suficiente para tal, afirmando a qualquer um que pudesse escutar que Aemond havia roubado a sua noiva e o seu direito de nascimento- Cogumelo afirmou no dia seguinte que o Príncipe Caolho atravessou sua faca na mesa em ameaça ao irmão mais velho, enquanto Alicent tentava apartar os ânimos entre seus filhos. O único fato que foi amplamente conhecido é que Príncipe Aemond realmente teria ficado contrariado com os comentários do irmão e, antes mesmo de servirem o segundo prato, teria abandonado a refeição e levado a esposa consigo. Lady Brynna Manderly, jovem nortenha e filha do Lorde Desmond Manderly, havia se tornado Dama de Companhia da Princesa em 121 D. C e, em cartas trocadas com o pai, costumava contar sobre o quanto os dois haviam brigado duramente naquela noite.

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