III

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"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras" - Aristóteles

Valentine's pov:

Finalmente aquele dia tinha acabado, e a minha casa não tinha sido alvo de nenhuma partida estúpida de Halloween, já que estávamos no final de outubro e os adolescentes são terríveis, a minha irmã já se tinha ido embora o que também era um alivio, não que eu não goste da minha irmã mas ela consegue ultrapassar os limites da chateza.

Já estava de noite, bem tarde eu tinha acabado de colocar a loiça suja na máquina de lavar e de a ligar, desliguei as luzes e fui para o meu quarto, tomei um duche e enquanto me lavava pensava no homem a quem eu acidentalmente bati, Spencer, Spencer um bonito nome, não tanto quanto o meu, mas também duvido que os pais dele fossem fanáticos pelo Conde de Monte Cristo. Eu ri-me um pouco com esse pensamento, eu tinha saudades dos meus pais, eles estavam na França, Paris e eu queria ir visitá-los mas provavelmente só no Natal é que conseguiria ir lá, o problema não era o dinheiro e sim o tempo livre.

Vesti umas calças de pijama pretas que estavam um pouco largas na cintura, um camisola de alças rosa clara(eu sou calorenta) e um casaquinho de malha branco escuro, mas não escuro o suficiente para ser cinzento. Spencer Reid, ele era bonito com o cabelo todo puxado para trás, e os olhos âmbar esverdeados lindos, mais que lindos, belos...

Deitei-me na minha cama a ler um livro 'O Conde de Monte Cristo', sim eu também adorava esse clássico da literatura francesa, ouvi um barulho estranho no andar de baixo da minha porta como se fosse alguém a entrar e em seguida ouvi passos, pousei o livro aberto e peguei numa chave de fendas.

Saí do meu quarto silenciosamente enquanto ouvia a pessoa a tentar orientar-se, eu estava a andar pelo andar de cima só com as minhas meias calçadas para não fazer barulho, eu conhecia bem aquela mesmo de luzes apagadas, mas mesmo conhecendo aquela casa de uma ponta à outra eu fui contra vários móveis, fiquei quieta no meu lugar a olhar em volta.

Comecei a ouvir alguém a respirar pesadamente atrás de mim e a enrolar os braços fortes à minha volta, com a chave de fendas perfurei a perna dele, e tirei logo em seguida a chave de fendas e comecei a correr pela minha casa, descia as escadas rapidamente e fui contra vários móveis, o que é natural tendo em conta que estava tudo escuro.

Eu agora tinha parado de correr e estava quieta no lugar à procura de algum som diferente, infelizmente não ouvi nada, só senti baterem-me com uma coisa pesada na cabeça e eu desmaiei.

Merda...

Giselle's pov:

Ontem eu estive a chatear a minha irmã porque ela nos deixou ao frio fora de casa, por muito que a Valentine dissesse que ela foi contra um homem e que não foi por querer eu continuei a pressionar e a chatear, e sinceramente eu sinto-me mal por ter feito isso, portanto agora estou a ir a casa dela para me desculpar, até comprei o os muffins de chocolate que ela adora.

Eu estranhei o facto da porta estar entreaberta, mas ela poderia ter só se esquecido de a fechar e trancar certo? ERRADO!

Entrei em pânico, estava uma pequena poça de sangue no chão perto da ilha na cozinha e quando subi as escadas estava lá uma chave de fendas coberta em sangue e pingas de sangue pelo chão e pegadas grandes e OH MEU DEUS. Se eu não tivesse saído tão cedo aquilo não aconteceria, saí de lá e fui a correr à polícia.

Oh merda! Oh merda! OH MERDA...

Adentrei a esquadra da polícia, e fui falar com o primeiro polícia que me apareceu à frente.

"A minha irmã desapareceu" disse rapidamente a olhar para ele.

"Desculpe senhora, mas só pode reportar um desaparecimento depois de 3 dias, tenha um bom dia" respondeu o mesmo.

"Desculpe lá, mas..."

"Mas nada minha senhora, agora tenha um bom dia" interrompeu o polícia com uma face de carrancudo.

Saí de lá a ferver de raiva e passei para o meu segundo plano que deveria ter sido o primeiro, ligar à minha amiga do FBI, a JJ, eu sabia que ela estava gravida mas era importante, o telemóvel começou a chamar e ela atendeu.

"Giselle, precisas de algo?" perguntou a mesma preocupada.

"Sim, de ajuda a minha irmã desapareceu"

"Bem, tu tens a certeza..." continuou a mesma um pouco na dúvida.

"Sim JJ eu tenho certeza absoluta, eu fui a casa dela e a porta estava entreaberta e estava lá sangue" respondi apressadamente.

"Onde estás? Eu vou aí buscar-te para conversar pessoalmente contigo e trás uma foto da tua irmã." 

"Estou à frente da esquadra da polícia", "ok".

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Spencer's pov:

Eu tinha voltado com o Morgan e informaram-nos que estava outra mulher desaparecida, fomos para a sala de reuniões onde estava a irmã da mulher que por sorte era amiga da JJ, elas pareciam chegadas, elas iam nos falar um pouco sobre a desaparecida, caso isso ajuda-se.

Pediram que a Giselle, acho que era esse o nome dela, fosse para casa para se acalmar e tentar relaxar um pouco, o que é óbvio que ela não ia conseguir fazer mas prontos.

"Ok, então esta é a Valentine White, ela tem dupla nacionalidade, francesa e americana, ela está desaparecida e tem 24 anos, por isso eu acho que ele está a tentar expandir a coleção." disse a JJ enquanto passavam uma foto dela no ecrã.

Mal vi o seu rosto, eu lembrei-me dela da 'mulher mistério' e acho que não fui o único. "Parece que a 'mulher mistério' do Reid afinal tem nome, pretty boy vais ser o príncipe encantado dela que a vai salvar." começou o Morgan enquanto se ria.

"Espera a Valentine é a tua mulher misteriosa?" perguntaram todos menos o Hotch e o Morgan em sintonia.

"Pois é pretty boy, acho que agora vais ser príncipe encantado." ele continuou a gracejar.

"Morgan, chega" interveio o Hotch "Ok, Derek, Reid e Prentiss a casa dela, JJ tu falas com a irmã dela, mas primeiro o que vos disseram sobre a autópsia?"

"Elas morreram todas da mesma maneira envenenamento, com ácido fluorídrico" respondeu o Morgan.

" O ácido fluorídrico é um notório veneno de contato, além de seus danos corrosivos. O gás ácido de ocorrência natural é um veneno atmosférico de ação rápida notório liberado por atividades vulcânicas ou plataformas de perfuração. Irritantes de contato à base de plantas, como os possuídos pela hera venenosa ou carvalho venenoso, são frequentemente classificados como , e não como venenos; o efeito de um alérgeno não sendo um veneno como tal, mas para transformar as defesas naturais do corpo contra si mesmo. O veneno também pode entrar no corpo por meio de implantes médicos defeituosos ou por injeção que é a base da injeção letal no contexto da pena de morte. Isto resultou em 98 000 mortes em todo o mundo, para baixo de 120 000 mortes em 1990." expliquei rapidamente chegando a uma conclusão "E as vítimas também tinham todos uma caixa de som dentro delas entre os rins que é mais ou menos a mesma localização dentro das bonecas que conseguem cantar e falar, com isso eu suponho que o unsub seja de alguma área da medicina ou tenha aprendizados médicos, assim como acesso a ácido fluorídrico."

















Save Me - Spencer Reid🖤Where stories live. Discover now