2.8| entrevista

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—então você tá me dizendo —Yamaguchi começa, enquanto ajuda-me a colocar as lentes de contato sobre meus olhos— que você achou um local em que podemos viver juntos sem desrespeitar as leis?

—bom... no caso, não existem leis lá. Por enquanto —explico superficialmente, fazendo o garoto tombar seu rosto ao lado, mais confuso ainda.

Ele pega uma das lentes e afasta a região ao redor tortuosamente, fazendo-me revirar os olhos a dor, e ele bufar a tanto drama. Sem importar-se, ele enfia sem dó o objeto colado ao seu dedo em meu olho, fazendo-o grudar nele, e pisco algumas vezes até acostumar-me com o desconforto novo que ele causa.

—ugh —gemo, balançando a cabeça de um lado-ao-outro—nunca me acostumarei com isso. Ele ignora a minha fala.

—como assim não tem leis, Tsukishima? —ele cruza os braços, desconfiado de minhas afirmações.

—confia em mim, meu amor! —estendo o último "o", fazendo um leve drama a situação— preciso mostrar para você entender...

—vamos terminar de se arrumar logo!! Seu preguiçoso! —ele aperta a ponta de meu nariz, produzindo-me cócegas, que apenas não libero por mostrar-lhe a língua primeiro.

—eu queria mesmo era estar te comendo! —cruzo os braços, ainda que brincalhão com minha fala. Ele revira os olhos.

—você acha que meu cu é de ferro, Tsukishima? Quando foi nossa primeira vez eu fiquei com dores na lombar por dois dias consecutivos! Queria poder te comer, só para você ver como eu me sinto! —ele desabafa, pisando forte no chão, enquanto briga comigo, como se estivesse causando uma injustiça a ele.

—pois nem parece que você odeia essa sensação, já que geme que nem uma putinha quando pula no meu colo! E além disso... eu não me importaria de ser comido por você, meu amor... —sorrio provocante ao final, ele desloca um tapa em meus ombros.

—para de falar besteira! Tsukishima! Até parece que eu vou ser o ativo... —ele comenta, revirando os olhos em tamanha idiotice.

—não tenho objeções —explico.

—pois eu tenho! —ele exclama, irritado.

—eu sei, é por que você é a putinha do tsukki! —sorrio, em provocação a ele— putinha do tsukki! Putinha do tsukki! —cantarolo, agarrando-o pelas nadegas.

—você é um pervertido insaciável, seu merda! —ele grita, tirando minhas mãos do local macio a força— você tem sorte que nós estamos de terno, por que se não, todos veriam as marcas que você deixa em minha barriga e na minha bunda! Tem uma que criou um hematoma— ele afirma, apalpando uma parte específica de sua nadegas, e fazendo uma careta dolorosa.

—da próxima vez eu fico mais gentil, je jure —afirmo, forçando meu rosto a seriedade, ele revira os olhos.

je jure coisa nenhuma, você sempre diz isso e nunca cumpre! —ele retruca, batendo os seus pés no chão. Desisto da briga boba.

—eu estou tão feliz que vamos assumir nosso noivado publicamente, meu amor! —comento animado, envolvendo-o em meus braços, da maneira correta.

E ele abre o seu magnífico sorriso, que faz-me amolecer por dentro.

Seus braços se envolvem sobre meus ombros, fazendo-nos cambalear um pouco, e encostamos nossos lábios, de maneira apaixonada, em um breve selinho.

—vamos? —ele questiona, cambaleando sua cabeça para o lado.

oui, bien sûr...

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Suspiro fundo, sentando-me na poltrona confortável do studio.

As rosas de um demônio || tsukkiyama [Sendo reescrita]Where stories live. Discover now