1.7| conto de fadas

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Eu ganhei coragem, e vou fazer isso.

Hoje que eu peço o Yamaguchi em namoro.

Eu estou aqui a quase sete meses, e eu fico com Yamaguchi a cinco. Eu preciso dar esse passo, já que eu sei que isso não vai ser algo que ele vá, ou queria fazer.

O sonho de Yamaguchi é viver em um conto de fadas, e é isso que eu quero dar a ele. Eu comprei um par de alianças, e eu vou dá-las em nosso encontro de hoje. Eu já planejei tudo.

Nos vamos a uma cachoeira aqui perto, porém eu descobri que ninguém conhece-a, ou seja, vamos estar longe dos holofotes, apenas nós dois. Vamos nadar, e quando voltarmos a superfície, o pedirei em namoro. Simples.

—Kageyama! Ainda bem que eu te achei! —seguro o braço do garoto, o puxando para o meu quarto— vem comigo.

—o que tu quer, pulga? —o garoto revira os olhos, se sentando em minha cama. Ele me chamou de o que?

—você me chamou de pulga?! —pergunto, incrédulo. Ele ri de minha reação, provocativo— enfim, não importa agora. Eu preciso de sua ajuda.

—fala logo, merda.

—te aquieta, filho da puta —desloco um tapa em sua nuca, bufando— e-eu vou pedir o Yamaguchi em namoro... hoje.

—VOCÊ VAI FAZER ISSO HOJE? —ele grita, puxando-me por minha gola. tampo sua boca com uma de minhas mãos, e ele se livra disso, retirando-a de lá—porra, eu pensei que você já tinha pedido ele em namoro.

—eu sei... eu só não consegui. Eu tô com medo da reação dele... —bufo, passando minhas mãos pelas mechas curtas de meu cabelo.

—tudo bem... você consegue, pulga —ele brinca com o apelido de novo, passando as mãos sobre os meus cabelos— o que você quer que eu te ajude?!

—cabelo, maquiagem, roupa, tudo que envolva a aparência.

—tudo bem... é o que eu sei fazer... —ele me empurra para a cadeira em frente a penteadeira, começando o seu trabalho.

Ele pega uma quantidade de gel e passa em meu cabelo, algo que eu nunca entendi como eu não pareço com alguém-que-se-chama-enzo-e-usa-sapatênis, ele tem o dom de me deixar um verdadeiro gostoso, na verdade.

—para onde vocês vão? —ele pergunta, ainda mexendo em meus cabelos.

—a gente vai na cachoeira Fukurodani —respondo, disperso. Ele concorda, mesmo eu tendo certeza que ele não faz ideia de onde é.

—você vai usar roupa de banho, então?

—sim... —e ele se cala novamente. Partindo para o meu rosto.

Percebo que, as maquiagens que ele usava em meu rosto eram a prova d'água. Ele escondia minhas marcas acneica com o corretivo —de uma marca de grife, para variar— evitando esconder as poucas pintinhas que eu tinha no rosto. Ele passa algo brilhante em meus olhos, uma coisa que ele é viciado, usando a desculpa de que "meus olhos são claros, então destaca eles".

—deu, agora escolhe a roupa —ele respira fundo, após se despertar do foco-total.

—escolhe pra mim —peço, mordendo meus lábios. Kageyama revira seus olhos, se encaminhando para o meu guarda roupa.

—aqui oh, veste esse calção, essa camiseta —ele joga as peças de roupa em cima de mim- a camiseta vai ficar justa, o Yamaguchi gosta disso, até por que ele fica te comendo com os olhos quando você tá com os seus músculos aparentes.

Coro com sua fala, indo ao banheiro me trocar.

—$—

—a gente já tá chegando, tsukki? —Yamaguchi questiona, olhando aos arredores da trilha curta que estamos seguindo.

As rosas de um demônio || tsukkiyama [Sendo reescrita]Where stories live. Discover now