iii.

92 12 3
                                    

 A água formava pequenas ondas sob seu barco, em um azul radiante debaixo da luz emitida pelos raios solares

Deze afbeelding leeft onze inhoudsrichtlijnen niet na. Verwijder de afbeelding of upload een andere om verder te gaan met publiceren.

A água formava pequenas ondas sob seu barco, em um azul radiante debaixo da luz emitida pelos raios solares. Era uma visão quase romântica, que teria aquecido o coração dos presentes se não fosse pela áurea de desconforto que os tomava. O silêncio lhes soava alto, como se sua presença não animasse aos seres que habitavam a floresta ao seu redor, e não era possível ver nem o menor pássaro voando pelo céu livre de nuvens de Nárnia.

O anão narniano havia os explicado sobre um príncipe telmarino que encontraram no meio da noite, quando o capturaram e o mantiveram de refém. Disse sobre como ele tinha a trompa de Susan consigo, e a usara para conseguir ajuda. Por isso, eles agora lá estavam.

— Estão paradas. — Lucy sussurrou.

— São árvores. — respondeu o anão à sua frente, Maelie remexeu-se desconfortavelmente ao lado de Susan. — Você queria o quê?

— Elas dançavam.

O homem rabugento fitou a garotinha, suspirando profundamente antes de focar seu olhar nos profundos bosques que cercavam o rio por onde embarcavam.

— Pouco depois que saíram, os telmarinos invadiram. — começou. — Os sobreviventes se retiraram para os bosques, e as árvores se retiraram para tão dentro de si mesmas que nunca mais as ouvimos falar.

— Eu não entendo. — Lucy franziu suas sobrancelhas. — Como Aslan permitiu isso?

O anão zombou.

— Aslan? Achei que tinha nos abandonado junto com vocês.

O aperto no peito de Maelie aumentou, e ela engoliu em seco quando as palavras lhe foram tiradas. Durante muito tempo, as vozes em sua cabeça foram as únicas a dizê-la como era culpada pelo sofrimento de seres inocentes. Mas agora, um deles lhe apontou o dedo, a lembrando de como seu fracasso com aquele povo permaneceria para sempre em sua memória.

Ela sentiu Susan segurar sua mão com força, acariciando os nós de seus dedos, e suspirou ao colocar sua cabeça sobre o ombro da garota com cuidado.

— Não quisemos abandoná-los. — Peter disse.

— Não faz diferença agora, faz? — indagou o mais velho, melancolicamente.

— Leve-nos até os narnianos. — insistiu, aumentando a velocidade com que remava. — E fará.

Após mais alguns momentos sentados no barco, em um silêncio pesado e desconcertante, eles atingiram terra. Maelie desembarcou, ajudando Susan e Lucy, e logo indo se posicionar para puxar sua embarcação junto dos outros.

— Olá, seu urso. — Lucy exclamou animadamente.

Os quatro que terminavam de posicionar o barco, e o anão próximo a eles, levantaram suas cabeças, encontrando a menina caminhando em direção a um imenso urso negro, que caminhava sobre suas quatro patas e farejava o chão coberto por pequenas pedras.

THE ARCHER | as crônicas de nárnia²Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu