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  Edmund ajoelhou-se em frente a um grande pedaço de pedra, que estava firmemente apoiado ao chão, e o analisou com curiosidade, suas sobrancelhas franzidas

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Edmund ajoelhou-se em frente a um grande pedaço de pedra, que estava firmemente apoiado ao chão, e o analisou com curiosidade, suas sobrancelhas franzidas.

— Catapultas.

— O quê? — Peter indagou.

— Não foi uma tragédia natural. — concluiu Edmund. — Cair Paravel foi atacada.

Os cinco jovens fitaram uns aos outros, suspirando tristemente. Eles lembravam-se de ter deixado tudo em ordem quando saíram, então, na teoria, não deveria haver motivo para que quisessem derrubar o castelo onde viveram por quinze anos.

Edmund e Peter forçaram um pedaço de muro para trás, revelando uma porta de madeira desgastada, que rachou-se facilmente ao toque do garoto loiro. Ao ser aberta, a porta soltou-se de seu lugar, revelando porções de degraus, que levavam a um lugar tomado por uma longa e profunda escuridão. Peter pegou um pedaço de madeira, sendo rápido em rasgar parte de sua camisa escolar e enrolá-la à ponta do galho, recebendo olhares zombeteiros de Maelie e Edmund.

— Por acaso, alguém teria fósforos aí?

Todos acenaram negativamente.

— Não. — disse Edmund, abrindo sua bolsa. — Mas isso serve?

Ele tirou de lá uma lanterna prateada, que parecia ser recém comprada. O sorriso em seu rosto era grande, como se tivesse adorado ver seu irmão estragar seu uniforme sem motivo, e Peter riu de forma ofendida.

— Poderia ter dito antes!

— Poderia ter perguntado antes. — Maelie e Edmund fizeram um toque de palmas, antes que ela o olhasse de maneira questionadora. — Por que leva uma lanterna para a escola, Ed?

— Por que não levaria? — ele deu de ombros.

Rindo, Edmundo tomou a liderança do grupo, usando sua lanterna para iluminar o caminho pelas escadas. Peter sinalizou para que as garotas fossem à sua frente, antes de acompanhá-los com cuidado.

Ao chegarem ao fim dos lances de escadas, seus olhos se arregalaram, e Maelie deixou uma maldição escapar de sua garganta. À frente de seus olhos, um pouco mais velha e acabada do que como haviam deixado, estava a sala dos baús. Ao redor do cômodo, estavam espalhadas quatro esculturas brancas, lembrando a todos de como os reis e rainhas eram na era de ouro, e na frente de cada uma descansava um baú dourado, além de outros objetos importantes de sua época.

— Não acredito. — disse Peter, assim que abriram o portão que dava acesso à sala. — Ainda está tudo aqui.

Lucy foi a primeira a caminhar até seu baú, sua excitação não sendo segredo para nenhum deles. Susan e Edmund a seguiram, abrindo seus próprios compartimentos com cuidado, curiosos para ver o que se encontrava lá. Peter parou em seu lugar, mexendo com uma placa de ouro, onde estava gravada a face de um leão, antes de fitar hesitantemente sua estátua.

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