𝗖𝗮𝗽í𝘁𝘂𝗹𝗼 𝟬𝟭 - 𝗦𝗼𝗺𝗲𝗯𝗼𝗱𝘆 𝗧𝗼 𝗬𝗼𝘂

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"Eu realmente preciso de
alguém pra chamar de meu."
—  Someone To You — Benners

⋆ටᆼට⋆

Era sábado de manhã, Kang Taehyun estava mais uma vez reclamando pra seu pai em como os alunos de sua classe eram um bando de mal-educados.

— "São todos uns favelados" — Disse.
— Falei pra vc que a ideia de ele ir ao Brasil seria uma má ideia. Olha como já está falando. — Sua madrasta dizia — Com certeza ele aprendeu com aquele menino, o Heuningkai. Lhe disse várias vezes que esse menino é uma má influência para nossos filhos, Namjoon.
— Da pra parar de falar assim com dele? — Soobin se pronunciou.
— Mas é a verdade, querido.
— Já lhe disse pra não me chamar assim! E outra, você querendo ou não, o Heuningkai é nosso amigo. E eu não lhe dou o direito de falar assim dele.
— Você fala como se ele fosse uma criança.
— Ele não é, mas gosto de tratá-lo como uma. Com sua licença, irei me retirar, perdi o apetite. — Pegou o guardanapo e jogou em cima da mesa, empurrando a cadeira para trás, se retirando do cômodo logo em seguida.
— Filho.., você deveria conversar com seu irmão. — A mulher falou pegando na mão do Kang mais novo, que puxou-a rapidamente.
— Não me chame assim! Vc não é minha mãe, e eu não sou seu filho. E como o Soobin disse, o Heuningkai e nosso amigo. Ele é praticamente da família.
— Querido, é claro que sou sua mãe.
— Pare de inventar bobagens, você é apenas esposa do meu pai. Nem se tentasse, você nunca chegaria aos pés da minha mãe, sua vadia. — Apenas se levantou e saiu.
A mulher de cabelos loiros olhou para Namjoon, incrédula.
— Você mereceu.
— Namjoon!
— Você quer que eu diga oque? Você sabe muito bem que esse assunto é delicado pra ele, e mesmo assim continua tocando nele.
— Você vai ficar do lado deles agora? — Silêncio — Eu sou sua esposa, sua mulher.
— Exatamente. Você só é minha esposa, eles são meus filhos. Eles carregam o sangue e o DNA da mulher que eu mais amei em toda a minha vida.
— Oque!? Eu sou sua mulher.
— Mas eu não te amo. Lembre-se bem de que só estou casado com você porque sua mãe praticamente ameaçou a minha. Sem contar que daqui dois anos já iremos nos divorcia, este é o acordo. Então não tenho tem motivos para te proteger, e dar sermões em meus preciosos filhos.
— Mais..
— Mais nada. Agora se você me der licença, eu também irei me retirar. Ah! Já ia me esquecendo, não volte a falar mal do Brasil, e nem do Heuningkai. O Brasil é um país lindo, e o Heuningkai, como o Taehyun falou, é praticamente da família. — Falou e se retirou, deixando a mulher sozinha ali na grande mesa ainda cheia de comida, que nem sequer havia sido tocada.

Namjoon subiu as escadas, iria ver como o filho mais novo estava. Chegou perto da porta do quarto, e do outro lado da porta, escutou o choro do filho. Namjoon sabia que Taehyun reprimia seus sentimentos, ele tinha consciência de que achavam que seu filho mais novo, era um garoto do "coração de gelo", um riquinho mimando. Ele sabia, até porque, ele o deixou assim, ele o "mimou" de mais. Deu duas batidinhas na porta antes de entrar, andou até a cama, e viu seu filho sentado no chão, abraçando os joelhos enquanto tentava sumir com as lágrimas que insistiam em cair.

— Taehyun...
— Vai embora, pai. - Disse seco. Namjoon sentiu um aperto no peito, sabia muito bem que quando se tratava de sua falecida esposa, Taehyun não aguentava. Ele desabafa em choro.
— Filho... — Se agachou no lado do castanho — Se não quiser falar tudo bem. Mas tenho certeza que sua mãe não ficaria nem um pouco feliz de ver o filho caçula dela chorando.
— A mamãe não tá mais aqui! Então para de falar como ela iria se sentir se estivesse aqui, só piora a situação.

Namjoon não aguentou, puxou o filho para um abraço quente, e ele aproveitaria cada minuto na quele abraço, pôs sabia que duraria pouco. Ele sabia que o Kang só ficava sensível em momentos como aquele, sabia que o "coração de gelo" do caçula aquecia, mesmo que fosse apenas 1%, ele sabia que o coração do filho ficava quentinho. E depois, o castanho voltava a se esconder em sua máscara de "porcelana".

O Kim suspirou aliviado ao escutar a respiração do filho normalizar, indicando que ele havia dormido. Namjoon pegou o filho no colo e o colocou na cama, o embrulhando com o lenço macio, saindo do quarto logo depois. Assim que saiu, deu de cara com o filho mais velho.

— Vai sair? — Perguntou
— Sim. Vou ver a Na-ha. — Respondeu, ajeitando seu relógio de pulso. — Como ele tá?
— Bem..., eu acho.
— Ele tá dormindo?
— Sim.
— O senhor deveria controlar a boca da sua esposa. Tem certas palavras que ela diz que, querendo ou não, vão machucar ele. O senhor sabe muito bem que quando se trata dela...
— Sim, eu sei. Mas você quer que eu faça oque? Cole a boca dela com cola?
— Sei lá. Dê um jeito nisso. — Diz por fim, dando um abraço no pai antes de sair.

Namjoon puxou o ar, soltando logo em seguida. Desceu as escadas e andou até seu escritório, entrando e fechando à porta atrás de si. Se sentou em sua cadeira giratória e fechou os olhos com força, desejando que tudo aquilo fosse um pesadelo, que logo ele iria acordar e sua querida esposa ( a falecida ) estaria ali, o esperando. O Kim estava navegando em um mar agitado de pensamentos, mas para sua sorte, seu mordomo entrou na sala.

— Com licença, Senhor. O novo empregado chegou. — Namjoon abriu os olhos e olhou para o homem em sua frente.
— Merda! Estou com tanta coisa na cabeça que esqueci que ele chegaria hoje. — Se levantou e andou até seu mordomo — Obrigado por me lembra. — E saiu.

Namjoon andou até a sala de estar, parando no meio dela. Observou os garotos em sua frente, que olhavam fascinado para a enorme sala.

— Olá. Você deve ser o Kim SeokJin, certo? - Quebrou o silêncio, assustando os garotos.
— Sim, senhor. Muito prazer. - O Kim estendeu a mão, que foi apertada pelo outro Kim.
— O Prazer é meu. — Fez uma breve pausa. - Quem são eles?
— Ah! Eles são meu filhos, esse é o Kim Yeonjun, o mais velho. — Apontou para o garoto de cabelos rosas. — E esse é o Choi Beomgyu, o mais novo. — Apontou para o garoto de cabelo loiro mel com as raizes pretas. — Digam Oi.
— Olá, Sr. Kim — Os irmãos falam em uníssono, se curvando.
— Não me chame de senhor, faz parecer que eu sou velho. — Os quatros riram. — Kim Yeonjun e Choi Beomgyu. Lindos nomes, mas por que os sobre nomes são diferentes?
— Kim é meu e Choi é da mãe deles.
— Ata. Lindos também.
— Obrigado.. — Sorriu sem graça.
— Bom, meu mordomo irá mostrar o quarto pra vocês. Jeffrey, por favor, leve eles até os...— Iria termina, mas parou. Soobin entrou em casa, batendo a porta.
— Que merda! — Soobin disse.
— Quebra! Não é você que compra — Sua madrasta disse.
— Da onde diabos você veio? — Jogou seu casaco em cima do sofá. — Não importa. Vou pro meu quarto.
— Oque aconteceu? — Namjoon andou até o filho.
— A vadia da Na-ha. Quem ela acha que é pra fazer isso? Juro que se eu não fosse um homem teria metido a porrada nela.
— Pra que tanta agressividade? — Yeonjun falou baixo.
— Desculpa, mas quem é você e oque faz na minha casa?
— Eles são filhos do novo empregado, querido. — A loira chegou perto de Soobin, levo sua mãe em direção ao rosto do mesmo, acariciando sua bochecha.
— Sai, diabo! Quantas fezes vou ter que dizer pra não me chamar assim? — Soobin se afastou, e saiu batendo o pé.
— Por quê ele é assim? Em, amor — A loira abraçou Namjoon.
— Não sei.
— Vem, vou levá-los até seus aposentos. Por favor, me acompanhem. — Jeffrey disse, saindo em direção ao quartos dos empregados, sendo seguidos pelos três garotos.
— Da pra tirar suas mãos de mim? — Perguntou, se afastando da mulher.
— Mas amor... - A loira disse, manhosa. Nojenta.
— Me deixa. — Namjoon saiu da sala.

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𝗦𝗼𝗺𝗲𝗯𝗼𝗱𝘆 𝗧𝗼 𝗬𝗼𝘂 - 𝗧𝗮𝗲𝗴𝘆𝘂 𝗮𝗻𝗱 𝗬𝗲𝗼𝗻𝗯𝗶𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora