Capítulo 3

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— Orly, aceite a missão — implora Roselie, quebrando a quietude

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— Orly, aceite a missão — implora Roselie, quebrando a quietude.

— Por que deveria? Eu nem sou daqui! — murmurei.

— Você é tão apática! — Atlas bufou.

Meus olhos ficaram cerrados e fixados nele.

— Você nem me conhece! — disse irritada.

— Verdade, eu não te conheço. Só passei algumas horas com você e já percebi o quanto você é egoísta — ele afirmou. Seu rosto estava tenso; aquela provação parecia mais um desespero, mas era nítida a raiva em seu rosto.

— Atlas... — Roselie tentou falar.

— Quem é você pra falar assim comigo? — gritei, me colocando de pé.

— Eu sou só uma pessoa tentando salvar este reino! Apenas nos ajude a ganhar essa guerra; depois você volta para onde você veio — ele se pôs de pé também.

— Por acaso eu sou a salvação desse reino? Não é o Rei que sabe de tudo? Por que não vai Ele mesmo? - berrei.

— Realmente você não é a salvação! Mas é o canal pelo qual as pessoas serão salvas. Eloim mesmo te trouxe até aqui e já te capacitou — Atlas abaixou a voz.

— Canal? Eu sinto muito, não consigo nem salvar a mim mesma, imagine essas pessoas! — disse, me acalmando e gesticulando com as mãos.

— Orly. Há uma parte desse reino que está em trevas, e há muitas pessoas lá. Elas querem voltar pra cá, mas não conseguem porque Mendaz, o rei das trevas, as impede, e nós que não nos deixamos ser enganados por ele nem temos acesso lá. É praticamente impossível passar para lá; foi por isso que Eloim te chamou. Eu não sei o que há de especial em você, mas Eloim sabe e eu confio Nele, então aceite essa missão! Você não vai lutar só; somos uma equipe — a voz de Atlas era imploradora.

Permaneci em silêncio e desviei meus olhos para o chão e sentei novamente na cadeira.

Tudo ficou em silêncio de novo. Sentia que todos estavam me observando.

— A que saber a escolha é sua! — Atlas berrou.

— Eu já fiz minha escolha! — afirmei.

Ele suspira alto e sai pisando forte, desmontando sua raiva através de seu rosto enrubescido.

Meu coração estava acelerado por causa das emoções descontroladas. Não sabia se quebrava algo, chorava ou me jogava de um lugar alto; talvez isso me faça acordar do coma. Tenho certeza de que havia batido a cabeça forte e estava em coma enquanto minha mãe chorava ao lado da cama.

De repente começou a trovejar e a chuva violentamente começou a cair. Corremos para dentro do castelo pela porta que entramos no jardim, protegendo a cabeça com as mãos.

— Eu acabei de limpar — um cara alto de pele escura e cabelos bagunçados resmungou nos vendo entrar com os pés cheios de lama.

— Perdão, Asahi! — lamentou Alora.

Orly e o Reino Secreto (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora