Capítulo 10

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— Bom dia, senhor Collymor! — Digo, olhando Atlas chegar

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— Bom dia, senhor Collymor! — Digo, olhando Atlas chegar.

— Bom dia, senhorita Gable. Pelo visto, aprendeu meu nome — Ele abre um sorriso leve.

— Pronta? — Atlas pergunta.

Aceno com a cabeça.

Entramos na área de treinamento. Era coberta e ao redor tinha uma espécie de redes fortes funcionando como paredes, e o chão era uma "piscina" enorme de areia.

— Até que esses trajes são confortáveis! — Afirmei, olhando para o traje elástico que estava colado no meu corpo. Ele era todo preto, com mangas longas e gola alta, e nos pés usava uma bota preta.

— Verdade! — Atlas afirma.

— Vamos começar? — Pergunta ele.

— Vamos!! — Fiquei animada.

Nos posicionamos um de frente para o outro mantendo uma distância; depois, colocamos os pulsos fechados na altura do nariz.

Eu comecei a luta com um passo lateral, giro no quadril. Depois, olhei para o queixo dele, mirei a distância e apliquei o chute, mas ele abaixou, desviando do golpe. Ele me deu uma rasteira, o que me fez cair.

— Que falta de atenção, hein! — Ele zomba olhando para mim.

Levantei num impulso e olhei no fundo dos seus olhos. Como esperado, ele fez o mesmo. Aproveitei a distração dele e esmurrei seu rosto.

— Isso doeu — Ele colocou a mão no queixo.

— Desculpa, machucou muito — Me aproximei preocupada.

Na minha distração, Atlas, com sua força impressionante, agarra meu braço com um movimento rápido e preciso. Com um esforço incrível, ele me faz passar por cima de seu próprio corpo, lançando-me no ar em um arco impressionante. Aquilo tirou meu fôlego e principalmente quando minhas costas se chocaram com o chão.

Mas me levantei rapidamente, me preparando para o próximo golpe.

Cena em terceira pessoa

A luta entre Orly e Atlas é uma dança coreografada de habilidade e destreza. Eles se esquivam e trocam golpes rápidos, demonstrando respeito mútuo por suas habilidades. Atlas usa sua força bruta com movimentos poderosos, enquanto Orly se move com agilidade felina, deslizando entre seus ataques.

No entanto, à medida que a luta continua, uma tensão palpável paira no ar. Suas trocas de olhares se tornam mais intensas, e uma conexão profunda começa a se formar entre eles. Eles percebem que estão se igualando em habilidade e força, criando um respeito mútuo ainda mais profundo.

Em um momento decisivo, quando Orly está prestes a lançar seu golpe final, Atlas segura seu punho no último segundo. Eles estão tão próximos que podem sentir a respiração um do outro. A tensão se transforma em algo diferente, algo mais íntimo.

Orly on

— Seus olhos... — Ele diz sem completar a frase.

Fico em silêncio, focada no seu olhar, ansiando suas palavras.

— Eles têm poder sobre mim — Ele finalmente confessa.

Não consegui falar nada, apenas observei.

Ele solta meu pulso, colocando suas mãos na minha cintura de forma gentil, e automaticamente minhas mãos sobem até seus ombros fortes.

— Orly... Você ama Eloim? — Indaga.

— Amo, amo ele mais do que tudo. É bom confessar isso! — Afirmo.

— Mas por que a pergunta? — Fico curiosa.

— Eu não posso me entregar a uma pessoa que não ame o meu Deus, é por isso! — Ele diz em um tom suave, mas firme.

— Como és belo, Atlas Collymor!

Ele fica em silêncio, apenas admirando meus olhos.

— Você é toda linda, minha querida; em você não há defeito algum — Seus olhos nunca deixaram os meus.

Suas palavras eram tão sinceras.

Um silêncio se fez entre nós, nossos olhos fincados um no outro, até que, em um passo, seus braços me envolveram em um abraço.

Apenas o abracei e ri baixo.

— Posso saber o motivo da risada? — Pergunta me afastando um pouco e olhando para meu rosto.

— Pensei que você ia me... — Travei.

— Te beijar?

Afirmei com a cabeça.

— "Há um tempo para todas as coisas debaixo do céu" — Falou Atlas.

Abri um sorriso sem mostrar os dentes e o abracei novamente. Aquilo poderia durar para sempre.

— "A resposta sincera é como beijo nos lábios" — Digo.

— Provérbios 24:26 — Dizemos em uníssono.

— Alguém andou lendo Kadosh — Atlas diz com alegria.

— Minhas teorias estavam certas, Alora — Roselie fala da entrada da área de treinamento, junto com Alora e Asahi.

Apenas sorrimos um para o outro. A cara deles era fantástica, rendeu boas risadas.

— Ainda não estamos namorando, gente! — Atlas foi em direção a eles.

— Ele não é ousado de me pedir em namoro em uma área de treinamento — Digo rindo.

— Eu não aceitaria — Alora entra na piada.

— Atlas, eu conheço o lugar perfeito pro pedido! — Rose diz animada.

— Roselie, sua ajuda vai ser indispensável! — Atlas abre um sorriso para ela.

— Vocês têm meu apoio total, no entanto, não me deixem de vela! — Asahi pede.

— Pode deixar, cara! — Atlas dá um abraço de lado nele.

— Vamos treinar? — Asahi diz enquanto dava pequenos pulos, se aquecendo.

— Vamos! — Dizemos.

Começamos, cada um de nós enfrentando os quatro restantes de uma vez e depois fizemos um x um.

[...]

Fiquei olhando pro teto do meu quarto, não conseguia parar de pensar em Atlas...

Orly e o Reino Secreto (Concluído)Where stories live. Discover now