Anger, attraction and complications

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Raiva, atração e complicações.



Pov Severus:

Era quase finais de novembro e começaria as férias de Natal. E eu estava decidido a esquecer o que se tinha passado entre mim e o Potter.

Ele tinha pensado que me deixava cair na armadilha patética de tentativa de humilhação?

De jeito nenhum!

Eu posso ter só 16 anos mas não sou burro. Digamos que ter um pai abusivo, uma mãe dependente emocional, e sempre estar na rua, tinha feito eu aprender muita coisa.

Eu não ia deixar este erro ocupar a minha mente e me prejudicar. Porque era exatamente isso que ele queria, destruir-me desde o primeiro ano.

Quem Potter pensava que era? Só porque é puro-sangue, rico, bonito e Grifinório privilegiado, tinha o direito de brincar com a vida dos outros desta forma?

— Irmão, está tudo bem? — Volto ao presente ao ser chamado por Serena, que me lançava um olhar preocupado junto de Regulus. — Há umas semanas que andas tão distante...

Era verdade. Desde aquele dia que eu tinha decidido passar um tempo sozinho, com mais ninguém, pondo os pensamentos em ordem. Tinha começado a preocupar os meus amigos com a minha ausência repentina. Todos os dias tentavam saber o que se passava, mas não tendo sucesso, porque nem eu sabia o que se tinha passado.

— Eu estou bem. — Disse pela milésima vez naquela semana, procurando acalmar os demais. — Eu só tenho andado na biblioteca a estudar.

— E porque não o fazes connosco? — Pronunciou-se Regulus, agarrando o meu braço e me parando no meio do corredor. — Sempre estudamos juntos, temos até um cronograma! Mas ultimamente tens sempre recusado e desaparecendo até a hora de recolher.

— Eu já disse, estou ocupado com as aulas, depois os estudos e poções que gosto de fazer nos tempos livres... — Tentei explicar pacientemente, enquanto olhava para ambos, que queriam respostas. — Acabo ficando sem tempo para outras coisas.

— Outras coisas? — Regulus repetiu as minhas palavras, claramente ofendido. — Queres dizer os teus amigos? Os teus melhores amigos!

— E eu nunca disse o contrário. — Comecei a sentir-me irritado e querendo sair dali. Tudo o que precisava agora era de espaço. — Mas eu só quero ficar um pouco sozinho.

— Sev, passou-se alguma coisa? — Serena voltou a falar, aproximando-se de mim. — Sabes que podes contar-nos tudo, estamos do teu lado!

— Eu só preciso de uma pausa! — Gritei, sentindo a raiva se apoderando de todo o meu corpo. — E muito difícil respeitar que eu não quero responder ao vosso inquérito?!

— Precisas de uma pausa de quê? — Regulus perguntou, vendo-me alterado e tirando finalmente a sua mão do meu braço.

— De vocês. — Decidi falar tudo o que pensava e sentia naquele momento. — Das nossas conversas. De tudo o que vocês acreditam.

Vejo ambos, a minha irmã e Regulus me olharem, com um olhar decepcionado. Eu queria dizer que a culpa nao é de nenhum deles. Mas às palavras não saiam, os pensamentos sempre confusos...

Eu estava assim há semanas e precisava de tempo para descobrir o que se passava comigo.

— Eu preciso de espaço, espero que entendam. — Finalizo, virando as costas e saindo dali, não querendo olhar para as suas caras para me sentir ainda mais culpado.

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