Talks in the library

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Conversas na biblioteca.



Pov Snape:

Maldito! Idiota! Quem ele pensa que é para jogar com a minha vida? Ainda por cima conseguiu me deixar sem palavras. Potter iria pagar! Mas agora não tinha tempo para pensar em outra vingança.

Finalmente entro na biblioteca e avisto Serena e os demais. Vou em direção a mesa e me sento ao lado do Regulus que estava ao lado da Pandora, e de frente para a minha irmã. Aurora estava a minha frente.

— Cheguei. — Ponho a minha bolsa na cadeira e começo a tirar os livros e as penas. — Qual matéria estão a fazer revisão? — Silêncio. Olho para cima e vejo Avery a me fuzilar com o olhar, e Serena com um olhar de quem me tinha avisado. Olhei para Regulus, que me olhou de esguelha dando sinal que não valia a pena argumentar.

— Uma hora e quinze minutos. — Aurora se pronuncia, não quebrando o contacto visual. — Eu odeio quando não seguem o cronograma que planeamos. A minha pergunta é: Se isto foi um incidente ou se tu decidiste me ver com raiva?

Olho para os outros, que de repente acharam muito interessante a matéria que estavam a estudar. Voltei a me direcionar para a garota que estava a espera da minha resposta. Já tinha tinha perdido o meu autocontrole hoje, e por isso agora teria de ter cuidado com as palavras. Não queria perder a paciência com mais ninguém e precisava mesmo de estudar.

— Foi um incidente é claro, Aurora. — Digo enquanto abro o meu livro de poções. — Também sabes que detesto atrasos e perder o controle sobre as coisas. E além disso, uma das minhas prioridades são os meus estudos. Não te preocupes, não vai acontecer novamente.

— Espero que não. — Diz mantendo a postura e pondo a face neutra. Vira de página do livro a sua frente, quando volta a falar: — Senão teria de procurar um lugar para esconder um corpo.

Todos nós nos olhamos. Sabíamos que nunca aconteceria, poderiam dizer o que quisessem mas no final precisamos uns dos outros. Quando um de nós estava a beira de ter um colapso, ou demostrar demasiadas emoções ou alguma fraqueza, o resto estaria lá mantendo a barreira erguida.

— Tens a certeza que estás bem, Sevy? — Pandora se pronuncia pela primeira vez. Ela era especial. Única. Se alguém me pedisse para descrever a Pandora, não saberia por onde começar.

Era pura, sempre com um sorriso genuíno, sempre vendo o bom nas pessoas e disposta a ajudar. Inteligente e sonhadora. Não é surpresa que estava na Corvinal, uma casa que admiro. A seguir a Sonserina, é claro! Pandora combinava mesmo com a casa que estava, não conseguiria a ver na Sonserina como o seu irmão, Evan Rosier. Ela era luz em cada pessoa ao redor dela, memo vindo de uma das famílias que despreza todo o tipo de bem.

— Estou sim. — Respondo, vendo um sorriso radiante aparecendo no seu rosto angelical. — Porquê a pergunta, Pandora?

— Eu estava a vir para aqui quando te vi a entrares no banheiro. — Agora todos nós olhávamos para a garota com lindos cabelos loiros, quase brancos. Pandora não era muito de falar, sempre estando no mundinho próprio dela. Então quando falava, todos nós prestamos atenção, porque significava sempre alguma coisa. — E era um banheiro próximo daqui da biblioteca. Como a Aurora disse, demoraste uma hora e quinze minutos. Então comecei a me perguntar se tinha acontecido alguma coisa.

Como poderia esquecer que uma das melhores qualidades da Pandora era ser observadora? Até ao mínimo detalhe. Diversas vezes foi ela que viu que se passava alguma coisa com algum de nós.

Serena olhou para mim e entendeu o que se tinha passado, revirando os olhos em seguida. No entanto que me questionou foi Regulus:

— Não me digas que houve mais joguinhos com o Potter? — Regulus disse o sobrenome dele com clara irritação. Fechou o livro e me olhou.

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