𝐀𝐔𝐆𝐔𝐒𝐓𝐈𝐍𝐄 𝐆𝐑𝐀𝐇𝐀𝐌

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— 𝐍𝐀̃𝐎 𝐏𝐎𝐃𝐄 𝐒𝐎́ 𝐔𝐒𝐀𝐑 𝐔𝐌 𝐁𝐎𝐍𝐄́ 𝐃𝐎𝐒 𝐁𝐑𝐔𝐈𝐍𝐒 e esquecer essa brincadeira estúpida? — Percy resmungou pela sétima vez. Me abaixo para procurar nas caixas do bazar aquilo que preciso: Um amansador de egos, meu ego, ou também o que chamam de boné dos Oilers.

— Cala a boca, Percy —  seus  olhos parecem chateados, estendi minhas mãos insinuando que preciso de ajuda, ele ignora, digo em bom tom: —  Venha me ajudar, agora!

     Ele se ajoelha relutante, começamos a procurar. Há uma semana, quando Chad Connelly tomou de mim algo que eu nem sabia que queria, joguei nosso relacionamento para o banco de reservas. Agora, estou há algumas horas procurando um boné laranja para provar para mim que quero o boné, não um relacionamento com aqueles lábios lindos, arrogantes e beijáveis. Iremos assistir o time feminino de Dean jogar, não vou usar o boné, uma torcedora fiel deve ter dignidade, contudo, vou me sentir resolvida com meus pensamentos.

— Não está se esforçando demais? — Sua curiosidade disfarçada de ciúmes me faz rir. Nós somos melhores como amigos, Percy também está se esforçando por mim e admiro isso, ele continua envergonhado: — Quero dizer, é um namoro falso não é?

— Sim — afirmo, omitindo meu real motivo por estar ali. — Você sabe que gosto de jogadores de futebol americano — brinco, vejo suas bochechas corarem e seus olhos desviarem dos meus.

— Então — ele começa  quando não achamos nada na última caixa, — podemos ter um segundo encontro?       

           Mastiguei meus lábios pensando na resposta certa, éramos amigos, estranhos, amigos novamente. Há uma semana me senti culpada por tudo, agora sei, Percy é um drama pra mim. Nosso encontro foi resumido há memórias, nada novo. Resolvo ser sincera com ele, ao menos uma vez.

— Não, não conheço o novo Percy.

— Certo, — sua voz está determinada — conheço a velha Graham e sei como fazê-la mudar de ideia, vou merecer você.

      Não sinto frio na barriga com suas afirmações, forço um sorriso e espero que ele perceba. Estou frustrada, ansiosa por algo e não encontro. Meus dedos correm pelo meu celular, percebo meu papel de parede: Harry comendo melancia, ele o colocou da última vez que nos vimos, vovô fez um café da manhã grande, Connelly têm razão, ele precisa mesmo de um babador. Fotos do meu último jogo, — sorrio simultaneamente, — ultimamente as coisas têm sido melhores, minhas meninas são dóceis e agressivas, saímos para beber e dançar, uma vez. Eu não fazia ideia que Gigi queria ser advogada, — mordo o interior da minha bochecha,— fico com ciúmes de Harry. Ele sabia mais delas do que eu, a própria capitã.

— Augustine?  —  Percy estende um boné laranja para mim. Sorrio satisfeita, não é dos Oilers mas posso dar meu jeitinho.

— Você é incrível, Percy! —  Pulo empolgado com a sensação de vitória.

—  Agora, podemos almoçar? Por favor! — Sorrio afirmando e jogando minhas chaves para ele. — Minha vez de dirigir? Justo, mas vou escolher o lugar.

—  Batatas? — Digo manhosa, eu preciso comer um bom purê com frango.

— Batatas  —  repetiu. Abrindo a porta do carro gentilmente — Graham, por favor, sente-se.

(...)

       O lugar que ele escolheu é perto do campus de Brair. Podíamos comer na grama, ou fast food, seria melhor do que receber empurrões de alunos, em grande maioria atletas, famintos. Reconheço a maioria, alguns acenam para mim e retribuo, dois me param e tentam me subornar pois querem conhecer meus pais, não dessa vez, vão precisar de mais do que sete dólares. Antes, era difícil. Digo, manter uma amizade por muito tempo, algumas pessoas sempre querem um pedaço da sua vida, embora não saibam que a indiferença delas perante aos seus sentimentos doi. Doi muito ser usada!

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⏰ Última atualização: Aug 07, 2023 ⏰

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