Flamme - Taeyoonseok

1: Em Chamas

Flamme
Cap I: Em chamas
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— Caralho…

— Pois é, eu disse.

— Disse.

— Que puta lugar.

— puta lugar? — os meus olhos encontraram os de Jungkook, tive as sobrancelhas erguidas, meu maxilar deu um leve balançar antes que eu pudesse segurar a cintura e prosseguir. — É a melhor boate que você já conheceu ou irá conhecer na sua vida.

— Foi o que eu quis dizer com o termo "puta", Kim Taehyung.

— Ah… — Concordei em vão, descendo dois degraus que estão ali apenas para derrubar os bêbados demais, avistando escadas que levam ao terceiro andar. — Ce nom est mieux prononcé au lit. Esse nome é melhor dito na cama.

— Como?

— Hum?

  Sei que Jeon deu sua risadinha de nariz sacana mesmo sem entender meu comentário. Por minha vez, também sorri, deixei o indicador erguer e me guiar a uma direção. Ele irá ficar bravo, certamente. Jung Hoseok, ficará muito bravo quando me ver desfilando por sua boate tão tarde da noite na única intenção de mostrá-lo que quando eu mando uma mensagem o chamando pra pular minha janela pra vir me ver, é realmente pra vir. Minha língua umedece os lábios por conta do quanto fica ressecada, resultado do ar-condicionado. É difícil respirar só pelo nariz em um ambiente onde a fumaça do cigarro toma. Variado demais. Desde um licor de cereja até maconha pura, tudo e mais um pouco aqui dá uma chacoalhada na sua lucidez pra deixar girando depois; as cores oscilando em roxo, vermelho. Pessoas movendo-se em penumbras — a não ser que esteja próximo o suficiente pra descrever a roupa ou até mesmo cor dos olhos. — também vai rodar sua cabeça.

  A música é boa, tenho que admitir que aquele filho da puta miserável sempre teve um gosto excepcional. " Chicago" de Michael Jackson me faz andar com mais atitude ainda ao balcão de bebidas. Ergo meu indicador que sempre guardo o anel de minha mãe, dono de um tigre grande — e ótimo para marcar alguém em um soco — dourado. O moço de sorriso bonito se aproxima, aponto dois itens da lista de bebidas então aguardo que seus braços fortes amostra preparem o coquetel.

— Quanto tempo até ele te achar? — Jungkook pergunta recostando ao meu lado enquanto presto atenção demais em seus cotovelos apoiando-se pelo carmesim curvo. Meus lábios abrem um único "o", pois cício arrastando a atenção nos seus cabelos ondulados descendo pela nuca, tocando a jaqueta de couro preta de mangas dobradas a partir do antebraço. Não peca na calça colada, muito menos coturnos.

  Não sou lá de roupas curtas, mas hoje escolhi vir à boate com uma única blusa branca junto de uma bermuda vinho que não vai até as coxas. A estampa horrorosa de um macaco fumando não é de meu feitio, mas sim dele, tinha que ser uma roupa do Hoseok pra chamar ainda mais atenção.

— Dez minutos? — era um chute. Um revirar de olhos castanhos escuros me deixou um afronte.

— Dividido por dois.

— Não, não. — gargalho meio alto. — Tem muita gente aqui. A boca dele deve estar ocupada com um outro alguém pros olhos não estarem no telefone, então… Dez minutos.

— Se você diz.

  Ele organiza a arma na cintura. Deixo meus dedos dedilharem seu peitoral.

— Adoro um instinto protetor…

— Sério? — um arqueio de sobrancelhas sutil. — Certamente é proteção própria. Se seu maluco aparecer e quiser me bater, ao menos tô garantido.