Bebo água encostada na pia, e derrepente escuto um estralo vindo da sala. Dou passos vagarosos, pensando se o gato voltou novamente, mas não era ele. Estava meio escuro, mas me parece ter algo encostado na parede da varanda e quando dou um passo para ver mais de perto, a sombra se meche, e derrubo o copo assustada. Corro para meu quarto, e fecho a porta com medo.
Prendo a respiração, e encosto o ouvido na porta para ver se escuto algo, porém tudo se mantinha em silêncio. Solto ar aliviada, e quando me viro para se deitar, uma sombra que chegava até teto estava ao lado de minha cama. Meu coração simplesmente congela pelo susto, fazendo eu soar frio, e em seguida meu corpo amolecer me fazendo desmaiar com o peso que o ambiente ficou.
Quando acordo, já estava de manhã, e eu deitada em minha cama. Me sento coçando os olhos confusa.
-- Que loucura... -- Murmuro. -- Só podia ser um demônio. -- Sinto calafrios.
Será que era Dahlia? Ela poderia ter se revelado ao invés de me assustar. Tomo um banho antes de ir ao trabalho, e visto uma saia longa com um suéter por cima, e cachecol, ambos em tons pastéis, e a saia branca. Quando vou para a sala me lembro do copo quebrado, mas não estava mais lá. Saio para fora da varanda, e o meu buquê também sumiu.
-- O que aconteceu aqui?. -- Murmuro confusa.
Vou para meu trabalho e no caminho o papagaio pousa em minha cestinha novamente.
-- Olá!. -- Exclama com sua voz engraçada.
-- Olá passarinho. -- Dou risada.
Chegando lá estaciono minha bicicleta, e deixo papagaio ali, indo para dentro da loja. Pelo visto fui a primeira à chegar, e visto meu avental personalizado com flores desenhadas. Logo Émie e Antonella chega, e aceno para ambas, porém a loira me ignora.
-- Bom dia, Celeste!. -- Vem animada até mim.
-- Quanta energia de manhã. -- Admiro ela me sentindo ainda cansada.
-- Você que pensa, amiga. -- Pisca um olho. -- Agora bora trabalhar, que a vida não é fácil. -- Dá de ombros indo repor algumas flores.
Enquanto clientes não chegava eu me sento, e leio um livro que tinha ali, que falava sobre os tipos de flores, ótimo para passar o tempo.
-- Senhorita Celeste. -- Me chama do outro lado do balcão.
-- Sim?. -- Levanto meu olhar do livro, vendo o rosto nada contente de Antonella.
-- Acha que está na sua casa?. -- Fala irritada. -- Largue esse livro, e volte ao trabalho.
-- Mas senhora, estou lendo enquanto não vem ningue-
-- Não quero saber! Vá ao trabalho. -- Exclama e volta para os fundos.
Bufo mantendo a paciência, e fecho o livro. Vou ver se Émie precisa de ajuda para eu não ficar parada.
《...》
Me encarrego de fechar loja e quando vou procurar por minha bicicleta, ela não estava lá. Inclino os lábios para baixo, e solto um ar triste.-- Mia vai achar que sou descuidada... -- Me viro cabisbaixa e dou passos lentos, indo embora de volta.
-- Ou... Cadê aquele sorriso bonito?.
Quando levanto o rosto, já me trombo com o homem que costuma me encontrar.
-- Me desculpe, não tinha te visto...
-- Nossa quanta tristeza, o que aconteceu?. -- Me olha preocupado.
-- Minha bicicleta sumiu. -- Explico chateada.
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Romance[EM REVISÃO] Em um reino celestial, uma - anjo -designada para uma importante missão. Celeste, uma criatura divina encarregada de proteger o destino das almas na Terra. Sua tarefa era impedir que um demônio da luxúria, chamado Dahlia, corrompesse e...
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