Um turbilhão de pensamentos passava pela minha mente. Eu tinha um plano, uma missão secreta de protegê-lo de longe, mas agora tudo parecia mais complicado. Como eu poderia garantir sua segurança sem que ele soubesse estando tão próximo a ele? Meu coração batia mais rápido, e minha mente tentava encontrar uma solução. Talvez eu pudesse manter uma distância discreta e observar de perto, sem levantar suspeitas. Afinal, eu não podia revelar minha verdadeira identidade e propósito ali. Tentei disfarçar meu nervosismo e mantive um sorriso amigável, tentando não mostrar que o reconhecia. Decidi então seguir em frente e agir como um calouro normal, para não levantar suspeitas.

- Você é calouro, certo? Prazer em conhecê-lo, sou Choi Yeonjun. – Disse Yeonjun quando olhou brevemente para o lado, percebendo minha presença.

- Sim, sou calouro. Prazer em conhecê-lo também, Yeonjun. – Respondo-o educadamente dando um sorriso simplista.

Durante a aula o professor se apresentou aos alunos novos e deu início às atividades acadêmicas. Yeonjun não falou mais comigo e nem parecia me notar ali, o que de certa forma foi um alívio para mim. Foram longos 3 períodos sentado ao lado dele quando o sinal tocou. Enquanto a maioria dos estudantes saía apressadamente da sala para o intervalo, percebi que Yeonjun também se levantava, juntamente com alguns outros alunos que estavam nas mesas ao nosso redor. Aproveitei o momento para acompanhá-lo sem chamar a atenção, mantendo uma distância discreta.

Ao fazer isso, consegui observar de perto seu comportamento durante o intervalo. Ele estava indo para um lugar mais isolado da universidade e se sentou sozinho em um dos bancos que tinha naquela área. Confesso que meu coração se apertou um pouco, ele deve vir aqui para ficar longe da multidão que o cercava. Aquela imagem de solidão me fez questionar se ele estava bem e se algo o estava incomodando. Contudo, eu não podia simplesmente me aproximar e perguntar o que estava acontecendo. Minha missão era protegê-lo discretamente, sem que ele soubesse, e interferir em seus momentos particulares poderia colocar tudo em risco. Decidi ficar observando à distância, atento a qualquer mudança em seu comportamento. O que não aconteceu, já que ele mantinha a expressão tranquila, apesar de estar sozinho.

O intervalo pareceu passar rapidamente, e logo todos voltaram para a sala de aula. Enquanto as aulas prosseguiam, fiquei pensando sobre o que vi no intervalo, Yeonjun ficava sozinho porque fugia daqueles que o seguiam o tempo todo. A solidão que ele buscava naquele local mais afastado da universidade revelava uma vulnerabilidade que eu não tinha percebido antes. Agora tudo parecia se encaixar, ele deve estar cansado de ser os centros das atenções, pensei.

Q.D.T (Quebra de tempo).

Todas as aulas já tinham acabado e agora eu estava no meu novo dormitório, que era mais perto da universidade e de onde Yeonjun morava. Eu ainda estava meio inseguro com a proximidade que eu teria com Yeonjun, já que ele se senta ao meu lado na sala de aula. A convivência diária poderia trazer ainda mais riscos, mas também era uma oportunidade de conhecê-lo melhor e estar presente para qualquer eventualidade.

Todavia, decido ligar para meu chefe e perguntar o que ele acha, afinal o plano já havia sido feito por ele e o Sr. Lee, pai de Yeonjun.

- Alô? Soobin? – Disse Sr. Park, meu chefe, na ligação.

- Oi Sr. Park, sim sou eu. Desculpe incomodar, tive alguns imprevistos. – Digo e dou um suspiro.

- Imprevistos? O que aconteceu Soobin? É sobre sua missão? – Meu chefe diz em um tom preocupado.

- Sim, não é algo grave, não se preocupe. Mas achei melhor consultar com o senhor. – Digo consolando-o e explico a situação para ele.

- Entendo, Soobin. É sempre bom que você esteja atento e tome precauções extras. Sua segurança é essencial, assim como a segurança do nosso alvo. – disse Sr. Park em resposta à minha explicação e continuou. – Compreendo suas preocupações com a proximidade de Yeonjun na sala de aula. Você tem toda razão em ficar cauteloso, pois isso pode aumentar os riscos e complicar a discrição da missão.

- Exato Sr. Park, fico aliviado que entenda. – Respondo-o e espero ele concluir.

- Nossa intenção era protegê-lo de longe, sem que ele soubesse da sua presença, mas infelizmente, as circunstâncias mudaram com o resultado desse primeiro dia. Por outro lado, a oportunidade de conhecê-lo melhor pode ser útil para entender seus hábitos e comportamentos, o que pode nos ajudar na missão. – explicou o chefe. – Porém, é importante que você mantenha a discrição e não deixe suas emoções interferirem. Lembre-se de que você é um agente da NIS, e sua principal missão é garantir a segurança de Yeonjun sem que ele saiba. – alertou Sr. Park.

- Certo, muito obrigado. Não vou me esquecer do objetivo da missão Sr. Park, pode contar comigo. – Digo sentindo-me motivado e comprometido com a missão.

- Eu sei que sim Soobin. Minha sugestão é que você continue a observá-lo com cuidado, mas evite se envolver emocionalmente. Se algo acontecer, esteja preparado para agir rapidamente, mas mantenha-se o mais discreto possível. – Concluiu ele.

A conversa com Sr. Park me trouxe um pouco de tranquilidade e clareza sobre a situação. Eu sabia que teria que encontrar um equilíbrio entre estar próximo de Yeonjun e manter minha missão em sigilo. Após desligar o telefone, respirei fundo e me preparei para os dias seguintes. A convivência diária com Yeonjun poderia ser desafiadora, mas eu estava determinado a cumprir minha missão com excelência e garantir sua segurança.

My Security | YeonbinWhere stories live. Discover now