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— Então o que aconteceu com aquela garota que você levou para casa na outra noite no pub? — Harrison perguntou enquanto pedia seu almoço antes de se sentar à mesa com Tom

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— Então o que aconteceu com aquela garota que você levou para casa na outra noite no pub? — Harrison perguntou enquanto pedia seu almoço antes de se sentar à mesa com Tom.

Era comum que eles se encontrassem durante a semana em seus intervalos para o almoço e colocassem o papo em dia quando não estavam ocupados se ajudando um ao outro enquanto andavam de bar em bar nos fins de semana.

Tom deu de ombros para a pergunta de Harrison enquanto dava uma mordida no sanduíche.

— Ela ficou um pouco obcecada, então pedi a Emily que me ajudasse a me livrar dela. — Ele sorriu ao dizer o nome dela em voz alta. Os amigos dele a conheciam como a garota gostosa que morava na casa ao lado e que o ajudava a sair de situações complicadas, sempre provocando Tom por ele nunca ter conseguido conquistá-la de fato. A ironia tornou tudo muito engraçado para ele. — Como foi com aquela garota loira? — Perguntou em uma tentativa de mudar de assunto.

Ele não sabia se deveria falar para o Harrison sobre o fato de ele ter dormido com Emily. Harrison era seu melhor amigo e não o julgaria, mas Tom sabia que ele lhe daria bronca por isso. Ele iria querer saber detalhes do acordo ou como aquilo havia acontecido, se ela era realmente tão boa assim, e Tom não se sentia à vontade para responder a esse tipo de perguntas. Não se fosse sobre Emily.

Tom não queria que seus amigos a conhecessem ela da mesma forma que ele. Aquilo era pessoal entre os dois e ele queria mostrar que a respeitava.

— Não foi. — Admitiu Harrison enquanto tomava um gole de sua água. Ele soltou uma risada ao se sentir corado. — Esqueci o nome dela e ela derramou uma bebida em mim. E o pior é que não posso dizer que não mereci.

Ao menos ele sabia admitir quando errava. Tom se encolheu em seu sanduíche enquanto soltava uma gargalhada.

— Você definitivamente mereceu, amigo. — Ele riu dando outra mordida.

O telefone de Tom vibrou no bolso, mas ele preferiu ignorá-lo, sabendo quem provavelmente era. Aquilo arruinaria a o resto do seu dia e ele queria pelo menos aproveitar o almoço com o amigo antes de se irritar pelo resto do dia.

— Ela provavelmente adoraria você. — Provocou Harrison.

— Vá se foder. — Tom revirou os olhos com uma risada. — Não vou aceitar a sua segunda opção raivosa.

— Não critique o sexo com raiva até que você experimente. — Harrison sorriu com conhecimento de causa.

Tom balançou a cabeça e mais uma vez ignorou o telefone tocando.

— Acho que estou bem assim, obrigado. — Ele o ignorou com outra expressão de desdém.

Ele não sabia porquê mas, de repente, era estranho para Tom falar sobre a última aventura deles em um pub qualquer. Talvez fosse porque ele sabia onde ele tinha ido parar depois que aquela garota foi embora e ele sabia o que isso significava para ele e Emily, mas Tom ainda não havia terminado seus dias de solteiro, e até ela sabia disso.

Aliás, ela havia insistido bastante que aquele acordo era sem compromisso.

Era estranho não contar ao Harrison sobre Emily. Como se fosse um segredo. Mas, ao mesmo tempo, ele se sentia estranhamente protetor em relação a ela. Não queria que os amigos dele a vissem como uma garota com quem ele estava transando. Ou pior, um possível interesse amoroso. Ele sabia que um compromisso com ela não iria acontecer.

O inferno congelaria antes que Tom se decidisse ter qualquer tipo de obrigação a longo prazo. Mas ele conhecia seus amigos e sabia que eles não veriam a sua relação com Emily como um simples acordo entre dois amigos. E ele não queria ter que lidar com aquela conversa.

Ficar quieto era a melhor opção. Para sua própria sanidade. E... bem, Emily se importaria se ele contasse a alguém sobre aquilo? Tom pensou que essa era outra regra sobre a qual ele teria que perguntar. Ele não queria ultrapassar nenhum limite e sabia que ela também tinha uma lista de regras que ele ficaria feliz em seguir. Desde que isso significasse uma coisa e apenas uma coisa: sem exclusividade.

Harrison notou o telefone de Tom tocando pela terceira vez. E Tom o ignorou pela terceira vez. Ele verificou a mensagem com um suspiro antes de virar a tela para baixo na mesa, voltando a comer o seu almoço antes de ter que voltar para o trabalho.

— Garota obcecada? — Harrison sinalizou com a cabeça para o celular de Tom.

— Minha mãe deveria me visitar neste fim de semana, mas você sabe como é a rotina dela. — Ele murmurou para a comida, sem querer responder a ela.

— Deixe-me adivinhar. — Começou Harrison, sabendo exatamente onde aquela conversa ia dar, já que ele conhecia toda a história de Tom, incluindo as partes que ele odiava discutir, que eram principalmente sua família. — Ela vai esquiar com o Clint em Veil? — Ele perguntou como se aquilo fosse a coisa mais previsível que Tom pudesse fazer.

Tom soltou uma risada com sua suposição.

— Na verdade, vai surfar com Clint em Malibu, mas vai dar o mesmo. — Ele corrigiu, tentando não se deixar abalar.

Até Harrison podia perceber que ele estava ficando incomodado com aquilo mais uma vez e ninguém poderia culpá-lo.

Era sempre a mesma história, não importava o que acontecesse, e Tom estava cansado das palhaçadas da sua mãe. Ele nem podia mais culpar Clint por isso, considerando que ela era assim desde que Tom era criança, antes mesmo de ele entrar em cena. Só que agora ela o usava como a desculpa perfeita para não vir visitar o filho.

Ele sabia que não deveria se importar mais, mas não conseguia evitar. Não era algo fácil para ele simplesmente esquecer aquele assimto. Era a mãe dele. E não importava quantas vezes ele tentasse, ela sempre lhe daria o mínimo necessário e isso sempre o deixava chateado.

Era suposto ela ter uma conexão com ele e não poderia se importar menos com nada disso, então por que Tom se importava? Isso sempre o irritava e ele detestava que isso acontecesse.

Mas ele ainda a convidava. Não importava o quanto isso o deixasse infeliz.

— Bem, pelo menos agora você está disponível neste fim de semana. — Harrison interrompeu os pensamentos do amigo enquanto se levantavam para voltarem para o trabalho. — O de sempre este sábado, então?

Pegando o celular, Tom o segurou com força enquanto inspirava bruscamente. Sabendo que sua mudança de planos significava fazer sua rotina normal, embora estivesse ansioso pela pequena mudança neste fim de semana, que agora lhe parecia sombrio.

— Sim. — Concordou Tom ao tocar no nome de Emily no ecrã do dispositivo, mas hesitou ao ver que sua mãe lhe tentava ligar pela quarta vez. — O de sempre este fim de semana.

𝗍𝗁𝖾 𝖽𝖾𝖺𝗅. 𝘁𝗼𝗺 𝗵𝗼𝗹𝗹𝗮𝗻𝗱Where stories live. Discover now