Ele é um imã de problemas. Ela é quem foge deles.
Após se conhecerem, os dois só querem distância um do outro, mas acabam tendo que se unir para sobreviver.
Debbie odeia Kael, o homem mais desprezível, que julga ter conhecido. Mas quando ele é o ún...
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Kael
Ontem levei um susto, listei incontáveis pessoas que podem ter invadido meu quarto, tomei um remédio pra pegar no sono e me obriguei a acordar com o som do alarme do meu telefone.
Vou ao banheiro, tomo um belo banho, coloco o terno recém comprado de risca de giz cinza escuro, calço os sapatos e desço para tomar café.
Quando termino, saio para a rua e faço sinal para um táxi que encosta na beira da calçada a minha frente. O motorista não sabe falar inglês, então mostro a ele uma foto da mesquita no celular e o homem murmura algumas palavras que não fazem sentido para mim e faz sinal de positivo.
Aguardo alguns minutos até estarmos em frente a Mesquita Süleymaniye, pago a corrida, saio do carro e me deparo com o local rodeado por homens de terno preto, seguranças.
Avisto Lyra do meu lado esquerdo e JC na outra ponta, continuaremos separados.
Algumas pessoas sobem a pequena escada e adentram o local, reparo que uma mulher segura uma prancheta e meneia a cabeça para cada um, autorizando a pessoa a entrar.
JC ajusta o palitó cinza, aperta o nó da gravata e segue a fila de pessoas, com certeza suando frio.
Eu e Lyra nos distanciamos mais e discretamente vejo-a acionar o dispositivo em seu ouvido com apenas um toque.
- Está me ouvindo? - pergunta com cautela, falando tão baixo que mal consigo entender.
- Sim, mas fale um pouco mais alto. - me afasto pelo gramado, como o local é público, chamaria muita atenção impedir civis de caminhar por perto, então as pessoas apenas deduzem que está tendo uma cerimônia e não ousam entrar por conta dos seguranças armados.
- Tá bem. - responde.
Observo J sendo autorizado a entrar e quase sorrio.
Não cante vitória antes da hora.
Muitos convidados chegam depois dele, na verdade outras pessoas até tentam entrar, mas quando veem que seus nomes não estão na lista, são carregadas pelo braço escada a baixo e arrastadas para sua punição.
Uma jovem mulher foi levada para um carro branco sedan com vidros tão escuros que é impossível ver algo lá dentro.
Não escutei nenhum grito, mas vi as expressões de medo no rosto de cada um por perto.
Não posso ficar aqui parado, começo a caminhar em direção ao carro e a moça sai como se nada tivesse acontecido.
A alcanço rapidamente antes que saía da área da mesquita.
- Oi. - ela não responde, então tento outra vez. - Olá.
A jovem continua andando apressada, não sei como não tropeça na barra da calça usando saltos tão altos.