Sem Tempo Para Morrer

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Kael

Uma banheira...há muitas possibilidades para alguém desejar saber se você tem uma banheira.

Apenas uma.

- É aqui! - sua voz subitamente animada me traz de volta a realidade.

Franzo o cenho tentando entender, do que ela estava falando.

- Hum?

- Sua casa. Chegamos! - diz. - Eu me lembro o caminho. - completa, abrindo a porta do carro e logo saltando para fora.

Pisco algumas vezes, desacelerando o veículo e obrigo minha mão a puxar o freio para estacioná-lo em frente ao prédio.

Nem percebi, que havíamos passado da última rua.

Espio pela janela e a vejo quase entrando no elevador, parada no meio do caminho de conversa com o...porteiro?!

- Ei! Me espera! - grito indo atrás da garota, fecho a porta com força trancando o veículo.

- Você demorou. - Deb fala em tom baixo perto do meu ouvido, mas seus olhos estão focados no belo homem a sua frente.

Não a respondo, limpo a garganta e mantenho meus olhos nele também, um sorriso de lado contido é puxado no rosto dela.

O que ele têm de tão interessante?

- Então, é novo aqui? - pergunto, me dirigindo ao funcionário.

Nunca o vi antes, mas está usando o mesmo uniforme do antigo Sr.While, que exercia essa função. Soube, que ele se aposentou e mudou para outra parte da cidade.

Bom pra ele, mas acho que nunca senti tanta falta daquele velho como agora.

O sujeito não abotoou os botões do terno azul-marinho tão intenso, que de longe parece preto, deixando à mostra sua camisa social branca com detalhes no mesmo tom do terno.

No bolso, uma plaquinha prateada reluz com o nome Benjamin T. Crick

B.T.C. Mas que iniciais bosta.

- Comecei ontem, acho que o senhor não estava, mas conheci sua mãe. Ela é bem gentil. - sorri simpático.

- É...minha mãe realmente é boa demais. - o fuzilo com o olhar, levando minha mão ao ombro esquerdo de Debbie. Eu a deixo escorregar até o centro das costas dela. - Se me der licença, estamos indo. Bom trabalho. - não me esforço para dar-lhe um sorriso.

Começo a guiá-la para o elevador, deslizando os dedos pelo seu braço para manter a pegada firme, quando ela reluta em caminhar.

Notando, que estamos cada vez mais distantes de seu novo amigo, ela vira a cabeça para trás e sorri, enquanto acena, como uma adolescente arrastada para fora da festa.

- Tchau, Ben!

- Tchau Debbie! - acena de volta.

Espero, que ele torça o pé caía de cara no chão na frente da senhora Nice, a mulher mais fofoqueira, que conheço.