Quem disse que eu te perdoei?

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Ele continua a me olhar e, em seus olhos, vejo que está confuso. 

-Oliver, o barulho da porta se fechando, foi como se tudo que vivemos nesses quinze anos, terminasse ali. E percebi que o que mais me causava dor, era a falta que você me fazia… ou melhor, a falta que você me faz! 

-Meg, o que você quer dizer? - sua voz está embargada e ele volta a chorar, assim como eu. 

-Oliver, eu quero dizer que você errou e errou feio. Que me machucou. Mas reconheceu seu erro e mostrou que está disposto a consertá-lo. Oliver, a dor que me causou não foi pequena, mas a dor de não tê-lo comigo é maior ainda!  

-Meg, cada minuto sem você tem sido uma eternidade, uma penitência. - diz, limpando seu rosto - eu não menti quando disse que estou pagando caro por minhas atitudes. Eu prefiro perder tudo que eu tenho, do que perder você. 

Caminho até ele e, com seu rosto em minhas mãos, sinto um grande alívio e uma felicidade que me abate em cheio. 

-Você foi um idiota, mas eu o amo e não quero ficar longe de você! Será que podemos entrar e comer aquele bolo? Enquanto eu falo com você, eu só penso em devorá-lo! 

Oliver sorri e puxa meu corpo para mais perto do seu.

-Meg, eu te amo e juro nunca mais magoá-la! 

-Assim espero, Sr. Windsor! Não sou mulher de segunda chance! 

Ele não mais espera e me beija. Me pega em seu colo e nosso beijo é intenso. Carregado de dor, saudade, angústia e medo… 

-Eu te amo muito, Meg! Obrigada por me perdoar. 

-Quem disse que eu o perdoei? 

Ele me olha confuso. 

-Não? 

-Não, ainda não passou no teste. 

-Que teste? - me põe no chão e coloca uma mecha de meu cabelo para trás. 

-Saberá na hora certa! Agora vamos entrar, antes que a gente congele aqui fora.

Entramos e, sentados à mesa, Oliver acende a vela. 

Fico parada antes de assoprar. 

-O que foi? - ele me pergunta. 

-Ué, estou fazendo um pedido. 

-Hmm… e posso saber qual é? - pergunta, enquanto se levanta de sua mesa, me abraçando. 

-Não! Se não vai dar azar! 

-Certo… 

Termino meu pedido e assopro a vela. 

Corto o bolo e enquanto comemos, Oliver vai até a cozinha e volta com uma champagne. 

-Estava todo preparado mesmo, hein… Convencido de que eu cairia em suas garras novamente. 

Ele ri. 

-Eu deixei tudo preparado, minha Feiosa. Mas em nenhum momento eu pensei que me perdoaria, porque meu erro foi imperdoável. - vejo que ele fica quieto. 

-Bem, mas estamos aqui e não quero mais falar sobre isso e, como disse, você ainda não está perdoado. Ainda precisa passar no teste! 

Arqueia sua sobrancelha direita. 

-Estou começando a ficar com medo desse teste. 

-Apenas aguarde. 

Comemos, conversamos e ele chega ao assunto que eu já imaginava.

EntrelaçadosWhere stories live. Discover now