Me abraçam e Mariah pede para que Harry me leve para casa.

Em casa, debaixo do chuveiro, penso em como será ter que encarar Oliver. Algumas lágrimas escorrem, mas me recomponho e penso que eu não estou errada e, como as meninas disseram, eu não tenho que ficar me privando por causa dele. Se ele se sentir incomodado, ele que volte para casa. E se a vaca da assistente dele não gostar, que vá a merda!

Escolho minha roupa, deixo pronta, assim como minha roupa do trabalho.

Já em minha cama, tento dormir, mas meus pensamentos ficam presos naquele filho de uma puta, que à essa hora deve está sendo muito gentil com sua assistente.

E queimando em raiva e saudade, choro e acabo pegando no sono.

(...)

O dia no hospital foi bastante agitado. Levei algumas broncas de meus amigos, por ter vindo para o trabalho, ao invés de ficar em casa de repouso. Deus me livre! Mente vazia, oficina de Lauren!

(...)

Olho no espelho e gosto do que vejo. Me sinto bonita, mas somente por fora, por dentro, a dor ainda me corrói, mas isso não acabará com minha noite.

A caminho da boate, dentro do táxi, envio mensagem aos meus pais, avisando que está tudo bem e lhes digo que amanhã faço uma chamada de vídeo com eles.

Dentro da boate, que se encontra cheia, de longe consigo vê-lo. Em seu terno cinza escuro, barba por fazer. Ele está lindo!
Acabo não percebendo que estou parada no meio da boate e ele, que conversava com alguns amigos, para e retribui o olhar.

Meu coração parece que vai saltar pela boca, minha garganta dá um nó.
Olho para o lado e vejo um amigo que atua na mesma área que eu, mas estava de férias.

-Megan, como vai? -pergunta, me fazendo fugir de meus pensamentos.

-Olá, Chris! Eu estou bem e você?

-Estou ótimo. Não tem como ficar mal depois de passar trinta dias em Cancún, não é mesmo?

-Concordo com você!

-Aceita uma bebida? -vejo Oliver cerrar o maxilar, sem tirar seus olhos de mim. Isso está interessante.

-Claro!

Vamos até o balcão e, dessa vez, escolho um gin. E Chris pede uma dose dupla de whisky.

Selena, Mariah e Esther se aproximam, nos cumprimentando.
Percebo que Chris fica meio incomodado, mas cumprimenta as meninas normalmente.

Conversamos um pouco e, uma hora ou outra, percebo que Oliver não tira seus olhos de Chris e eu. Assim como eu também o olhava.

-Chris, é impressão minha ou você ficou estranho quando as meninas chegaram. -pergunto e dou um gole em minha bebida.

-Vou contar para você porque sei que posso confiar em você. -Chris me conhece há cinco anos e confia em mim. Aquele puto me conhece há quinze e não confiou!

-Obrigada por confiar, meu querido.

-Então, Meg. Antes de sair de férias, eu estava saindo com Esther. Minhas férias já estavam programadas antes de que a a gente começasse a ficar. Não havia como eu voltar atrás. Ela discutiu comigo e simplesmente disse que eu estava a largando. Eu até me propus à conversar com o RH ou com Oliver e perguntar se poderiam adiantar as férias dela, mas ela se recusou e terminou o lance que a gente tinha. Mas, posso lhe afirmar que ela mexeu comigo. Não fiquei com nenhuma garota durante as férias, apenas curti com meus irmãos. Tentei falar com ela, assim que voltei, mas ela está irredutível. Então, respeitarei a vontade dela.

EntrelaçadosWhere stories live. Discover now