Demonios do passado ainda não foram superados e a rivalidade de Johnny Lawrence e Daniel Larusso segue firme, ainda mais depois de Miguel ter vencido o torneio para o cobra kai. Katerine não queria estar no meio de toda aquela confusão, mas se vê pe...
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Cálculo sempre foi a matéria que Snow menos gostou em toda a sua vida, se esforçava muito para aprender, mas parecia cada vez mais difícil se concentrar naqueles números ridículos, ainda mais com a cirurgia de Miguel marcada para o outro dia, sua cabeça estava cheia e preferia mil vezes deitar em sua cama com um livro em mãos.
- Está entendendo ? - Nate pergunta pela décima vez.
Nate é um garoto alto, pele bronzeada e cabelos rebeldes, Terry havia decidido que esse seria seu novo tutor de cálculo, já que graças as faltas de Kate suas notas haviam caído drasticamente. Ele ensinava bem, era um ótimo professor apesar de desajeitado, o problema ali era Kate.
- Desculpe. - Sorri culpada.
- Não tem problema, acho que estamos forçando muito para um único dia. - Diz simpático.
- Eu não fiz nenhuma única questão. - Kate suspira. - Talvez eu repita em cálculo.
- Vamos lá, foi só um dia, não desanima.
A morena concorda com a cabeça e fecha o caderno, antes que sua mente desse mais voltas. Nate tentava segurar a risada pela cara de enjoo que Kate fazia toda vez que olhava o caderno.
- Também era difícil para mim, eu era péssimo.
- Sério? Não parece, você ensina bem.
- Minha hiperatividade complicava um pouco as coisas, na verdade até hoje se for contar em quantas confusões eu me meto sem perceber. - Ri sem graça.
- Então vamos nos dar bem porque, pelo que parece, sou imã para essas coisas.
Eles se olham cúmplices antes de rirem juntos.
- Se não for nada que envolva um braço quebrado, porque preciso do meu inteiro.
- Não prometo nada. - Se estica na cadeira. - A quanto tempo da aulas ?
- Pouco tempo. Comecei esse ano para ajudar nas contas em casa.
- Isso é legal da sua parte, Nate.
Mais tarde, depois de Nate ir embora e Snow já estar deitada em sua cama, em seu celular o nome de sua mãe brilhou e Katerine pensou que seu coração pularia do peito ao atender.
- Mãe, é você ? - Perguntou com os olhos cheios.
- Kitty.
Não pode deixar de notar o tom melancolico que sua mãe proferiu seu nome.
- Eu estava tão preocupada, porque não me liga mais ? Eu sinto tanta a sua falta, mãe. - Disse tudo de uma vez, atropelando as palavras.
- Filha, estou indo embora.
- Como assim ? - Sua voz saiu baixa.
Seus ouvidos a estavam pregando uma peça, não acreditava, não queria acreditar no que acabará de escutar. De todas as pessoas do mundo, ela seria a única que nunca a deixaria, ou pelo menos deveria ser assim, mães e pais deveriam ser assim, então porque os seus sempre a deixavam como se fosse uma opção ? Pensar nisso a fez conter um soluço.
