𝐦𝐞𝐮 𝐫𝐚𝐩𝐩𝐞𝐫, 𝐦𝐚𝐭𝐮𝐞

𝐜𝐚𝐩 𝟏𝟓

Laura Costa, point of the view.
São Paulo, Brasil.

Sinto as lágrimas molharem as minhas bochechas e tento limpar elas, mas eu não conseguia parar de chorar. Matheus me encarava como se eu fosse louca e segurava a risada, eu tinha vontade de voar nele por causa disso.

O motivo disso? Estávamos assistindo a cinco passos de você, por insistência minha.

— Amor, eu já falei para você que esse filme te faz chorar. Olha aí. Parece até que alguém morreu. — Matheus falou e me puxou para perto, me abraçando.

— Mas o filme é lindo! — Retruquei e limpei minhas lágrimas. — Vamos ver de novo? — O olhei.

— Não, porra. Vamo ver gente grande, eu sei que você ri nesse. — Falou e eu fiz um bico, o qual Matheus não perdeu tempo em beijar.

Depois do post de Matheus no Instagram, nós fomos motivos para várias páginas de fofoca e continuamos sendo. Porém, eu também amo ver os edits dos fãs clubes do Tuê de nós dois, acho fofíssimo.

Também nos aproximamos bastante, aliás ontem eu estava em um dos shows da 30praum e nós saímos com os meus amigos depois.

— Minha família marcou um almoço com todo mundo e meu pai pediu para eu te chamar. — Falei.

Matheus engasgou com o ar e eu gargalhei da sua reação. Ele morre de medo da ideia de conhecer o meu pai, mesmo que eu fale que o Senhor Leonardo é super de boa.

— O que? — Parou de tossir e me olhou. — Quando? Tu me fala isso só agora, Laura? Ta doidona?! — Ri do seu jeito de falar e comi uma pipoca.

— Calma, vida. O almoço é semana que vem e é em Goiânia, já que eu vou pra lá com o João. Se você não tiver show, você vai. — Digo calma. — Acha que consegue ir? — O olhei.

— Claro que posso, pô. Tô ansioso pra conhecer o meu sogro, cê é louco. — Ele sorriu animado e me deu um selinho. — Acha que ele vai gostar de mim? Não só ele, né. Já que tu tem uns trezentos irmãos, nunca vi. — Resmungou.

— Eles vão gostar de você sim. — Sorri boba e beijei sua bochecha e depois sua boca.

— Matheus e João! — Minha mãe repreendeu os dois, após ambos tentarem roubar uma batata. — Vão ir para Goiânia?

— Vamo, sogra. — O moreno concordou e deu uma corridinha, após pegar uma batata e minha mãe tentar o acertar com a colher. — Sente minha falta não, hein. — Ele parou atrás de mim e me abraçou, deixando sua cabeça em meu ombro.

— Nossa, já estou morrendo. — A mais velha falou em deboche e eu ri.

Almoçamos e Matheus foi embora, já que ele havia dormido aqui e hoje ainda teria que ficar em reunião por causa de suas músicas.

Fiquei o restante do dia conversando com Lais, Lucas e Vini. Obviamente que passamos horas falando da vida dos outros e fofocando, é o melhor que sabemos fazer.

— Minha filha, você tem um gostoso desses nas suas mãos e ainda não deu pra ele? Tá esperando o que, Laura? Porra! — Minha amiga falou, enquanto finalizava o seu cabelo.

— Lais, para de ser enxerida! Chatona, tu. — Lucas falou, de boca cheia.

— Estou esperando a hora certa, sua puta! Na hora que for acontecer, vai acontecer e pronto. — Falei simples, terminando de secar o meu cabelo molhado do banho. — Aliás, o Teto me falou que te mandou uma Dm.

— Mandou mesmo. Quase enfartei na hora. — Minha amiga falou e eu ri.

— Eu não esperava menos que isso. — Vinicius falou. — E aí?

— A gente conversou e marcamos de sair sábado. Ele é um fofo! — Ela falou animada e eu sorri.

— Não duvido que você desmaie na hora que ver ele pessoalmente. — Lucas falou rindo.

— É a sua cara fazer isso. — Digo e gargalhamos.

— Vão se foder vocês três, nossa cara. Sério. — Lais resmungou e nós continuamos rindo.

Depois de longas horas fofocando com eles, fiquei em ligação com o Matheus até eu dormir ouvindo o moreno tagarelar sobre sua música nova.