𝐦𝐞𝐮 𝐫𝐚𝐩𝐩𝐞𝐫, 𝐦𝐚𝐭𝐮𝐞

𝐜𝐚𝐩 𝟎𝟎𝟓.

LAURA, point of the view.
São Paulo, Brasil.

Já faz três semanas que nós voltamos para São Paulo e fazem três semanas que eu e o Matheus não paramos de conversar. Acabamos conversando apenas em ligação e pelo WhatsApp, já que ele vive viajando para fazer shows.

Eu também ando ocupada na minha faculdade, faço faculdade de moda e eu estou amando. Um dos meus maiores sonhos é abrir a minha loja e fazer as minhas roupas. Trabalhar bastante para ela chegar nos Estados Unidos, Europa... e assim para mais.

Abro a porta de casa e dou de cara com Kiara correndo igual uma doida pela casa. Sorrio e fecho a enorme porta branca, jogo minha mochila no sofá da sala e ando em direção a cozinha.

— Mãe? Pietro? — Chamei.

— Oi, filha. Como foi a aula hoje? — Minha mãe apareceu, beijou minha testa e pegou sua garrafa de água de dentro da geladeira.

— Foi legal, começamos a falar sobre o design das roupas. — Falei e ela sorriu.

— Eu estou indo para a academia, depois vou buscar o seu irmão na natação. Tem strogonoff na geladeira, é só esquentar, tá bom? Beijos, te amo. — Ela pegou a bolsa e a chave do carro.

— Eu também te amo! — Falei alto, já que a mesma havia saído.

Aqui em casa mora apenas eu, minha mãe e o Pietro, meu irmão mais novo. João mora sozinho a um ano em um apartamento não muito longe daqui, mas vem direto pra cá.

Peguei a comida e coloquei no prato, logo colocando no microondas. Peguei o meu celular e aproveitei para responder algumas mensagens e ver alguns stories.

Essa semana eu vou para Goiânia, para o aniversário da Maria Alice, a minha afilhada. Eu sempre vou para lá, pelo menos três vezes no ano ou mais, já que o meu pai é de lá. Mas, por causa da faculdade, eu estou indo menos.

Não vou ficar muito, mas pelo menos vai dar para matar a saudade do meu pai, meus irmãos e da minha neném.

Termino de almoçar e lavo a louça que sujei. Subi para o meu quarto com Kiara atrás de mim e tomei um banho demorado, assim que sai, o meu celular começou a tocar.

Revirei os olhos e sorri ao ver que era o Matheus e atendi a chamada de vídeo. O mesmo estava deitado, e mostrava apenas os olhos para cima na câmara, o que me fez rir.

— O que foi, maluca? — Ele perguntou. Eu sentei na minha cama, após ligar o ar condicionado.

— Nada não. — Liguei a televisão. — O que tu quer? — Perguntei, entrando na Netflix e fuçando.

— Falar contigo, pô. — Ele coçou a testa. — Como foi a aula? — Ele perguntou e eu sorri involuntariamente. Eu amo falar sobre isso.

— Legal. A gente começou a falar sobre design das roupas. — Falei e coloquei the Whalking dead. — E o seu dia?

— Comecei a trabalhar naquela música que eu falei, pá tu. — ele sorriu animado.

É visível a felicidade dele ao falar sobre música e tudo que é relacionado a ela. Seus olhos até brilham.

— E aí? — Me ajeitei na cama.

— Vou gravar ela ainda essa semana, branquela. — seus olhos brilharam e eu sorri. — Tô animado pra porra.

— Até eu estou. — Ele sorriu.

Ficamos conversando por mais um tempão e ele assistiu The Whalking dead comigo também. Acabei nem percebendo quando dormi.