XIII. Finalmente voando

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Assim que a água gelada atingiu meu corpo, foi como se uma onda de frio se espalhasse por ele todo. Eu segurei a mão de Timothée, assim como ele me disse para fazer. A sucção do navio, no entanto, era extremamente forte. Timothée estava nadando, ele agarrou meu salva-vidas na tentativa de me manter com ele, mas sem sucesso. Ele foi puxado para longe da correnteza, então assim que finalmente atingi a superfície, respirei fundo.

─ Timothée! ─ gritei seu nome, em meio aos milhares de gritos. ─ TIMOTHÉE! 

Enquanto eu gritava por Timothée, um homem sem colete salva-vidas decidiu que era melhor me usar como boia. Para se manter acima da água, ele estava me segurando, me afogando. Eu mal tinha colocado a cabeça para fora para respirar.

─ Timothée! ─ Eu gritei. Quando fui empurrado para baixo novamente, meus pulmões estavam desesperados por ar.

─ Solte ela! ─ A voz familiar de Timothée gritou. Eu vim acima da água para vê-lo bem na minha frente. ─ Nade, Madellyn, eu preciso que nade! ─ agarrou minha mão para que nadássemos juntos. ─ Continue nadando. ─ me puxava cada vez mais. ─ Nade Maddy!

Nadamos por um tempo, até que Timothée encontra uma porta.

─ Suba aí. ─ falou. ─ Anda, Madellyn. ─ instruiu enquanto me ajudava a subir. Quando ele foi tentar, a porta fez menção de virar, e quando pensei em descer, ele me impediu. ─ Fique aí, fique aí Madellyn! 

─ Não, Timothée!- ─ ele me interrompe.

─ Vamos ficar bem agora. ─ ficou em minha frente, ainda na água. Eu estava com medo, frio e hesitante sobre nossa sobrevivência, então Timothée juntou nossas testas e envolveu minhas mãos com a sua. ─ Os barcos vão voltar para nos pegar, Maddy. ─ falou quando ouviu um homem apitando sem parar. ─ A-aguente só mais um p-pouquinho. ─ gaguejou de tanto frio.

Timothée tremia sem parar, e eu sabia que se não lutasse por ele, ele não aguentaria, então eu iria perder o amor da minha vida.

─ Timmy, tente de novo. ─ pedi piedosamente, olhando em seus olhos.

─ Ma-maddy, n-não vai-

─ Eu não vou me perdoar se você morrer, Timothée, então suba nessa porta, antes que eu mesma dessa desta merda e me afogue! ─ eu falei, com lágrimas descendo pelo meu rosto, lágrimas que praticamente estavam congeladas. ─ Por favor...tente novamente. ─ pedi desesperada.

Timothée assentiu, após um momento, depois de me olhar nos olhos. Mas ainda assim, após algumas tentativas, ainda não tínhamos conseguido.

─ N-não vai dar-dar cer-certo. ─ ele gaguejava cada vez mais devido ao frio

─ Espere. ─ pedi. 

─ Ei, ei, ei, o-o quê-quê esta fa-fazendo! ─ gritou, quando me viu tirar o colete.

─ Con-confie em mim, Timothée! ─ deslizei para fora da porta. ─ Confie em mim. ─ o pedi, uma ultima vez.

─ Eu con-confio em vo-você. ─ disse.

─ Segure isso. ─ eu disse e ele assentiu. Nadei até o outro lado da porta e agarrei o outro lado da fivela. ─ Ok, quando eu disser, vou precisar que você nade por baixo e amarre sua ponta na minha, entendeu?

Ele concordou comigo, então a ele um aceno em troca.

─ Agora! ─ eu disse. Nós dois nadamos por baixo da porta e rapidamente amarramos nossas pontas. Quando voltamos, empurrei a porta. ─ É mais resistente, a porta deve aguentar nós dois agora.

Finalmente Voando || Timothée ChalametWhere stories live. Discover now