Já faziam 5 meses que o pai morrera ... E a mãe não estava em condição para trabalhar, depressiva,. E para piorar estava grávida, Deus sabia que Amber não estava em seu estado normal há meses, estava a beira de um colapso quando a última pessoa da face da terra a qual ela achou que pudesse recorrer a ajudou, a princípio Amber negou, mas não podia se dar a certos luxos, então aceitou, mas era de conhecimento geral que ela e Mel ( a pessoa a qual havia lhe ajudado) não eram amigas, nem nada perto disso, mas também era de conhecimento de todos que Mel sempre fora aluna de música de Derek, pai de Amber, o que era no mínimo para Amber um infortúnio saber que seu pai havia passado tanto tempo com a Srta Mel que de Mel não tinha nada, quanto com ela que era sua filha. Mesmo sentindo falta do pai e de todos os momentos que ainda poderiam ter.. não tinha tempo para o luto.. Precisavam comer... Poderia mentir e dizer que não chorava todas as noites ate dormir com saudades do seu querido pai, mas, seria mentira... JÁ fazia um tempo que o corretivo era seu melhor amigo.. Quando não estava maquiada era impossível não perceber o luto, a confusão que havia se tornado, e para piorar, era obrigada pelo bem de todos a receber ajuda daquela cobra, podia lembrar do como tudo havia acontecido, quando aquela mulher entrou pela porta de sua casa sem ao menos bater, como se fosse intima, como se a casa fosse dela, e ainda podia sentir o mesmo ódio que sentiu quando viu a mãe levantar do sofá em um pulo, sem nem se preocupar com a barriga enorme que ostentava, e correr para abraçar o inimigo que entrava, ainda lembrava-se dos sapatos caros e envernizados que ela calçava um bico tão fino que poderia ser usado como uma arma, e um solado vermelho irritante, que dizia a Amber exatamente que tipo de sapato ela usava, viu quando ela se sentou no sofá, e deixou uma carta na mesa, nem se quer olhando para Amber, como se ela não existisse, não estivesse na sala, ela disse.

"Estou indicando Amber para um emprego na multinacional de um conhecido, ele é muito exigente, mas, o emprego é um dos melhores que poderia existir para alguém como ela aprender como o mundo real funciona, espero que de tudo certo"

E foi assim, com toda a soberba das palavras, que a garota se levantou, ficando sem duvidas uns bons centímetros maiores do que amber e sua mãe, viu quando elas se despediram, e principalmente, quando aquela mosca morta entrou em uma limusine de 200 mil dólares, teve que respirar fundo por semanas, ouvindo a mãe dizer o quanto Melanie Campbell era boa por ajudar, mas, amber só conseguia lembrar da soberba que ela tinha ao dizer " alguém como ela aprender como o mundo real funciona" francamente! Quem essa garota achava que era? Muitas vezes não tinha nem o que comer, vivia de caridade, podia se ouvir o estomago dela roncando pela escola inteira, ela devia ao menos se humilde.

"Mas amber.. Você mesma disse que duas das garotas que entraram para a entrevista foram embora chorando inconsoladas " diz a mãe enchendo uma xícara de café, tirando amber do devaneio de raiva em que se encontrava

"Mãe eu consigo... Eu juro" disse ao se levantar... " Preciso me arrumar. Preciso ter coragem .não ? afinal não seria bom fazer isso com a Melanie, tenho certeza que ela fez para tentar ajudar a senhora já que meu histórico com ela não é dos melhores " disse em tom irônico

"em outras palavras vocês duas sentiram ódio à primeira vista desde pequenas" a mãe sorriu enquanto virava uma panqueca, pois não era segredo a ninguém no mundo, o que acontecia entre elas

"pelo menos a que podia ver sim" disse Amber com um meio sorriso maldoso, mas o fechou ao ver o olhar da mãe.

" você ainda vai se arrepender de certas coisas Amber, é muito jovem e coisas que não tem graça fazem com que se divirta, por hora" a mãe a reprendeu e Amber preferiu não ficar para ouvir

Melanie Campbell era pupila de seu pai, e isso sempre fez com que Amber a odiasse, ela era muito estranha, e quando criança era cega, na verdade toda a família da garota era estranha perante Amber e outras famílias do bairro, já que a mãe da garota, uma senhora pouco amistosa, também era cega, e o pai da garota sofria de alguma deformidade que o fazia andar completamente torto, tinha olhos de tamanhos diferentes que ficam em posições diferentes, e seus dentes saiam para fora dos lábios, era como olhar para uma aberração e isso quando criança, fazia Amber tremer dos pés a cabeça, tinha calafrios, e já tinha ate chorando apenas para não olhar para ele, quando a família se mudou para o bairro, Amber era criança e tomou um susto, pareciam recém chegados de um circo para ser honesta com suas lembranças, ela não gostou da família de primeira é claro, havia uma garota um pouco mais velha que Amber que não aparentava ter problema algum, porem Amber não queria ser amiga daquela gente, e realmente não foi, mesmo quando os outros tentaram ser caridosos conversar, Amber nem ao menos tentou, a garota além de cega era muito soberba, e todos diziam que ela era sem duvidas a criança mais bonita que já tinha visto, Amber não via nada demais nela, era uma criança comum, e mesmo que fosse bonita, não tinha graça alguma ser bonita e não poder enxergar, para piorar, a garota era a dona da verdade, tinha uma língua afiada mesmo sendo mais nova e já era quase maior do Amber, e não demorou muito para que ela se tornasse muito maior, mesmo sendo uma aberração, seu pai era um pintor famoso, que era de onde saia a renda da família, amber tinha medo das obras dele, eram coloridas mas muito tristes, não gostava daquilo e muito menos entendia, Amber podia dizer com toda certeza, que ela e Melanie se repudiavam, uma vez que Melanie mesmo sendo uma ladra, uma pessoa sem escrúpulos, mal educada, orgulhosa e soberba, todos pareciam passar a mão na cabeça dela, "pobre Melanie, tem muitos problemas" quando na verdade Amber via em sua face dissimulada a falta de caráter, era como conviver com uma cobra, uma vez que seu pai encantado, fez de Melanie como sua filha, uma vez que Melanie era alta, magra, uma musicista perfeita, uma pintora excelente, e super. dotada nos estudos, mesmo mais nova, acabou os estudos no mesmo ano que Amber, e quando seu irmão estava em casa, dava toda a atenção para ela, sempre davam, Amber não queria ser inveja, mas seus problemas com ela muitas vezes iam além, já que a mesma não deixava passar uma única chance, de jogar na cara de Amber, o quanto era melhor do que ela em qualquer coisa que se propusesse a fazer, e isso sim, era guerra"

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