Minha Pequena

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Clarissa

Já havíamos chegado em frente sua casa, ela ainda demoraria uns 5 minutos então me sentei nos degraus da frente e fiquei olhando os adolescentes e crianças que passava do conversando e brincando em frente a casa.

O lugar era muito bonito, um condomínio de casas enorme e que mais parecia um bairro todo. Tinha parque e pracinha ali dentro, achei até mesmo um mercadinho.

As casas eram bem afastadas uma das outras, e eram enormes, mansões eu diria. A de Karina em especial se destacava das outras pela cor utilizada na decoração e pintura. Era toda creme com preto, e a porta de entrada era simplesmente enorme, me gerava uma imagem de imponência e luxúria. Era linda e cativante, um sonho diria.

Fiquei alguns minutos sentada na escadinha até ver seu carros ataviando e seus figura descendo dele. Senti minhas mais tremerem e meu nervosismo se fazer presente.

Karina era uma mulher muito bonita, alta, de pele branca bem pálida, seu cabelo era comprido e preto assim como seus olhos, seu corpo era desenhado, com pernas torneadas e braços marcados, coxas grossas bumbum e busto fartos. Não bastava ser linda, também se vestia muito bem, estava com uma saia preta lápis, e uma camisa branca com os três primeiros botões abertos, o que dava uma visão pra corrente que usava, e para as sardinhas que tinha na região do busto. Usava salto alto, preto com solado vermelho. Realmente muito bonita e intimidante.

Ela veio se aproximando com cara de poucos amigos, o que me fez ficar um pouco ansiosa e intimidada com a sua presença. Mulheres que exalam prepotência e arrogância me fazem me sentir pequena, ponto a se trabalhar em mim.

- Clarissa.- se aproximou me dando um leve abraço em comprimento.

- Karina.- retribui o comprimento sorrindo.

- Venha, entre.

Adentramos a casa e logo me guiou para o sofá da sala. Me sentei e ajeitei a roupa que vestia. Estava com um vestido tubinho, de regata preto, tinha um decote em V mas que era disfarçado pela jaqueta jeans que usava por cima, em meus pés tinha um allstar vermelho caminho médio. No meu rosto uma maquiagem bem leve, composta por um gloss rosadinho e uma sombra rosinha com glitter, também passei passei um iluminador no canto dos olhos pra dar destaque.

- Acho que já negociamos tudo que precisava, podemos começar ?

- Sim.

- Bom, sabe que com essa confirmação eu passo a ser a sua figura materna.

- Estou ciente, só peço que tenha um pouco de calma comigo, não sei ainda como vou me sentir com isso.- expliquei um pouco afobada.

-  Terei calma minha pequena. Para iniciarmos, preciso que se troque, tão nova e com roupas tão vulgares...- fala direcionando o olhar para o desconte da minha blusinha e a minha saia um pouco mais curta.-  já está tomada banho ?

Apenas assenti com a cabeça, a forma como gesticula e se posiciona me intimidam um pouco, mesmo querendo parecer o mais adulta e decidida o possível, sinto um medo e uma sensação de impotência ao estar em sua presença.

Me levantei e fui guiada por ela até um quarto no segundo andar. Ele tinha as paredes brancas e uma cama de casal no meio, era uma suíte e tinha um guarda roupa embutido na parede, tudo em tons de branco e creme. Como decoração tinha um tapete colorido, alguns ursinhos de pelúcia e uma mesinha com alguns brinquedos para crianças pequenas. Mordedores, bloquinhos, livrinhos de pintar, giz de cera  e tinta.

Adentro o quarto e fui em direção ao banheiro, me deparei com vários brinquedos de borracha e produtinhos infantis. O que me tirou um sorriso do rosto foi o shampoo de morango, eu amo o shampoozinho de morango pra criança.

Voltei pro quarto e me sentei na cama aguardando ela pegar as roupa que me vestiria, ela abriu o guarda roupa e assim vi algumas coisas, senti minhas bochechas queimarem ao ver chupeta, mamadeira, fraldinha de tecido, talco, prendedor de chupeta no e fralda no guarda roupa. Pera, fralda ???

- Vem, vamos colocar a roupinha.- me chamou se sentando na ponta da cama.

Fui em sua direção e fiquei de pé em sua frente, senti suas mãos tirando minha jaqueta e em seguida soltou o cadarço do meu tênis. Fez sinal para que eu me deitasse na cama e assim fiz, subiu meu vestido e por um momento eu só queria sumir. Estava ainda de calcinha e sutiã, mas a vergonha me consumia.

- Não precisa ter vergonha pequena. Vou colocar uma roupinha bem confortável pra você conseguir brincar e relaxar.- falava pegando um body cinza de manga longa e uma calça soltinha preta.- Essa meia é antiderrapante, tem ossinhos de cachorro olha.

Acho que o comentário foi pra me tranquilizar e fazer com que eu ficasse menos constrangida, não mudou muita coisa mas achei fofo de sua parte tentar.

- Quando estivermos sozinhas em casa vou deixá-la sem o sutiã tudo bem ?- assenti.- Mas não me importo se desejar usar quando formos sair ou tivermos visita, só que quando sozinhas lhe quero sem, tudo bem ?- assenti novamente.

- Não quero usar fralda, não concordei com isso no contrato.- falo apontando pra dentro do guarda roupa enquanto ela me trocava.

- Tudo bem, não vamos usar fralda. Só estão ali porque comprei caso precisasse, não sei se faz xixi na cama.

- Não faço.- minhas bochechas poderiam ser igualadas a tomates facilmente.

Ela assentiu e terminou de me trocar, primeiro colocou o body e antes de prender, ela subiu a mão por dentro e soltou o meu sutiã, o tirando sem precisar me expor.

- Seus seios são pequenos e redondinhos, ficam uma graça marcadinhos no body.

Nunca senti tanta vergonha na vida quanto sentia nesse momento. Não tinha nem pra onde correr então apenas me encolhi e deixei meu rosto esquentar e demonstrar, tamanha a minha vergonha.

- Você fica uma gracinha com vergonha, muito pequena mesmo. Bom precisamos conversar, sua alimentação...

- Não.- falei de uma vez de forma firme.

- Já vai começar as birras por agora ? Sabe que já estamos na dinâmica, e eu não tolero birras sem motivos.- ela falava se levantando.

- Não vou ceder minha alimentação, não é negociável.

- Que bom que você entende que não é negociável. Antes de entrar você sabia muito bem como seria tratada e o que precisaria ceder. Você aceitou ter uma relação 24/7 e aceitou que entraria nas minhas rédeas.- falou de forma dura o que me levou a ceder um pouquinho.

- Por favor, eu como direitinho, mas eu não quero comer o que eu não gosto.- falei de forma mais doce. Não queria causar desavenças no primeiro dia.

Ela apenas me ignorou e mencionou sair do quarto, na intenção de me chamar. Me sinto uma criança sendo ignorada, isso me frusta porque sei que isso significa que ela vai passar por cima da minha vontade e vai fingir que meu pedido não foi feito.

- Vem, vamos descer pra almoçar.- fala esticando os braços em minha direção.

- Não, você não tá me escutando. Não quero colo.- falo negando com a cabeça e me arrastando pra trás na cama.

- Sério que vai fazer isso no primeiro dia ? Está ciente da disciplinadora que habita em mim, não testa muito.

- Tá me ameaçando ? Você não me escuta poxa, não tô fazendo birra, eu só quero que você me entenda.

- Eu te entendo e estou sendo paciente, já poderia estar com o bumbum quente mas estou aqui lhe oferecendo meu colo, vem.

Me sinto contrariada e mais vulnerável ainda com essas mudanças de tom e formas de agir dela, sei como isso funciona mas não consigo evitar de cair nesse papinho.

A encarei e fiquei em um briga interna entre defender meu ponto e ceder.

Me aproximei negando com a cabeça e desviando de seus braços, sentei na ponta da cama e levantei a encarando.

-Me dá a mão ?- perguntei abrindo e fechando a mão esquerda estendida em sua direção.

-Tudo bem, vamos.

Ela segurou minha mão e me guiou pelo corredor, descemos as escadas e fomos para a cozinha.

A maior cilada que eu entrei...

Pura inocência Kde žijí příběhy. Začni objevovat