11| Levi Warren

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— Eu já disse que não gosto de filmes que envolva tortura! — ela joga uma de suas almofadas em mim

— Não, você não gosta de nenhum filme que não seja você que esteja colocando ele — jogo a almofada de volta

— Eu te odeio

— Já disse isso

Ela faz bico e olha para o lado. Talvez ela só esteja irritada assim porque eu entrei no quarto dela sem dar nenhum aviso enquanto ela estava totalmente concentrada no livro e de fones de ouvido

Me deito na sua cama e ponho o filme, escolhi jogos mortais. O motivo para eu ter vindo no seu quarto é que eu não queria que ela forçasse o pé para ir até o meu — não planejei assustar ela, mas foi engraçado

Ela fica de bico até a metade do filme, eu acho engraçado o seu biquinho. Eu olho para seu corpo, ela estava com uma camisa grande e eu lembro de mais cedo

Por que a mãe dela machucou ela desse jeito? Uma curiosidade e horror toma conta de mim, por que alguém machucaria uma criança? E desse modo?

Ela não quer falar sobre isso então eu tenho que esperar ela tocar no assunto como foi hoje com seu irmão — eu dei uma empurradinha no assunto, mas foi bom para ela

Ela ainda está sentada olhando para a tv, me sento e fico do seu lado, ela sobe em cima de mim e me abraça. Isso foi surpreendente. Ela me aperta e depois de me olhar ela respira fundo

— Desculpa... É que a Cassie que você quer ver já considera você um amigo e gosta de... Abraços

— Eu fico feliz e eu dou todos os abraços que ela quiser

— Estava se perguntando o motivo dela me machucar, não é? — ela acerta em cheio — Eu sei pelo modo que me olhava, é o mesmo modo que Jenny me olha quando ver isso... É pior nas costas

— Posso ver? — ela me olha de um jeito estranho. Ela fica de costas e tira a camisa

Fico sem reação ao ver marcas de cigarros e outras cicatrizes. Eu toco em algumas e ela se afasta. Ela olha para a tevê outra vez, eu quero abraçar ela, mas ela não vai deixar

— Isabelly é uma péssima mãe, ela sumia por dias quando eu era pequena e quando estava em casa eu meio que era seu saco de pancadas, ela dizia coisas horríveis do tipo você não deveria ter nascido, você não deveria está aqui, você é horrível, eu deveria ter te abortado — essas palavras... Que horrível — Não foi uma boa infância — ela abaixa a cabeça — Pode me dar a minha camisa?

— Você não gosta delas, não é? — dou sua camisa

— Na verdade, eu não ligo para elas contanto que não toque e não pergunte sobre

— Entendi — ela se vira para mim

— Não é o do meu feitio confiar nas pessoas logo de primeira, mas eu confio em você, por isso estou tentando me abrir com você, eu não consigo fazer isso com nenhuma outra pessoa, mas com você eu tento... Você transmite confiança e sei lá — ela abaixa a cabeça — Eu deveria confiar?

— Se você quiser sim, não vou trair sua confiança

— O que você acha de mim? Da minha pessoa?

— Você é uma pessoa linda, delicada e também durona, bruta, sofreu muito na vida, você é forte mais do que eu, mais do que a Jennifer, mais forte do que pensa — toco na sua bochecha — Não merece nada isso, não merecia ser machucada dessa forma, você é quebrada, mas está se recuperando, olha aqui para mim — ela me olha nos olhos — Você é uma boa pessoa só sofreu mais do que deveria

Uma Ajuda InesperadaWhere stories live. Discover now