Capítulo Único: A Noite era fria e sombria....

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    Era uma noite fria e escura, não havia nada lá fora, as ruas estavam completamente desertas nenhuma pessoa ou um carro sequer, e eu estava trabalhando no turno da noite naquela academia. Escolhi o turno da noite pois raramente há alguma pessoa malhando a noite, o que torna ela calma e silenciosa, entretanto também a torna sombria, mas eu até que gosto daquele silencio sombrio.

    O relógio batia meia noite e era a hora da minha pausa. Abro minha mochila e tiro um pacote de biscoito, era um biscoito fitness que se encaixava na minha dieta, abro o biscoito e como o primeiro do pacote, ouço o som dele se quebrando em minha boca, pedaços grandes se transformando em pequenos e a cada mordida, sinto o sabor do biscoito, banana, engulo, e como mais um.

    Comendo um biscoito após o outro, ouço a noticia pelo rádio. Ela diz que um corpo foi encontrado nessa cidade sem nenhuma gota de sangue, os policiais pensam que foi obra de um animal, talvez um morcego, mas ainda não descartaram “nenhuma possibilidade”. “Será que eles acham que foi um vampiro”. Penso. Eu não acredito em mitos ou em superstições, mas no momento que eu ouvi “sem nenhuma gota de sangue”, pensei comigo mesmo “Será que foi um vampiro?”. Mas isso é impossível, ou será que...

    O silencio é quebrado por uma pessoa batendo na porta e percebo que não tem ninguém dentro da academia e ninguém do lado de fora, além daquela pessoa que estava querendo entrar. Caminho até a porta de vidro e olho através dela, era uma mulher, o vidro estava um pouco embaçado por causa do frio, mas eu conseguia perceber que era uma mulher.

    — Com licença — digo — posso ajudar?

    — Eu estou tentando entrar, mas o meu cartão está falhando — Diz ela com uma voz doce e encantadora — Pode me ajudar?

    As portas costumam dar defeito frequentemente, mas algo me dizia que deixar uma pessoa entrar na academia no meio da noite não era muito inteligente, mas no fim, aquele era o meu trabalho e eu abri a porta para a moça.

    Ela tinha cabelos pretos e pele branca quase pálida, tinha um corpo esbelto e carregava uma mochila em um ombro só, aquela moça era linda.

    — Obrigada por abrir a porta para mim — Ela sorri, um sorriso lindo que me hipnotiza — Poucos teriam feito isso, eu agradeço.

    — Eu só fiz o meu trabalho, moça — Digo hipnotizado pela sua beleza.

    — Tem algum vestiário aqui?

    — Sim, fica ao lado dos banheiros

    Ela agradece e vai para o vestiário, eu volto para o balcão e volto a comer o meu biscoito ouvindo o rádio

    Ela sai do vestiário, agora ela está vestindo um traje próprio para exercícios, que consequentemente é bem apertado e a deixa muito atraente.

    — Pode me ensinar como se usa esses aparelhos — Ela sorri — sou nova aqui.

    — Claro

    Caminhamos para os aparelhos de musculação

    — Qual o seu nome, moça?

    — Meu nome é Maria

    — Eu sou o Theo

    — Prazer em conhece-lo, Theo — Ela estende a mão, eu hesito por um segundo mas acabo cumprimentando ela com um aperto de mão. Sua mão era macia e suave, porém também era estranhamente fria, como se estivesse morta.

    — Desculpe pela minha mão fria — Quase como se ela lesse meus pensamentos — é que está frio lá fora....

    — Tudo bem — solto um sorriso gentil — Eu também tenho mãos frias.

Eu Sinto Muito Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt