Confesso que sinto sua falta...
Sinto falta de como seus olhos me percorriam, sabe?
Como se eu te pertencesse,
Como se você me quisesse,
Como se fosse um templo,
Um mar de ondas revoltas.
Sinto falta das borboletas no estômago, aquelas que me dispus a matar.
Sinto falta de quando não havia te conhecido, de quando as linhas do acaso não haviam se cruzado - e não há acaso.
Sinto falta de quando não sabia distinguir as coisas, de quando pensava menos e vivia a mercê da vida e dos seus infortúnios.
Sinto falta de...nem sei direito.
A falta se ocupa de tantas implicações e tudo é tão volúvel...
E se me conheço bem, acho que tenho sentido falta de sentir falta.
[ As tartarugas vivem cem anos e é um dia de cada vez]
