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[A/N]: Oi gente! Então, eu não sei se tem muita gente lendo aqui, mas quem tiver se puder comentar sempre o que ta achando da fic e tal seria bom. Eu não sou movida a comentário mas é sempre bom saber se tá agradando ou não. Enfim, obrigada a quem lê. Realmente espero que estejam gostando, e por favor qualquer erro pode comentar avisando (com educação óbvio) que eu vou corrigir <3


Lika - @l4rrypride


-x-


A terapia foi ridiculamente demorada. Eu não falei nada; não contei nada sobre a minha história. Algo me alertava para não confiar na Dra. Smith, pelo menos não assim tão rápido. Talvez os acontecimentos no banheiro tenham algo a ver com isso.

Precisava entender o que tudo aquilo significava. Talvez eu estivesse sendo curioso e enxerido, mas não conseguiria levar aquelas informações incompletas e não tentar desvendá-las.

Os cinquenta minutos passados com a Dra. Smith foram inúteis. Ela tentou, perguntou, exigiu, mas eu não disse nada. Nada além do que ela já sabia.

"Estou aqui porque eu tentei me matar" foi simplesmente o que eu disse. Ela já sabia disso; todos sabiam disso. Estava na minha ficha; foi a primeira informação colocada na minha ficha quando fui admitido nessa clínica.

"Sei disso. Preciso saber dos detalhes, Louis. O que aconteceu em sua vida para que você quisesse terminá-la?" ela perguntava, mas sua unica resposta era o silêncio.

"Tudo bem, entendo que isso ainda é novidade para você. Estarei aqui sempre que precisar. Não se sinta obrigado a esperar até sexta feira para vir e conversar comigo. Serei paciente com você" e assim ela encerrou nossa pequena consulta.

Saí de seu consultório a passos largos direcionados ao meu quarto. Queria dormir. Queria dormir o resto do dia, mas sabia que não podia. Ainda tinha tempo livre, e pretendia terminar meu dever para não precisar passar o fim de semana com a cara enfiada nos livros.

Era estranho a necessidade dos estudos em uma clínica psiquiátrica, onde o foco deveria ser outra coisa, e não os estudos. Mas os professores têm o lema de que mesmo quando estamos nos tratando e nos cuidando, não podemos abrir mão da educação. A clínica é cheia de crianças e adolescentes, então isso é um grande motivo para os estudos serem tão importantes por aqui.


Estava quase chegando em meu quarto quando trombo com um corpo alto. Sinto suas mãos em meus ombros, me segurando, e olho para cima para encontrar seu olhar.

"Harry, oi" suspiro, aliviado. Se ele não tivesse me segurado, com certeza teria caído de bunda no chão. Ele sorria discretamente, mas seus olhos não pareciam muito felizes.

"Tudo bem?" perguntou.

"Sim, obrigado" sorri, e nós começamos a andar juntos.

"Saindo da terapia?" perguntou e eu assenti. "Como foi?"

"Bem silencioso..." murmurei e Harry riu baixinho. "Não gosto muito de compartilhar minha vida com estranhos"

Harry assentiu lentamente e seu sorriso desapareceu por um segundo.

"Oh, eu não quis dizer..." tentei dizer mas ele me interrompeu, balançando a cabeça negativamente e sorrindo gentilmente.

"Eu entendi" disse. Paramos em frente a minha porta. Eram apenas quatro e meia da tarde e não havia nada pra fazer. "E então..." ele murmura, coçando a parte de trás do pescoço, claramente nervoso. Ele estava estranho. Harry não agia estranho comigo. Mesmo quando éramos apenas dois estranhos ele ainda era confiante e cheio de si.

misfits {l.s}Where stories live. Discover now