Capítulo 7

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Ao mesmo tempo que aquele lugar era como uma réplica exata da floresta Carmesim da pequena cidade do interior, Greenville. Aquele lugar tinha definitivamente algo diferente, digamos que um toque... Mais mágico?
Era lindo e magnífico. E apesar de nunca ter o visto antes, no fundo do meu coração eu sentia uma estranha sensação de pertencimento, como se tivesse acabado de finalmente chegar em casa depois de um longo dia cansativo de trabalho. Uma brisa e barulhos que eu nunca tinha sentido ou ouvido, mas ao mesmo tempo tão familiares e costumeiros.

-William...- Wallace fala me tirando dos devaneios- Me siga. Nós vamos ter que andar um pouco até chegarmos no nosso destino.-

-E oque é esse nosso destino?- falo ainda olhando tudo ao redor com enorme admiração.

-O reino de Lúria- o pequeno ser me responde.- Aliás, prazer, meu nome é Miko e eu sou um espírito da floresta.- ela retoma a fala, se apresentando.

-Oi... Prazer, eu sou...-

-William, eu sei- ela me corta sorrindo, enquanto estou muito surpreso a observando. Ela é minúscula.- Todos nós sabemos seu nome-

-Como assim?-

-Eu vou te explicar isso já já- Wallace entra na conversa.

-Tá... E o que seria um... Espírito da floresta, você é tipo uma fada?- eu pergunto curiosamente.

-Um espírito da floresta é um ser que tem o dever de  protege a floresta contra inimigos e predadores, além de manter sua magia. E não, eu não sou uma fada, existe uma diferença entre nós.- ela me responde com o mesmo sorriso de antes, pelo visto ela é bem sorridente.

-Você parece uma criança, apesar de ser... Menor que uma.-

-E eu sou bem bonita não é?-

-William não confie nesses seres. E só pra você saber, ela já tem mais de cem anos, espíritos da floresta vivem até oitocentos anos.- foi a vez de Wallace falar.

-Mais de cem?!- falo enquanto a observo mais surpreso ainda.

-Sim, e esses seres são bem pervertidos. Tome cuidado-

-Cala a boca Wallace! Estraga prazeres- ela fala finalmente substituindo seu sorriso para uma cara emburrada.

Ele começa a rir e a discutir com ela. Enquanto eu não presto mais atenção neles e fico atento ao nosso caminho. Sempre gostei de observar as coisas, talvez seja um hobbie meu observar e gravar uma imagem na minha mente.

Depois de um tempo Wallace fala que nós estávamos indo até o coração do Reino de Lúria, a cidade central e de onde vinha toda a economia do reino.
Heisenberg, lá existia uma enorme fortaleza erguida ao redor da cidade contra ataques de monstros e inimigos, e é dela onde vem toda a economia do reino por causa da grande quantidade de ouro das minas que a tempos atrás acharam.

Depois de um tempo caminhando, o caminho da floresta se foi e logo é substituído pela imagem de uma imensa muralha.
Continuamos nossa caminho que agora era de pedra, apenas eu e Wallace, Miko não podia sair e abandonar a floresta, então apenas se despediu e nos convidou para qualquer hora irmos até ela.

Assim que dei o primeiro passo na cidade eu senti como se tivesse voltado séculos no passado. Não existiam carros ou motos, prédios ou edifícios, mas sim uma rua feita de tijolos de pedra, com casas de pedra ou madeira e no meio um grande poço, sem contar nas vestimentas dos homens e mulheres da região que usavam roupas de couro de animais como as botas, ou vestidos longos cheios de babados, e o único meio de transporte aparentemente era animais como cavalos e burros. Eu realmente fiquei chocado.

-Eu sei como se sente William- Wallace fala de repente- As pessoas desse mundo não aceitam a tecnologia, na verdade, o próprio mundo não aceita. Ele depende inteiramente da magia. A magia para eles é como a nossa tecnologia é para nós.-

A essência de uma flor carmesim Where stories live. Discover now