͏ ͏⋆꙳☆༚ᰢᩚ.OO3!)💭ⵌ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏

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━━━ Hara Sunhee, certo? — uma voz feminina me chama. Viro-me e vejo uma mulher elegante. ━━━ Sou a diretora, é um prazer conhecê-la.

━━━ Ah, então foi a senhora quem ajudou meu pai a me matricular aqui? — digo, cerrando os olhos por um instante, mas logo sorrio de forma educada. ━━━ Muito prazer.

━━━ Seu sorriso é idêntico ao de sua mãe. — ela comenta, levando seu drink aos lábios. ━━━ Fomos muito próximas durante a adolescência.

━━━ É bom encontrar pessoas que conheceram minha mãe. — respondo, tentando parecer tranquila.

━━━ Sua mãe era uma mulher incrível, gentil e bondosa. Olhando para você agora, é como reviver os dias em que a conheci.

━━━ Obrigada, diretora, muito gentil da sua parte. — murmuro, forçando um sorriso antes de me afastar.

Pego um copo de coquetel sem álcool e saio andando pelos corredores, até que encontro uma sala de aula vazia. A porta estava destrancada, e a tentação de entrar era grande.

Abro a porta da sala, espiando rapidamente o interior vazio antes de entrar. O silêncio acolhedor do ambiente parece me convidar, então sigo até a mesa do professor e me sento de costas para a porta, aproveitando a quietude para refletir.

Desde pequena, minha mãe sempre dizia que eu precisava me abrir para novas oportunidades. Mas, convenhamos, isso nunca foi fácil para mim. A mudança nunca veio de forma natural, e quando finalmente a aceito, me cerco de defesas, como se algo estivesse sempre à espreita, pronto para me ferir.

Talvez eu tenha ficado assim depois de tudo o que aconteceu, depois de tudo o que passei com meu pai. Acho que foi por isso que desenvolvi o hábito de descontar tudo no shopping, uma forma de anestesiar a dor e a frustração.

Meus pensamentos são abruptamente interrompidos pelo som da porta se abrindo com força. Dou um pulo e me viro, já com a expressão fechada, apenas para encontrar Min-ho parado na entrada, olhando para mim com uma sobrancelha arqueada.

━━━ Você não para de me seguir! — resmungo, irritada. ━━━ Tá me stalkeando, é?

━━━ Eu nem sabia que você estava aqui, maluca. — ele rebate, igualmente irritado.  ━━━ Se tem alguém stalkando, é você.

━━━ No seu sonho, talvez.

━━━  O que está fazendo aqui? Eu deveria te dedurar. — ele ameaça, apontando um dedo acusador na minha direção.

━━━ Vai em frente, gênio. — retruco, voltando a me sentar na cadeira.

Ele avança até mim, sua expressão carregada de irritação.

━━━ Você não vai sair? Quero ficar sozinho. — insiste, agora de pé à minha frente.

━━━ E eu com isso? — faço uma careta. ━━━ Cheguei aqui primeiro.

━━━ Mas você já deve estar aqui há um tempão. — ele argumenta, impaciente.

━━━ E vou continuar. — afirmo com firmeza, mantendo o olhar fixo no dele. ━━━ Como sou uma pessoa generosa, posso dividir a mesa com você.

━━━ Mas eu não quero dividir com você.

━━━ Então é problema seu. — lanço um sorriso irônico, saboreando a vitória.

Min-ho revira os olhos, claramente contrariado, mas acaba se sentando ao meu lado, fazendo o ambiente mergulhar em um silêncio constrangedor.

━━━ Então... por que você está aqui? — pergunto, finalmente, sem olhá-lo diretamente.

ENCHANTED, MIN-HOWhere stories live. Discover now