Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
⭑ ࣪ 🎀💭 𖣯 𓏔 RESUMO ! 𓄹 ⩄ NO QUAL Hara chega na kiss e faz amigos NÃO REVISADO!
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
SABE QUANDO VOCÊ É CRIANÇA E CHORA BEM alto para que todos ouçam e venham perguntar o motivo? Aquela dor que, de certa forma, você quer que o mundo saiba, talvez esperando um pouco de atenção, de conforto. Mas depois, quando você já é mais velha, o choro vem em silêncio, quase imperceptível. Não porque dói menos, mas porque agora você prefere que ninguém pergunte o motivo. Esse era o meu estado agora, enquanto me encolhia no assento da classe executiva, assistindo a *Cartas para Julieta* na telinha minúscula à minha frente.
Por favor, não pense que sou uma pessoa amarga. Na verdade, eu me esforço para ser otimista. Eu sei como ser amável, sei ser animada e agradável quando preciso. Mas é difícil manter essa fachada de leveza quando você está sendo enviada para o outro lado do mundo, como se fosse uma encomenda despachada, enquanto uma mulher que mal conheço tenta envenenar a relação com meu pai.
Minha mãe morreu quando eu tinha 11 anos. Um acidente de carro. O impacto foi instantâneo, a morte rápida. Para mim, o trauma durou muito mais tempo. Durante anos, eu não conseguia entrar em um carro sem sentir o coração acelerar, o medo de que aquele fosse o último momento da minha vida. Perder uma mãe já é cruel. Perder quando você ainda é uma criança, sem capacidade de compreender a totalidade dessa ausência, é um golpe que só aumenta com o tempo.
