DON'T LET ME GO

35. Está sendo um inferno

Johannah's House.

Reconhecendo o som da BMW dentro do estacionamento atrás da sala, Johannah sorri, indo até a porta e a abrindo, apreciando a chegada do primogênito e das netas.

Louis vinha resmungando algo para Gabrielly, aturdido com alguma peraltice das menores, ao ponto de ainda não ter reparado na mulher de vestido verde.

- Vovó! - A primeira a sair a abraça, se confortando perfeitamente em seus braços. - Feliz aniversário!

- Você está linda, fadinha da vovó! O aniversário é do seu primo Lucky, Mimi.

Johannah ri, recebendo o afeto das gêmeas em seguida, que a cercam felizes e saudosas.

- Ela quer que seja seu aniversário. - Louis sorri apreciando a união das quatro, fechando as portas do carro.

- Eu sei que não é seu aniversário, mas não é legal receber feliz aniversário?

A pequena se retrata, fã número um de festas de aniversário. Jennifer caçoa dela com uma risada, recebendo um beijo da avó.

- É claro, querida, obrigada.

Ao terminar de abraçá-la, Johannah recebe Gabrielly, acariciando suas madeixas.

- Você está ainda mais deslumbrante do que antes, Gaby, que linda!

- Obrigada, vovó, eu puxei para você.

A menina sorri, afagando suas costas, fechando os olhos por um segundo durante a aproximação.

Mais atrás, ao lado de Louis, Talita fita os pés, levemente apertados nas botas pretas, imaginando como seria se parecesse com a mãe dele, que tanto havia trazido o assunto da genética à tona.

- Tali!

Ao soltar Gabrielly, Johannah segura na face da mais velha, a levantando e admirando, a dando um beijo em cada bochecha, fazendo-a sorrir.

- Como está grande minha princesa, é como se ontem estivesse em meus braços, do tamanho da sua prima Lexie!

- Senti sua falta, vó. - Ela murmura, sentindo o cheiro do shampoo de amêndoas exalado pelo cabelo de Jay. - Como a senhora conseguiu ficar mais bonita?

- Meu genro Niall, me presenteou com tantas skin cares, você não faz ideia.

Rindo, Johannah se aproxima do filho, o abraçando forte.

- Como você está, Lou?

- Oi, mãe. - Louis beija o rosto dela e retribui o gesto. - É... - Ao ver que as filhas já haviam passado para o cômodo seguinte, ele admite o mal sentimento. - Mais ou menos.

A mulher, toca as bochechas do filho com as palmas, apertando o rosto de Louis levemente.

- Quer conversar?

- Acho que sim. - ele sussurra, tocando os braços dela.

No meio de toda a confusão, sabia que no colo da mãe, encontraria o abrigo que ele perdera.

Os dois se sentam no sofá, que possui uma pequena vista da festa, ignorando os gritos e a música alta advinda do jardim.

- Então. - Sem saber como começar, o homem espera que ela tome a iniciativa.

- Sua mãe é velha mas te conhece. - Johannah ri de lado, deixando as rugas em evidência.

- Eu não sei o que eu tô fazendo. - Ele desabafa, tirando um peso das costas.

Com lágrimas nos olhos, Louis se encontra em seu estado de fragilidade, encarando a mãe que seca suas lágrimas com os polegares.

- Porque?