ENCHANTÉ [Daniel Ricciardo] ✓

20 | Podemos só respirar juntos?

"Só é cruel assim agora

Perdida no labirinto da minha mente

Termina, se liberta, cai a ficha, desmorona

Você quebraria suas costas para me fazer abrir um sorriso

Você sabe o quanto eu odeio que todos esperam que eu me recupere

Fácil assim"

— Labyrinth, Taylor Swift.

NICE, FRANÇA

Teto. Parede. Cortinas.

Hematoma.

Braço. Gesso?

Abri a boca esperando que a maior expressão de confusão saísse no formato de um "Que porra é essa?" mas estava fraca demais e com a boca tão seca que meus lábios pareciam cortados.

Me concentrei para tentar decifrar a ocasião, e rapidamente uma lembrança vívida de uma ambulância e braços me puxando de dentro do meu carro que, de longe parecia um enlatado vermelho, surgiu em minha mente.

Há quanto tempo eu estou aqui?

Tentei me mover e ajustar o travesseiro em minha cabeça, mas acabei derrubando-o da cama. Bufei desistindo e voltando a me deitar, agora no colchão duro.

Não havia muito sinal de claridade no quarto, nem mesmo debaixo das cortinas. Meu braço direito estava dormente, envolto em gesso branco, e mesmo assim, me esforcei o máximo que consegui com o esquerdo para apertar o botão que chama as enfermeiras. Algo no qual eu já estava muito bem familiarizada.

Não pude evitar unir minhas sobrancelhas quando a porta se abriu bruscamente e Suzanne entrou, seguida por minha mãe e... Daniel Ricciardo.

— Você acordou! — Suzie disse mexendo nos equipamentos ao meu lado, provavelmente se preparando para começar a me examinar.