Trouble in Paradise - Yeongyu

Fixing the End

— Beomgyu?! - Yeonjun exclamou ao telefone e de resposta teve apenas o silêncio. — Inferno!

O empresário bufou estressado e jogou o celular de qualquer jeito na mesa, caminhando em passos largos até a mesinha de sua sala onde havia algumas bebidas, coisa de seu pai, e rapidamente abriu uma garrafa de whisky, despejando uma dose generosa no copo para virar logo em seguida de uma vez, Yeonjun não era de beber muito, mas gostava de degustar com calma os sabores que as bebidas poderiam oferecer, entretanto, naquele instante só queria algo para o tirar daquela situação horrível que se encontrava e a primeira vez em anos, o moreno não quis encarar a realidade nua e crua.

— Entre! - Falou firme pra quem quer se fosse do outro lado da porta, já tinha se passado muito do horário de expediente e imaginava ser o único na empresa, a não ser os guardas que vigiavam o lugar.

— Sr. Choi? - A voz feminina de sua secretária ecoou pela sala e Yeonjun se virou segurando um copo com mais da bebida forte. — Acabei o relatório que pediu.

— Hum, tudo bem, deixe na mesa e pode ir embora descansar. - Respondeu secamente e se sentou na enorme cadeira presencial, apertando os olhos com as pontas dos dedos e sentindo sua cabeça latejar de dor.

— O senhor está bem?

— Sim, não se preocupe, só estou cansado.

— Se o senhor quiser... posso fazer uma massagem para acalmá-lo, o senhor parece estar muito tenso. - A mulher loira sugeriu dando alguns passos para ficar mais perto de sua mesa e Yeonjun franziu o cenho para ela.

— Por que diabos eu te deixaria me fazer uma massagem?

— A-Ah... eu... só pensei que poderia ajudá-lo...

— Você é paga ser minha secretária, não minha massagista! Eu sou casado e não acho que meu marido gostaria de outras pessoas me tocando, então se ainda quer ter seu emprego, sugiro que vá para a casa em segurança e nunca mais sugira tamanha tolice. - Falou soando um pouco mais alto que o normal e ao notar se recompôs, fechando os olhos novamente.

— P-Perdão senhor... eu não quis insinuar nada, só queria...

— Que seja senhorita Seo, vá para a casa, hum? Revisarei o relatório depois.

— Sim senhor, boa noite e mais uma vez, perdão. - A loira se desculpou e saiu correndo da sala presencial, deixando Yeonjun sozinho naquele lugar, com uma garrafa de bebida e uma bagunça de pensamentos.

O CEO bebeu mais duas doses de whisky e parou quando notou que já estava em seu limite, Yeonjun estava perdido, sem saber o que fazer ou pensar, estava morrendo de saudade de seu marido e ao menos tinha se passo um dia, só pensar que Beomgyu não estava em casa o esperando junto a Minjun e não teria o calor de seu corpo para se aconchegar, doía como um inferno em si, mas se era o que ele queria, respeitaria e foi assim que seguiu os dias seguintes.

Yeonjun mal ia para casa e quando ia, era apenas para toma rum banho e trocar de roupa, mas logo voltava para a empresa e toda a noite bebia até sua mente apagar de exaustão no sofá de seu escritório, no outro dia começava tudo de novo e nenhum funcionário parecia suportar mais o humor terrível do chefe que explodia de estresse por menor que fosse a situação, uma vírgula colocada no lugar errado era como se o mundo tivesse acabado e todos ouvia os gritos raivosos do empresário, isso chegou aos ouvidos da Sra. Choi e conhecendo bem o filho que tinha trazido ao mundo, decidiu apenas telefonar, depois de quase um mês sem ter conversado com ele e sabendo que Beomgyu ainda não havia retornado de sua viagem.

— Mamãe? - Yeonjun resmungou sonolento, revirando nos cobertores grossos de sua cama, Soobin tinha praticamente o expulsado da própria empresa para poder ir dormir de uma forma decente em sua casa e dar um tempo naquela loucura que estava vivendo, até mesmo ameaçou socá-lo se o visse colocar os pés no prédio naquele dia.