Capítulo 6

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7 meses para o casamento

Ângela

Olho a tela do computador e analiso bem.

- Eu gostei. Pra mim tá ótimo. - Digo.

Como não temos dinheiro para mandar fazer um convite, Jamilly se ofereceu pra fazer o design pra gente.

Ela fez um design simples. Nós não queremos um modelo com muita informação. Preferimos algo mais simples e delicado.

Tiro foto da telo e envio para Renan. Ele me responde aprovando o convite.

- Ele gostou. - Falo.

- De graça, ele tinha que gostar mesmo.

Menos um problema. Faltam uns quinhentos.

Casar deveria ser algo simples. Deveria ser prático. Mas conseguiram fazer isso se tornar a coisa mais complicada que existe.

A cliente que tinha marcado com Milly chegou alguns minutos depois e ela precisou atender.

- Não acredito! - Digo ao ver quem está me ligando.

- O que foi? - Pegou um pente.

- Minha mãe tá me ligando.

- Atende Ângela. Vocês não podem ficar brigadas assim.

Suspiro e faço o que Milly pediu.

Atendi e minha mãe estava desesperada passando mal. Ela estava com falta de ar.

Eu corri para a barbearia e pedi que Renan me levasse.

Eu cheguei o mais rápido possível. Empurro o portão que já estava aberto e me deparo com ela em perfeito estado.

- Olá Ângela. Precisamos conversar. - Ela se levantou de uma das cadeiras do terraço.

- Eu não acredito nisso. Se você queria conversar, por que fez todo aquele escândalo dizendo que estava passando mal?

- Se eu dissesse que queria conversar você não viria.

Realmente! Eu não iria vir.

Não tenho o que conversar com ela. Nem tenho um pingo de vontade de fazer isso.

- Acha que vamos nos resolver com você mentindo pra mim assim?

- Com essa sua atitude não vamos mesmo. - Gritou. - Você se virou pra mim depois que eu voltei. Queria que eu deixasse meu filho na rua? Ele só foi expulso por sua causa. Se você não tivesse saído para farra, todos nós estaríamos bem.

- Já chega. - Saio da casa dela.

As lágrimas voltaram. Elas sempre voltam.

Renan me leva de volta para o carro.

- Me desculpa. - Coloco o cinto. - Fiz você sair do trabalho por isso.

- Tu não sabia que isso ia acontecer. - Enxugou as lágrimas da minha bochecha com o polegar. - Vou te levar para casa.

- Eu não posso. - Fungo. - Eu tenho que atender.

- Cancela. Você não tá bem.

Ele tá certo. Eu não estou bem.

Cancelei com a cliente e avisei pra Jamilly que eu não ia voltar.

Eu não conseguia parar de chorar. Renan tentou me acalmar durante todo o caminho.

Quando entramos no apartamento, Jéssica estava na sala e me viu entrar chorando.

Me jogo nos sofá e tento entender tudo que acabou de acontecer.

Minha mãe apoiou a atitude de um espancador e agora disse que eu sou a culpada.

Jéssica perguntou o que tinha acontecido e Renan explicou para ela. Eu não estava bem o suficiente para falar sobre a conversa com a minha mãe.

- Amor, não precisa ficar aqui. Eu vou ficar bem. - Digo para Renan.

- Você é mais importante que o trabalho. Vou comprar alguma coisa para comer, ainda não almoçamos. - Saiu do apartamento.

- Então, vocês duas tiveram uma conversa? - Se sentou do meu lado.

- Tivemos uma briga. - Baixo a cabeça.

Me apoio em Jéssica e me permito chorar ainda mais.

- Querida, pode chorar a vontade.

- Será que nós nunca vamos nos resolver? - Soluço.

- Vão sim querida. Vão sim.

* E aí iludidos? Qual a opinião de vocês sobre a mãe de Ângela?

* Curtam caso queiram saber o resto da história

Ângela e Renan Onde as histórias ganham vida. Descobre agora