Capítulo 4

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10 meses para o casamento

Renan

- O local já é bonito, não precisa dessas coisas todas não.

- Eu sou bonita e vou usar maquiagem.

- Também não precisava disso. - Pego uma sacola da mão dela.

Ângela me arrastou pra São José pra comprar a decoração do casamento.

Até agora já compramos buquês artificiais, folhas artificiais, pisca-piscas e uns jarrinhos cobre.

Paramos em um podrão da rua das calçadas para lanchar porque eu não tava afim de comer comida mesmo.

- Quando se casar comigo vai almoçar todo dia visse. - Ela mordeu o cachorro quente. - Eu tava vendo um balões na Shein. Tinha uns prata e uns transparentes também. Acho que vai ficar bonito na decoração.

- Ah, eu vi na internet esses balão. Fica legal. E a gente pode oferecer uma uva em troca de Júnior encher os balões.

Ela ri.

- E o pior é que ele ama uva, né? - Respondeu. - Acho que tu vai ser um bom pai no futuro.

- Claro. As crianças me amam.

- É que elas ainda não tem noção de quem presta e quem não presta. - Brinca.

- Olha, tu para visse. - Sorrio.

Depois de comprar tudo, eu levei ela para casa enquanto a gente conversava sobre os nomes dos nossos futuros filhos.

[...]

Ângela

Me jogo no sofá com um baldão de pipoca. Renan foi pra barbearia e como eu não tinha nenhuma unha agendada pra hoje, decidi ficar em casa maratonando série.

Depois de algumas horas assistindo, alguém bateu na porta.

- Quem é? - Perguntei.

Ninguém respondeu. Deve ser só alguma criança daqui do prédio.

Fui para a cozinha para pegar um guaraná. Escutei a fechadura da porta sendo aberta e me assusto. Peguei uma faca e fiquei escondida na cozinha.

Conseguiram forçar a porta e abrir. Escuto passos de alguém entrando.

- Ângela. - Grita.

Essa voz eu reconheço de longe.

Baixo a faca mas continuo com ela na mão.

- O que tu quer Anthony? - Chego na sala.

- O que eu quero? O que tu quer? Como tu não me dissesse que tu ia se casar? - Perguntou dando a entender que ele tava certo.

- Por que eu deveria te contar isso? Você sabe a resposta.

- Vocês não vão ficar juntos.

Por que ele continua com essa ideia besta?

Ele começou a gritar um monte coisa na minha cara. Comecei a andar lentamente pra trás em direção ao meu quarto. Quando eu finalmente entro, tranco a porta e deixo ele do lado de fora.

- Ângela. Abre essa porta. - Gritava.

Começo a caçar o número de Renan enquanto empurro a cama na porta. Eu sei que ele consegue arrombar uma porta porque eu acabei de ver ele fazendo isso, acho que a cama pelo menos vai atrapalhar um pouco.

Quando ele atende eu explico a situação (ou tento).

Agradeço por o salão ficar perto da minha casa porque ele chegou em uns cinco minutos.

Escuto a voz de Renan na sala e Anthony finalmente para de tentar forçar a porta do meu quarto. E essa altura eu já tava chorando horrores.

Algum vizinho deve ter escutado e gritaria e ligou pra polícia. Ela entrou no apartamento, eu escutei eles segurando Anthony e levando ele.

Depois disso, tudo ficou silencioso.

Renan bateu na porta do meu quarto.

- Posso entrar?

Movi a cama de volta pra o lugar dela e destranquei a porta.

- Ia fazer o quê com essa faca? - Me perguntou.

Olho pra mim mão e só agora me dei conta que fiquei esse tempo todinho com ela na mão.

- Nem eu sei. - Jogo ela pra lá e desabo em Renan.

- Calma. Eu tô aqui. - Me abraçou. - Tudo vai se resolver.

* O que tão achando galera? O que vocês fariam no lugar de Ângela?

* Por favor não esqueçam de curtir o capítulo.

Ângela e Renan Onde as histórias ganham vida. Descobre agora