- Cap. 7

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Rebecca colocou o sorriso mais bonito que tinha em seu rosto, falso, porém ninguém saberia. Freen pedira que sorrisse para disfarçar, então ela o faria.

                     

O caminho até a cela de Freen pareceu eterno e ela fez como a maior pediu: Deixou muitas detentas verem ela entrando no local. Dinah ergueu a cabeça e se levantou ao ver Rebecca ali.

                     

-- Vou procurar a Mani. Fechem o lençol que eu deixo o aviso ali fora e chamo alguma idiota para avisar se vem alguém. -- Dinah disse antes de se retirar. Rebecca pulou da cama de cima e puxou o lençol, tampando a visão delas para o lado de fora e Rebecca engoliu em seco.

                     

-- Ela, huh, é sua companheira de cela? -- Rebecca perguntou e Freen negou.

                     

-- Não divido a cela com ninguém. Dinah divide a cela com alguma idiota por aí. -- Ela disse e Rebecca suspirou, vendo que seu pé começava a tremer de ansiedade.

                     

-- O que eu vim fazer aqui? -- Rebecca perguntou e Freen lhe olhou, encostando as costas no beliche antes de cruzar os braços e sorrir, erguendo uma sobrancelha.

                     

-- Não é óbvio? -- Rebecca a fitou sem dar resposta alguma por um momento, até se lembrar que precisava falar.

                     

-- Huh, na verdade não. -- Freen assentiu e apontou para a cama de baixo.

                     

-- Pode ficar nela por enquanto e tenho alguns livros embaixo do beliche. Pode ler algum se quiser, vamos ficar aqui por algum tempo para acreditarem que estamos transando.

                     

Rebecca se sentiu aliviada internamente, mas centenas de dúvidas rodeavam sua mente.

                     

-- Por que está fazendo isso? -- Rebecca perguntou cuidadosamente.

                     

-- Me chamo Freen. -- A outra disse aleatoriamente.

                     

-- Não perguntei seu nome. -- Rebecca contestou e só então se lembrou com quem falava.

                     

Ela tinha que perder essa mania de falar tudo o que realmente queria, já não era mais a chefe milionária, agora era apenas uma novata, estúpida o suficiente para ter respondido malcriadamente a pessoa mais temida de toda a prisão.

                     

-- Eu sei exatamente o que me perguntou, não sou surda. -- Freen disse secamente. -- Acontece que não quero responder.

                     

-- Desculpe. -- Rebecca pediu, se abaixando para procurar um livro para ler. -- Céus, eu adoro este livro. -- Rebecca disse com os olhos brilhando ao ver um livro de romance policial entre a pilha de livros. -- Eu me lembro de ter lido ele uma cinco vezes.

                     

-- Estamos quites. -- Freen falou, se encostando na parede para ter uma visão melhor de Rebecca.

FrᴇᴇɴBᴇᴄᴋʏ • CAUGHT BY CHANCE √ (โดยบังเอิญ) • Version Where stories live. Discover now