"e se...", sugere o próprio narrador.

"[...] Começou a pensar, então, em suas memórias mais recentes. E também nas mais distantes - quatro anos atrás, especificamente. Talvez Nic não estivesse lá. Por que Austin não se lembraria de Dominic, levando em conta que eles se encontraram no corredor naquela tarde, Número Dois? [...]"

Mais uma vez, a pergunta é feita pelo narrador. E a sugestão também.

Bom, eu avisei: confiar ou não no Passageiro Número Um era uma decisão sua, rs.

6. A narrativa inteira da personagem Claire (em específico os momentos em que ela age como "Angelina") foi construída propositalmente em cima de inúmeros "deus ex machina". Caso você não saiba, essa expressão se refere àqueles momentos do roteiro em que não há absolutamente NADA que possa resolver uma situação, e então, de repente... 🫨, um detalhe totalmente insignificante e às vezes ilógico faz tudo funcionar. Eu me permiti "usar" alguns desses recursos porque, como a própria Claire explica, ela acreditava que o caminho daquela viagem já estava completamente decidido pelo destino - isso é evidenciado, por exemplo, quando é dito que ela escapou do abismo através do elevador, ou quando ela envenenou o copo de Bethany. O fato de todos os passageiros terem involuntariamente sofrido uma confusão mental em relação às duas viagens também é um exemplo disso. Digo, é claro que seria loucura! Ela nunca poderia saber que Thomas não beberia aquele veneno no lugar da outra passageira, nem que o elevador estaria lá embaixo, mas... conveniências do destino, né? E como a personagem é, de forma muito caricata, uma forte defensora do destino, resolvi deixar esses pequenos "detalhes improváveis" na história.

Quero dizer... quem pode garantir que Claire e Thomas foram mortos com a queda? Se isso estava nos planos da Anfitriã, então talvez... 🤐 Ok. Vou parar por aqui.

7. No capítulo 1, a primeira pessoa a mencionar o destino para o qual estão indo (com exceção de Claire) é o Austin. Quando Thomas tenta dizer a frase, é o McCarty quem completa, sugerindo: "...Barrymore?", e isso foi um completo tiro no escuro de sua parte, porque ele não tinha como saber que todos aqueles passageiros "se confundiriam" na mesma viagem. Ele recebeu uma tremenda ajuda do acaso, e se deu conta disso no exato instante em que sugeriu "Barrymore" como destino.

8. No capítulo 13, quando Claire e Lucille se separam e a ruiva começa a ser perseguida por alguém, a única possibilidade imaginável é que esse sujeito fosse Chariot Green, já que somente ela estava sozinha naquele momento, muito provavelmente encharcando os corredores com querosene.

"Ah, mas se Claire era a Anfitriã, por que ela ficou com tanto medo ao ver uma silhueta se aproximando dela, a ponto de juntar uma pedra para se defender?"

Bem, vou deixar duas possíveis opções para você pensar sobre.

- Primeiro: Sim, ela era a Anfitriã. Por esse motivo, pegou aquela pedra justamente para que pudesse atacar a sua próxima vítima (independente de quem fosse), e teria feito isso se não tivesse ouvido a voz de Lucille em seguida.

- Segundo (e essa é mais divertida): Claire não sabia da existência de um segundo assassino quando colocou os seus pés no trem. Por conta disso, talvez a nossa querida Anfitriã tenha segurado aquela pedra porque pensou na seguinte hipótese: será que eu sou realmente a única assassina aqui embaixo?

Ela confiava no próprio destino, mas, se ele não foi capaz de prever a presença de Elliot naquela viagem, o que mais poderia surpreendê-la àquela altura? 🥵

9. "Levando em conta que não havia alguém 'de fora' ajudando Claire no capítulo 14, como a porta da saída norte foi trancada depois de ela tê-la ultrapassado?" Essa é simples: a porta da saída norte nunca foi trancada. Claire é a única que "checa" a maçaneta e avisa aos outros, então poderia facilmente ter mentido sobre isso. Em seguida, Lucille começa a desferir machadadas contra a estrutura, mas ela não chega a verificar se aquela passagem estava realmente fechada o tempo inteiro. 😅

10. A cena do capítulo 6, em que Austin e Claire estão juntos no lado de fora e começam a perseguir o suposto "assassino" através dos vagões, na verdade, é uma incrível pista falsa. 😅 Se você reparou no relato de Bethany no capítulo 12, ela deixa explícito que também estava lá fora naquele momento, esperando pelo bilheteiro para que pudessem conversar escondidos. Ou seja, levando em conta que os dois únicos assassinos estavam juntos - Austin e Claire -, a única opção restante é que a silhueta vista por eles pertencia ao bilheteiro. Mas eles não sabiam disso.

E, sim, Austin tinha ciência de que Claire era a segunda impostora, e vice-versa. Obviamente, os dois resolveram continuar encenando o seu próprio disfarce na intenção de não levantar o mínimo de suspeita - o que passa a ter ainda mais sentido considerando a existência do terceiro sujeito na cena, que poderia ser uma vítima, uma testemunha ou... uma ameaça, quem sabe.

A propósito, a fotografia encontrada por Claire atrás do vagão, uns minutos mais tarde, foi deixada pelo próprio Austin.

Bom, essas são todas as curiosidades que eu guardei sobre Trem para Barrymore. Antes de ir, eu quero pedir que, se você curtiu a história e gosta de livros nessa pegada, por favor, continue aqui! Talvez você também goste do meu novo livro, "Festa do Coração Partido", que será lançado daqui um tempo. ❤️

Enfim, obrigado pela leitura e pelo apoio! Nos vemos em alguns meses, eu espero, Passageiro. Não se esqueça de seguir o meu Instagram (@luckdu_arte) para edits, informações sobre a história e algumas artes legaizinhas.

(Não vou me despedir com o sinal dos dedos em frente aos olhos porque tenho medo que isso anteceda algum evento ruim).

É só isso, kkkkkkkkk. Até mais!

 Até mais!

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Trem para Barrymore [CONCLUÍDO]Where stories live. Discover now