Reality Show (Dreamcatcher)

2°Dia - TRLINE

N.A:
° = quebra de tempo
• = flashback
Itálico = frase/palavra em português

Boa leitura

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Um novo dia se inicia!

Para aqueles que dormiram é claro. Esse não foi o caso da nossa protagonista, que depois da conversa com Minji resolveu descontar sua raiva no estúdio. Os poucos telespectadores que ficaram durante a madrugada puderem somente ver a garota andando de um lado pro outro por vários momentos dentro da sala que era usada como estúdio pessoal. A sala em si tinha vários instrumentos musicais, além de alguns, poucos,  equipamentos de academia. Para a infelicidade dos fãs a sala não tinha nenhum tipo de áudio disponível, e claro, a câmera que tinha lá não mostrava nada que entregasse alguma música das meninas. Durante a madrugada inteira a brasileira ficou escrevendo e produzindo músicas. Indo do computador até algum instrumento aleatório, fazendo questão de não mostras nem os acordes tocados no violão. A frustração da garota foi toda transferida para páginas e mais páginas de rascunhos. Perto das 8 hora da manhã ela saiu do estúdio se dirigindo até a cozinha.

   — Bom dia, pessoal. Vocês dormiram? — Conversa com os fãs que mandam mensagens no chat.

   — Eu tô preparando o café da manhã das gurias. — Responde uma das perguntas feitas. — Depois vou dormi, tô morrendo de sono.

Os minutos foram passando entre conversas com os fãs, respondendo algumas perguntas sobre a brasileira.

   — Conheci a Minji primeiro, ela que me convenceu a vir pra cá e virar trainee, na moral. — Responde a pergunta, enquanto bota a mesa. — Quando a gente entrou na empresa conhecemos a Bora e conforme as outras foram entrando fomos nos conhecemos melhor, algumas eu já conhecia de outros cantos. Por exemplo a Gah, ela é irmã de um amigo e ex colega de trabalho meu.

A primeira a levantar e chegar a cozinha foi a Dong, sendo recebida por uma mesa cheia de comida e uma S/N sonolenta.

   — Virou a noite de novo? — Foi em direção a mais velha a cumprimentou  com um beijo na bochecha. — Vai dormi, vai. Você está parecendo um zumbi.

   — Carinhosa como uma pedra, como sempre. Beijos pessoal, na próxima eu falo mal da Dong, me cobrem, hein!

A brasileira sai de cena deixando a chinesa apreciar o café da manhã. Ela aproveita e interage com os fãs.

   — Vocês provavelmente vão ver muito ela durante a noite, ela é um morcego. — Ri. Tirando seu prato da mesa e limpando o que havia sujado. Logo o restante das mulheres da casa aparecem também se sentando e comendo o café da manhã.

A manhã se mantém calma, as garotas fazem seus cuidados pessoais, conversam entre si e com o fãs, arrumam algumas coisa na casa e por volta do meio dia Bora e Minji vão para a cozinha preparar o almoço de todos, enquanto o resto está na sala vendo algo na tv e interagindo com os telespectadores.

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Por volta das 14h a brasileira levanta já botando ordem, enquanto preparava seu prato com o resto da comida do almoço, pediu que as garotas se organizassem para fazer mais um game. O CEO estava cobrando a latina sobre o entretenimento. Jogos aleatórios e comuns foram feitos durante o resto da tarde e perto das 19h decidiram por cantar karaoke. SuA foi a primeira a pegar o microfone. As 7 se dividiam e cantavam sem parar. Enquanto S/n ficava lendo alguns comentários.

   — S/n vem também! — Em algum momento, que a brasileira não sabe dizer qual foi, Gahyeon apareceu com mais de suas bebidas, mais especificamente, vinho. Pelo jeito a latina teria que ir ao mercado depois só para repor seu estoque pessoal. Gahyeon já estava com as bochechas vermelhas.

O instrumental de cypher pt4 do BTS foi ouvido, animando a garota a sua frente.

   — TRLINE!!! — Gahyeon e Dami gritaram ao mesmo tempo em que puxaram S/n do sofá, as duas já estavam bêbadas. Com o súbito puxão a latina quase se espatifa no chão. Bom, ela sabia que não tinha escapatória. Dami é a primeira a cantar, esbanjando todo o swag que um bêbado pode ter. Gahyeon vem logo após o refrão, o estilo de rap cantado por j-hope lhe é conhecido e confortável.

Os fãs iam a loucura no chat, mas ficaram abismados com o talento da brasileira. A voz por eles conhecida como calma e baixa, ganha uma voracidade e poder enquanto interpreta a parte cantada por Suga, além de uma presença imponente, como se estivesse em cima do maior palco do mundo. Quando a música acabou as três comemoravam o placar quase perfeito segundo o karaokê, e o chat da live se enchia de mensagens parabenizando e elogiando a brasileira.

Até o momento não tinham muitas informações sobre ela, mas durante a manhã ela mesmo tinha dito que veio pra Coreia como trainee e aí estava a prova. A pergunta então surgiu, ela iria debutar e estavam usando o DC como marketing?

•••••••

Akira me chama baixinho, discretamente olho pra ele. Os japoneses são bem rígidos em sala de aula, mesmo todos aqui já sendo adultos, alguns professores ainda tratam os alunos como criança.

   — Fala. — Sussurro.

   — Vai ter uma festa de um conhecido meu, coisa leve. Vamos? — Eu concordo com a cabeça. — Minha namorada vai estar lá! Finalmente vou apresentar vocês.

   — Não quero fica de vela! — Ele não tem tempo de rebater minha resposta, o professor logo aumenta o tom para reclamar das conversas paralelas.

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A música alta é a primeira coisa que noto, nada comparado a uma resenha brasileira, mas dava pro gasto. Akira tinha ficado de me encontrar lá, não tinha muita gente ainda, então foi fácil achar o loirinho. Kamado Akira era meu melhor amigo no Japão, nos conhecemos na primeira aula da cadeira de psicologia criminal, desde então não nos separamos mais. Ainda sim, como todos os japoneses ele era bem reservado, por isso só depois de 6 meses namorando essa tal Minji ele finalmente resolveu me apresentar.

   — S/n!! — Seu grito desperta alguns olhares feios das pessoas ao lado. Vou até ele notando a morena um pouco mais baixa que eu. — Vem cá! Amor, essa e a S/n minha melhor amiga, S/n essa e a minha namorada, Kim Minji.

   — Oi, prazer em conhecer-la, Akira fala bastante de você. — O sorriso da garota é fofo, bem o gosto do japonês mesmo.

   — Akira também fala de você, prazer. — Faço uma reverência como cumprimento. O papo rola solto, logo eu, Akira e Minji já estamos melhores amigos e bebendo bastante. A festa não é a melhor do Japão, mas não é a pior. Akira sai para buscar mais bebidas e eu e Minji ficamos conversando sobre coisas aleatórias.

   — Kim Minji, hmm, você não é daqui, certo? Coreia, imagino? — O sorriso da morena se intensifica. Akira chega com as bebidas, pego meu copo e olho de relance pra uma garota que não parava de me encarar do outro lado da sala.

   — Acertou! — Ela ri, toma um pouco da bebidas também. — Por que não vai lá? Ela está te olhando a horas...

   — Eu vi também, daqui a pouco ela vai pular em você. — Akira também incentiva.

   — Bom, eu que não vou perder essa chance. Foi bom te conhecer Minji, manda o Akira marcar mais rolês. — Me viro até a garota do outro lado da sala. — Tchau pombinhos, não façam nada do que eu não faria!!!

Em resumos, a noite foi boa e longa.

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