já era de tarde.
me sentia angustiada, não conseguia me aproximar dele, parecia que todo lugar em que eu ia, ele fazia questão de sair e ir para o mais longe que conseguisse.

escutei o barulho do chuveiro ser ligado, sinal de que ele estava no banho.

sentei na cama tentando pensar em algo.

pensei, pensei e pensei.
algo me veio a mente, mas bem, isso era muita humilhação.

"você não vai mais vê-lo a partir de hoje de qualquer maneira"
pensei comigo mesma.
isso me confortava, mas ao mesmo tempo me deixava inquieta, não entendia ao certo o porquê.

era agora ou nunca, melhor morrer tentando do que nunca ter tentado!
não é?

devagar comecei a tirar minhas roupas, sentindo meu rosto corar apenas com o pensamento do que eu estava prestes a fazer.
me dirigi devagar até o banheiro, abri a porta e a fechei rapidamente, para que não desse tempo de desistir.

seus olhos se direcionaram para mim, nunca havia visto tanto espanto em seu rosto.
ainda tímida, cobri meus seios e minha intimidade com a mão.

tentava pronunciar as palavras mas parecia que nada saia, porém Draco teve a iniciativa.

-ficou maluca??? (ele grunhiu se virando para a frente, para que eu não tivesse a visão de seu membro)

então pude ter a visão de suas nádegas.
e uau, que bela bunda.

ele pareceu perceber para onde eu estava olhando.

-VOCÊ QUER MORRER, JASMINE? (ele gritou irritado)

-vamos, preciso servir para algo, me deixe lavar suas costas! (eu disse entrando no box, tentando controlar a vergonha enorme que estava sentindo)

-DA O FORA, CARALHO! (Draco parecia estar morto de vergonha, quase ri do jeito que estava se comportando)

-você pode se abaixar? assim consigo lavar ela toda! (eu disse tocando suas costas)

ele se virou para a frente, me puxando pelo pulso para seu corpo, agora nossos corpos estavam grudados, deixando meu corpo tenso e quente.

-eu não sei que porra você tá tramando, mas é melhor parar antes que eu perca o controle. (ele disse de maneira fria, me encarando nos olhos)

-eu só não sei como te agradecer por me ajudar com a minha irmã... (eu disse tentando formular uma desculpa) -você não me trata mal, por que eu deveria te tratar?

-quer que eu te trate como uma mera escrava então? assim vai parar de me perturbar?

-eu só quero esquecer toda essa merda do nosso passado, da história que a humanidade levou até aqui e toda essa situação podre em que vivemos, por que tem que ser assim? eu não quero te ver como um inimigo, Draco!

ok, isso com certeza não foi uma desculpa, foi um desabafo.
era bem mais fácil falar a verdade quando você agia como se estivesse mentindo.

Draco ficou em silêncio, seus olhos continuavam encarando os meus, sua mão aumentava e diminuía o aperto em meu pulso.

ele soltou meu pulso.

-saia. (ele disse insinuando que abriria o box)

mas eu fui mais rápida.

em questão de segundos, nossos corpos estavam mais colados, assim como nossos lábios.
eu estava beijando Draco.

sua presa agarrou meu lábio, me fazendo um corte provavelmente na intenção de me afastar e me castigar por minha atitude.
mas eu não me afastei, colei mais nossos lábios.
me surpreendi ao sentir as mãos de Draco me agarrarem com força, me pressionando mais ainda ao seu corpo.
nosso beijo estava quente e intenso, eu me afastava um pouco em busca de ar e ele me puxava novamente, me fazendo arfar.

sua mão me acertou um tapa forte nas nádegas, me fazendo soltar um gemido abafado.
não estava mais conseguindo controlar minhas atitudes, algo dentro de mim apenas desligou meu lado racional.

em uma atitude rápida, ele nos trocou de lugar, me jogando de costas na parede, quando fui me afastar, sua mão pressionou meu rosto contra a parede, me impossibilitando de sair do lugar.

senti seu membro na minha entrada.
algo dentro de mim gritou, um trauma, um medo, lembranças.
meu corpo se enrijeceu e senti ele tremer.
Draco parou, aproximando sua boca da minha orelha.

-vou ir devagar, ok? (ele disse tentando me tranquilizar)

aquilo me pegou.
nunca pensei que veria essa atitude vindo de um vampiro.
me transmitiu segurança, confiança.

-esquece. (ele disse afastando seu membro)

no impulso, me coloquei para trás, sentindo ele entrar todo dentro de mim.
soltei um gemido alto, o mesmo grunhiu me apertando.

então, ele me colocou novamente na parede, começando um movimento de vai e vem sem parar, minhas pernas estavam ficando moles e eu não conseguia mais controlar o meu gemido.

eu queria sentir ele.
queria Draco me preenchendo e me dominando.
que merda, eu estava totalmente rendida a ele.

seus movimentos eram calmos, como se ele estivesse com medo de me machucar, aquilo me deixava angustiada, me sentia uma depravada por isso.
comecei a mexer um pouco meu quadril de um lado para o outro, tentando provocar ele.
sua mão apertou minha cintura como sinal de repreensão, mas eu continuei, escutando o mesmo gemer rouco perto do meu ouvido.
então, sua mão segurou meu pescoço e suas estocadas ficaram mais fortes e rápidas, segurei sua mão, como se não conseguisse ficar sem seu toque.

estava chegando no meu ápice.
senti meu corpo ficar mole e logo cheguei no meu limite, vendo o mesmo chegar logo em seguida.
agora estávamos ofegantes, ainda com os corpos colados um ao outro.
olhei um pouco para trás, sentindo meu corpo entrar em êxtase com seu olhar no meu, quase como se penetrasse a minha alma.

A escrava do vampiro Where stories live. Discover now