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YARA

meu corpo estava repleto de novos hematomas, Jack não gostou nada do meu comportamento na casa do supremo rei.

mas eu não podia deixar que aquele homem agredisse minha irmã, foi uma atitude involuntária, apenas não conseguiria ver aquilo acontecendo sem interferir.

estava varrendo a casa enquanto Jack assistia Tv.
até que alguém bateu na porta.

ele foi irritado atendê-la, olhei para tentar ver quem era, me surpreendi ao perceber que era o irmão do rei.

-o-ola senhor, o que o trás aqui? (ele gaguejou arrumando sua postura)

os olhos dele foram até mim, senti um arrepio quando nossos olhares se cruzaram.

-o rei mandou buscá-la. (ele disse apontando para mim, me fazendo arregalar os olhos) -agora ela ficará sobre posse dele.

-o que? (ele disse soltando uma risada sarcástica) -desde quando pode fazer isso???

-o supremo pode fazer qualquer coisa, tem alguma reclamação? (o homem de alto porte disse encarando Jake, era maior e mais forte que ele, devia ter herdado todo poder e força do seu irmão)

então, ele engoliu em seco, se virando e chutando um armarinho no chão, até sumir do cômodo.

mal pude perceber quando o irmão do rei se aproximou de mim e sua mão segurou com força meu pulso, me fazendo derrubar a vassoura e me arrastando para a rua.

dei um gemido involuntário de dor, estava toda dolorida e sentia que o aperto dele iria quebrar meu pulso.

então, ele me jogou no banco do passageiro de um carro moderno e elegante, entrando em seguida no banco do motorista e ligando o carro.

-o-o que está acontecendo? (eu tentei ser firme, tinha raiva desse cara, ele parecia se achar superior a todos)

-a vaca da sua irmã estava dando problemas, meu irmão fez um acordo de te trazer para morar com ela se o seu comportamento melhorasse. (ele disse impaciente)

-não fale assim da minha irmã! (eu grunhi)

-escuta garota (ele disse me puxando pelo pescoço) -eu falo de vocês humanos da maneira que eu quiser, é melhor calar sua boca e aceitar isso.

-vampiros são repulsivos, não é a toa que meus pais queriam matar todos vocês.

-se não calar a porra da sua boca, eu vou arrebentar sua cara, vadia. (ele disse com os olhos vermelhos de raiva, apertando mais meu pescoço)

-não tenho medo... medo de você!! (eu disse com dificuldade)

nossa respiração estava desregular, ele havia parado o carro abruptamente em um canto qualquer da rua.
nossos olhos estavam grudados um no outro, como se estivessemos olhando para nossa alma.
senti algo estranho, por um segundo seu olhar desceu até a minha boca.

ele então me soltou abruptamente, voltando a dirigir.

-tem sorte de eu não ser o seu dono, se não ia te ensinar o que é apanhar de verdade. (ele disse irritado)

-Jake já ensinou, fica tranquilo. (eu disse rindo, a risada saia de forma amarga da minha garganta)

senti ele me olhar de canto, depois não falou mais nada até chegarmos ao castelo do supremo rei.

assim que chegamos na porta ele me jogou para dentro, me fazendo tropeçar nos meus próprios pés e quase cair no chão

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assim que chegamos na porta ele me jogou para dentro, me fazendo tropeçar nos meus próprios pés e quase cair no chão.
quando ele bateu a porta pude visualizar logo a imagem do rei descendo as escadas devagar e minha irmã correndo atrás dele, parecia eufórica.

ela se aproximou de mim sorrindo, como uma criança.

-Yara! (ela disse segurando minha mão) -estava esperando por você.

-não me toque. (eu disse de maneira rude, afastando minha mão)

um silêncio se instalou no local.

-ok, obrigado por ter ido buscá-la, irmão. (o supremo disse)

-tanto faz. (ele disse antes de sair pela porta, a batendo em seguida)

-mostre o quarto dela e explique as regras. (ele disse para minha irmã, indo em direção a cozinha)

-vem comigo! (ela sorriu receosa, indo em direção as escadas)

andamos alguns segundos até chegarmos até um quarto que tinha lá para o final do corredor do andar de cima.

era simples, tinha um pequeno armário ao lado de uma cama de solteiro pequena e um banheiro, as janelas tinham grades.

-bem, vou te explicar as regras para evitarmos problemas com o supremo (ela suspirou) -não deve sair de casa ou ficar andando fora do quarto, quando ele precisar que faça algo deve seguir sem reclamar, se não ele pode acabar machucando você...

-nada de inovador, já estou acostumada. (eu disse suspirando e indo em direção a cama) -pode fechar a porta, se ele precisar de mim mande me avisar.

eu disse me deitando na cama, escutando logo sem seguida a porta ser fechada.

A escrava do vampiro Onde as histórias ganham vida. Descobre agora