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A chuva estava tão forte que eu mal conseguia escutar a minha própria voz xingando meu celular sem bateria para ligar para alguém vir me buscar.

Fiquei na escola até tarde terminando alguns trabalhos que deixei pra a última hora, e agora todos os meus amigos mais próximos foram embora.

Talvez eu tenha me arrependido de não ter deixado isso para fazer no conforto da minha casa, assim não estaria aqui esperando essa chuva passar para ir embora.

Paro de olhar para a enorme janela na minha frente e volto para a mesa que estava sentada nessa sala vazia, sem saber o que fazer. Mas pelo jeito, tudo que eu tenho a fazer agora, é esperar.

Começo a bater o lápis na mesa, entediada. Então escuto os passos pesados de alguém se aproximando da sala.

Billie abre a porta e encosta no móvel ao lado dela, me observando com seu cigarro na mão, enquanto da uma tragada antes de jogá-lo no chão e pisar em cima.

O que a babaca está fazendo aqui? Não acredito que estou sozinha com ela, novamente.

Paro de bater o lápis na mesa e me ajeito na cadeira, me sentindo desconfortável pelo jeito que meu corpo reage tão rapidamente a ela.

Fico parada assistindo ela soltar a fumaça lentamente pela boca. Billie começa a se aproximar de mim, e quando chega perto o suficiente da mesa para eu perder meus sentidos, ela se curva para conseguir ver o que está escrito no caderno.

— Não é da sua conta. — pego as folhas vou até o canto da sala, as colocando em cima mesa ao lado da janela.

O barulho dos seus sapatos chegam aos meus ouvidos fazendo eco, e quase anula o som da chuva dos meus ouvidos e da minha mente, se tornando o som das nossas respirações e dos nossos movimentos os únicos da sala.

Fico de costas para ela observando a chuva que cai lá fora, mas com as mãos ainda em cima das folhas.

— O que você está escondendo de mim?— Ela pergunta tocando na minha mão e a tirando de cima dos papéis.

Um arrepio corre pelo meu corpo ao sentir sua pele levemente áspera pela minha pele, e ouvir sua voz rouca nos meus ouvidos.

Não havia nada de importante lá, nada que ela não poderia ver, mas por alguma razão eu não queria mostrar aquilo a ela, por que senão me tornaria, de alguma forma, vulnerável.

— Já disse que não é da sua conta. — puxo os papéis e os seguro com as duas mãos na minha frente.

Billie é muitoaltoa, pelos menos mais alta que eu, então consigo sentir sua respiração batendo na minha cabeça.

— Eu sei que você quer me mostrar. —

Ela se aproxima mais ainda para pegar os papéis, e acabo sentindo seu pau contra o meu corpo. Minha respiração se torna mais pesada ainda, e acabo perdendo todos os últimos resquícios da força que antes eu possuía.

— Eu não quero. — engulo em seco. — Você não precisa ver isso. —

— Mas você não pode esperar para que eu veja, não é Liz? —

Me viro para ela, ainda segurando os papéis que Billie também segura na outra ponta. Ele aproxima os dedos do meu, e seus olhos azuis me perfuram como uma bala me atravessando. Sem piedade, e sem demora.

Nós dois sabemos que não estamos falamos de folhas de papel. Billie está brincando comigo, de novo.

— Não vou te mostrar isso. —

— Nossa. — ela diz observando meu peito subindo e descendo quando estou perto dela.

— Você não consegue se controlar nem um pouco. Tudo que você quer é me mostrar o que está escrito naquelas folhas. —

Não consigo dizer mais nada. Meu corpo instintivamente se atira em Billie, fazendo nossos lábios se encostarem brutalmente, e deixando tudo que segurávamos cair no chão.

Minhas mãos passam pelo seu cabelo e minhas pernas dão a volta no seu corpo. Billie me coloca sentada em cima da mesa gelada, e puxa minha camisa de botões fazendo todos voarem para longe.

Ela encara minha lingerie faminta, mas não para de me despir enquanto me analisa. Minha saia branca sai do meu corpo tão rapidamente que é como eu nunca a tivesse vestido, e meu sutiã logo se desabotoa deixando meu peito à mostra para sentir o ar gelado da sala, mas também as nossas respiração quentes.

As mãos de Billie encontram minha intimidade ainda coberta, mas não o impede de me massagear por cima da calcinha.

Seus dedos não fazem muito esforço para tirarem um gemido de mim. Jogo minha cabeça para trás e ouço o sorriso de Billie vendo o que pode fazer comigo.

Ela encontra meus peitos e os morde passando a língua no bico e me fazendo gemer novamente.

Mordo meus lábios e olho pra ela novamente, pedindo por mais. Peço para que desabotoe a calça e me dê prazer com força.

— Você quer mais Liz? —

Não respondo, ao invés disso começo a tirar seu cinto, e logo abaixo suas calças com a ajuda dela.

— Está pronta? — Ela retira minha calcinha e eu abro minhas pernas para ela apressadamente.

Agarro seus ombros pra me segurar, quando de repente ouço uma pancada na porta.

— Liz!! — Alguém chama. Abro meus olhos com dificuldade. — Liz, você está atrasada! —

Quando me dou conta que estou no meu quarto. Sem Billie, sem janela, sem escola, ou sem mesa.

Eu estava sonhando? Olho para baixo e vejo minha mão dentro da minha calcinha, me acariciando enquanto sonhava com a idiota da Billie. Olho no relógios minha parede e me dou conta que estou meia hora atrasada para a escola.

Porra!

Me levanto correndo, ainda desnorteada por conta do meu sonho extremamente vívido.

— Liz! — Minha mãe chama novamente.

— Estou indo! O que aconteceu? —

— A energia da quadra caiu durante a noite. —

Como vejo que não tem como eu chegar a tempo para a primeira aula mais, me arrumo sem pressa.

Checo meu celular e vejo o motivo de não ter despertado. Estava sem bateria, mesmo que tenha ficado a noite inteira na tomada. Como sempre sou eu que acordo meus pais, - pois sou a pessoa que acorda mais cedo daqui de casa - eles sempre contam comigo para os acordarem, mas meu despertador natural nem sempre é confiável como podemos ver.

Não acredito que vou me atrasar para escola por culpa de um sonho idiota.

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Quem vive sempre aparece, né?

Foi mal pelo sumiço

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