Não acredito que ela teve a coragem de chamar minha garota de sem sal e menininha.
Era uma meia verdade. Audrey ficava enjoativa na maior parte das vezes. É sempre tudo muito igual. Foi por isso que busquei outras visões, como a da secretária lá embaixo e Julie de vez em quando. Ah, claro, ainda tinha Marilyn. Os pais dela eram realmente artistas, mas nunca cheguei a comer ela, só uns amassos aqui, outros lá...
Julie fez o que pedi e ficou de quatro na cama. Nessa altura, minha camisa estava devidamente pousada na cadeira e minha calça e boxer em algum lugar do quarto. Em uma de minhas mãos estava uma camisinha - que vesti rapidamente, não quero filhos tão cedo. A outra mão estava livre até então, pois comecei a depositar tapas e mais tapas em suas nádegas fartas. Tanto que elas já estavam ficando vermelhas, no mesmo tom de sua calcinha de renda enfiada no meio daquela deliciosidade.
Com cuidado para não rasgar, coloquei sua calcinha para o lado e enfiei meu pau em sua boceta fundo e forte como ela gostava. O resultado disso fora um puta de um gemido que só deixou meu amigão mais duro.
Ela gemia cada vez mais alto conforme a estocava mais e mais. Assumi um ritmo confortável, porém forte. Joguei minha cabeça para trás e me permiti gemer um pouco. Foi quando meu celular vibrou, mas não me importei em ir até ele antes de ela gozar, assim como eu. Ela se jogou na cama, cansada depois de ter que sustentar seu corpo por tanto tempo, ainda mais comigo fodendo ela.

- Você já vai? - Ela perguntou manhosa.
- Não sei...

Tirei o preservativo do meu pênis e o joguei no lixo do banheiro. Limpei meu pau e caminhei até a mesa que tinha próximo a porta e peguei meu celular. Lá tinha uma mensagem do meu chefe no grupo do escritório. Ele acabara de avisar que vamos ter um workshop essa semana, até sexta. No mesmo momento, mandei mensagem para Audrey Rose e a avisei. Sorri ao ver que ela pediu fotos.

- Então... Vai dar pra ficar?

A voz doce de Julie, em total constraste com sua personalidade, invadiu o ar e eu a olhei. Caminhei até a mesa de cabeceira, lugar que deixei meu celular, e me deitei junto com Julie, a abrançando por trás. Ela se virou quase que de imediato e passou a beijar meu pescoço.

- O que está fazendo?
- Provocando um segundo round.
- Não vá se arrepender depois.

Já estava de noite quando Julie disse que precisava ir. Não pedi pra ela ficar, porém queria ter feito isso. Peguei a minha cueca e a vesti, não era legal ficar andando por aí com o pau batendo na perna. Em cima da mesa próxima a porta estava uma garrafa de chamapanhe e duas taças. Peguei uma das taças e enchi com o champanhe recém aberto. Caminhei até a sacada do quarto e me sentei em uma das poltronas de veludo azul que tinha lá. Estava na segunda taça quando ouvi meu celular vibrar novamente. Me levantei e vi o nome do contato de Audrey aparecer na tela.

- Olá, princesa, precisa de algo?
- Kaleb... - Sua voz saiu embargada e tive a certeza que ela estava chorando.
- O que aconteceu? Está tudo bem?
- Minha...  Minha mãe... Ela traiu meu pai. - Ela disse com dificuldade. Meu olhos se arregalaram instantaneamente quando ouvi tais palavras. - Ela tava... Saindo com meu professor...
- Fica calma. Onde você está?
- Na porta do seu apartamento.
- Estou a caminho.

Desliguei o telefone e vesti minha roupa o mais rápido que consegui. Não demorou para eu estar dentro do carro dirigindo igual doido até o prédio onde ficava meu apartamento. Estacionei o carro de qualquer jeito e caminhei o mais rápido de podia até o elevador que levava até meu andar. Assim que o elevador apitou e a porta se abriu, avistei ela sentada no chão, toda encolhida e chorando baixinho.

- Audrey! - Seus olhos encontraram o meu, assustados. Me agachei ao seu lado e acariciei seu rosto inchado. - Se levante, vamos entrar - ela fez o que pedi. Abri a porta e a coloquei pra dentro, sentamos no sofá. - Me conte o que aconteceu.
- Meu... - Ela engoliu o choro e limpou o rosto com a manga da jaqueta jeans. - Meu pai e eu saímos. Ele estava me levando pra assistir um espetáculo de ballet. Foi quando esbarrei em uma mulher, - as lágrimas voltaram a aparecer - era a minha mãe com meu professor.

Audrey passou a chorar como uma criança de novo. Ela sempre foi mais próxima da mãe, mesmo ela sendo comissária de bordo e viajando sempre, elas se falavam todos os dias. Puxei ela para um abraço, mas me arrependi no mesmo momento. O cheiro de Julie ainda estava em mim. Mas Audrey não teria percepção o suficiente para identificar esse cheiro, ela nunca teve.
Ela se agarrou ao meu corpo ainda mais e senti minha camisa ser molhada pelas suas lágrimas. Audrey sempre foi muito sensível as coisas. A tudo praticamente. Não me lembro de uma cena triste de qualquer filme que ela não tenha chorado. Isso me deixava um pouco irritado, confesso, mas nada que não pudesse controlar.

- Posso dormir aqui hoje? - Ela perguntou baixinho.
- Mas que perugunta! É claro que pode.

Ela olhou para mim e deixou um beijo em minha bochecha. A peguei no colo, como um bebê, e a levei para o quarto. Coloquei ela na cama, tirei seus sapatos e a embrulhei.

- Pode dormir. Não vou sair daqui - Sussurrei para ela.

Audrey se encolhei e fechou os olhos. Me sentei ao seu lado na cama e fiquei olhando para o nada. Por mais que gostasse de Audrey, odiava ter que fazer o papel de pai. O pai dela nunca foi o pai do ano e isso sobrava para mim. Ter que cuidar dela e falar coisas bonitas quando ela estava chateada não era minha praia, mas fazia mesmo assim para ela não decidir ir embora, jamais vou deixar isso acontecer.
Tirei meus sapatos, me enrolei no cobertor e fechei os olhos.

A culpa é dos seus olhos - Parte 1 "A culpa é da sua beleza"Where stories live. Discover now