O Voyeur

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Voyeur


        Era tarde e o voyeur se juntava as sombras surpreso onde a noite o levara mais uma vez. Cansado precisando apenas daquilo pois fazia semanas que sentia assim tão desmotivado, desejando distrair-se das surpresas que a vida o dava. O motivo da inesperada excitação do voyeur era apenas um casal acalorado que aos beijos caminhavam na praça sem se importar com observadores. O voyeur os seguiu até a casa do casal. O casal que na verdade eram apenas amigos evocando prazer amigável e confiável numa noite fria qualquer, não imaginavam nem um pouco que estavam sendo seguidos. O voyeur não se importava se acabasse sendo flagrado, na verdade, nunca imaginara, presumira ou pensara muito nisso e nem sequer estipulava quando ou se . O voyeur era como um cão impulsivo e esfomeado procurando comida em frenesi almejando alimentar-se sem se importar com a sua sorte. Já o casal entrava na casa entre carícias intermináveis. Excitado, o rapaz passeava suas mãos no corpo da jovem que teve a leve a sensação de ser apalpada em todos os lugares ao mesmo tempo. Seguindo ao quarto que continha uma bela varanda onde os ventos daquela noite cantavam ao ecoar nas portas e janelas, o casal brindava a noite se embriagando oos beijos. O voyeur, excitado, pensava desesperadamente como não perder o casal de vista. Experiente como o voyeur se considerava, sempre conseguia invadir casas sem ser notado. Certa vez o voyeur contou para um dos seus poucos amigos da vez que invadiu uma casa com câmeras para observar uma mulher em seu momento de lazer em sua piscina. O voyeur não foi flagrado naquela noite porque havia pintado de preto todas as câmeras com um spray. O amigo, tão pouco se importara com as loucuras do voyeur, que apenas soara como um mentiroso patológico qualquer que como sempre no qual sentia apenas pena apesar de nunca o ter confessado que por esses relatos absurdos o abandonou como amigo. Agora o voyeur mais uma vez se pôs em mais uma sórdida nova experiencia rondando a casa onde o casal se embrenhava entres lençóis. Podendo notar que não havia câmeras ou cães para atrapalhá-lo desta vez, imaginara o voyeur que seria moleza para alguém como ele. No térreo ao examinar uma varanda o voyeur sabia que ali era sua chance de entrar na casa e assim continuar sua aventura noturna. Não havia segredos para o voyeur que não pudessem serem invadidos pois estava decidido que ali era o lugar que queria e precisava estar. Escalando colunas e janelas o voyeur se pôs na varanda sem ao menos causar um ruido sequer. Desta vez o voyeur gostaria de gravar a cena em questão e precisava de um bom ângulo da janela que ao vislumbrar pela luz da lua que banhava aquela noite uma grande porta de vidro sem filtro nenhum o impulsionou alegre saltitante ao seu objetivo. O voyeur quase nunca lembrava de gravar para o prazer posterior apesar de gostar de guardar mais como troféu já que pra si o prazer momentâneo e repentino presencialmente era tão importante quanto qualquer outra coisa. Mas estava agora decidido colecionar e talvez postar seus troféus em sites criminosos como seu novo grande projeto. O voyeur era desempregado, não estudava e nem havia ideias quaisquer para um amanhã próspero. Seu ego vinha de suas conquistas sexuais onde era a única coisa que o fazia se sentir importante, mesmo que seja apenas pra ele mesmo pois todos  os amigos o deixaram e nunca havia ninguém interessado em ser mais do que amigo. O voyeur já havia procurado ajuda e nunca obteve sucesso, pois de fato nunca teve talvez coragem ou caráter para mudar. Apesar de às vezes se controlar para não se masturbar na frente de terceiros como o foi indicado por ajuda profissional, o voyeur pouco se importava em não ter pudor e nem sequer entendia o porquê de ter. Seus problemas foram de leves impulsos curiosos a um vício desenfreado que nunca foi de fato tratado pelo mesmo com seriedade. Às vezes seus impulsos eram quase automáticos e o voyeur nunca se interessava o que ocasionava seus impulsos sórdidos. Nunca pra varear supôs que o único e exclusivo fato de ter prazer em suas aventuras não era do ato sexual, mas sim de confundir prazer à substâncias a sua vida destruída. 

       Mas desta vez o voyeur precisava de sua obra prima e tinha que ser bem executada em ângulos variavelmente diferentes. Planejara sem filtro pois a iluminação ao luar era boa o suficiente para sua doentia empreitada. A janela era larga e a imagem do céu noturno era um épico papel de parede para o casal e um cenário iluminado para o voyeur. Gravando então o voyeur se aproximava feliz por conseguir detalhes de alta qualidade no zoom que a câmera do seu celular o proporcionava. Sem falar do recorde pessoal de minutos que conseguia gravando já que quase nunca fazia aquilo ainda mais por tanto tempo. Confortável e confiante de si mesmo o voyeur pensara se conseguia estabilidade apenas em uma mão no celular enquanto poderia se masturbar. O pensamento em si despertou seus velhos e corriqueiros impulsos de masturbação e assim cedeu. Para o voyeur aquilo era tudo que precisava. Conseguia filmar o casal distraído enquanto se masturbava livremente se perdendo dentro de seu eu cada vez mais vazio e sombrio, perdido e sem senso moral. Cada vez mais como um animal uivando em sua existência sem sentido desprovida de paixão, compaixão ou sensibilidade. Perdendo assim para seus impulsos e então sem ao menos perceber que seu celular escapava entre seus dedos e encontrando o chão. Desesperado e assustado, o voyeur não sabia se primeiro fechava o zíper de sua calça ou se pegava o seu celular que havia deslizado sobre o chão para longe de si. O casal com o barulho sobressaltou-se  sobre a cama e claramente alarmado o rapaz pediu para que sua amiga esperasse na cama enquanto pegou uma pistola que guardava para segurança própria em seu guarda roupa. O voyeur falhando em fechar o zíper de sua calça tentou então se esticar para pegar seu celular enquanto escutava passos cada vez mais próximos dele. O rapaz ao chegar na sacada se assustou com a cena de um homem totalmente estranho aos seus olhos agarrando um objeto brilhante no chão. Ambos se assustaram.  O rapaz apenas atirou no voyeur a queima roupa enquanto expressões inesperadas se contorciam, pois nada ali era previsto. Nus o casal se desesperavam sem entender nada. Já o voyeur, jazia no chão abatido como um animal contorcendo-se em dor sem tanto tempo para lamentos ou para fechar as calças pois, agora, não havia troféus, não havia amigos, não havia vitórias e não havia vida. Animal abatido.

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⏰ Última actualización: Apr 18, 2023 ⏰

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