OO8| O equilibrio perfeito

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—— APÓS A DANÇA DE COMPROMISSO, O RITUAL SE INICIAVA, Syerena ainda com suas roupas e suando mesmo com a brisa refrescante que tinha nos dias de Lua Cheia, sentia durante o auxílio do ritual, suas costas queimando.

Suas costas queimavam com possíveis olhares dos Metkayinas, e quando entreolhou, viu o "Peixe-morto" a encarando de forma séria porém ainda com sua personalidade presente.

— Passe-me a Kri'tym do segundo pote. —- A Kri'tym era um dente longo e afiado de um dos seres antigos que originaram os Tulkuns, eles antes de se tornarem animais de paz e evoluírem.

Possuíam dentes afiados e maiores que o de qualquer tubarão dos marés.

A mestra da jovem estava séria, ela não podia olhar para nada nem ninguém somente encara os artefatos, o mar ou a lua cheia.

O foco era na celebração.

Ela pegou a Kri'tym e cortou todas as frutas que foram dadas como oferenda e as colocou juntas numa bacia, bacia onde o suco saído da polpa das frutas se acumulava, séria o drinque da lua.

Ela tirou de seu colar de concha um pequeno dente afiado, enquanto se desconcentrou e se virou para a aprendiz.

— Vamos estique seus braços, os doze furos da lua, os doze furos do mar estarão contigo. —- A morena simplesmente estendeu aos braços e foi percurada pela 'agulha' seis vezes em cada braço.

Aquilo era da história do Lua com o mar, concordaram em viver e se tolerar com equilíbrio, nunca existindo mais de seis estrelas muito brilhantes no céu ou nunca tendo mais de seis grandes ondas no mar
O equilíbrio da perfeição para o povo Metkayina.

A lua e o mar poderiam representar tudo de perfeito, casais, conquistas e até o fim.

E aqueles furos representavam que a mesma levaria a oferenda para o alto mar, aonde a Lua estivesse se auto-apreciando na transparência da águas do recife.

Bonecas e manuscritos tinham na segunda bacia, o passatempo do mar que vivia entediado com as profundezas.

Ronal pegou num recipiente feito de barro, a tinta vinda da energia das algas fluorescentes da noite.

Fez desenhos circulares nos braços e torso da menina, e sinais retos e perfeccionistas no rosto.

A luz esverdeada brilhando no escuro das formas circulares era belo e abstrato, contradizendo com o azul brilhante porém concreto do rosto.

A união de distintos, forma o equilíbrio.
Forma a Lua e o mar.
E seus filhos.
— Livro das Tsarhik.

Syerena se mantinha numa pose espiritual, tentando se conectar com Eywa, com o mundo, controlava suas respirações quando sentiu o toque de Ronal no seu ombro.

MARÉS DE MUDANÇA | ασηυηg. Where stories live. Discover now