•YARA•

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YARA

estava jogada na cama, morta de cansaço por ter limpado sozinha aquela casa imensa.
meus punhos estavam cerrados, estava com tanta raiva daquele cara que podia voar em seu pescoço a qualquer momento.
já estava amanhecendo quando fui dormir, mas creio que não se passaram nem três horas e ele apareceu no quarto me acordando.

-vamos, se levante. (ele disse parado ao lado da minha cama)

-você só pode estar brincando... (eu disse abrindo os olhos devagar) -eu mal dormi!

-isso não é problema meu (ele disse se virando) -quero você pronta em 10 minutos, precisamos sair.

dito isso ele saiu do quarto, me deixando desacreditada de que eu realmente teria que me levantar e me arrumar agora.

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quando chegamos até o local, percebi que era uma casa chique e mais elegante do que qualquer outra em que eu já havia ido, parecia um lugar próprio para essas reuniões, com diversas mesas e cadeiras.
ele se sentou com os outros a maior mesa que havia ali, fazendo todos ficarem em silêncio com a sua presença.
assim como eu, todas as escravas tinham que ficar em pé ao lado de seu dono, esperando silenciosamente a hora de ir embora.

a reunião começou.
fiquei surpresa ao perceber que o assunto era o seu irmão, mas em alerta pelo motivo.
Jasmine havia fugido de seu antigo dono, portanto era como se o supremo houvesse roubado sua escrava.
aparentemente pelos termos dela, a atitude certa deveria ser devolver Jasmine para seu antigo dono, aquilo me deixou eufórica, sentia que ele não era melhor que o supremo e também não queria que ela fosse levada para longe de mim.
fiquei inquieta, prestando atenção em tudo o que falavam.
aparentemente iam marcar uma reunião apenas com alguns dos reis que estavam ali e o irmão dele, para conversar com ele sobre isso.
quando eles estavam falando os detalhes sobre, uma garota explodiu ao lado do vice supremo, me assustando por estar tão perto, o mesmo permaneceu quieto ao meu lado.

-COMO PODEM FALAR SOBRE NÓS COMO OBJETOS? VOCÊS SÃO REPUGNANTES! (a garota gritou batendo as duas mãos na mesa)

-peça desculpas por sua atitude agora... (o dono dela disse impaciente passando as mãos no rosto)

-VOCÊ E O SEU IRMÃO SÃO OS PIORES DE TODOS, SEU SANGUE SUGA IMUNDO! (ela disse com o rosto perto do vice supremo)

até que um silêncio se instaurou no local, meus olhos se arregalaram.
uma de suas mãos estava no pescoço da garota, ele havia acabado de quebrar o pescoço dela.
sua expressão não mudou e ele não se moveu, apenas tirou sua mão e o corpo da garota caiu sem vida ao seu lado

todos estavam pasmos e o dono dela estava igual a mim, com os olhos arregalados e sem reação.

-L-Luan... (ele disse o olhando, provavelmente querendo questionar sua atitude)

agora eu sabia seu nome.

-o que foi? (ele disse olhando devagar para o homem) -não sabe doutrinar sua escrava e pretende que os outros lidem com sua falta de educação? se minha escrava fizesse isso eu mesmo já teria quebrado seu pescoço. (senti meu corpo tremer com suas palavras, me encolhi)

-mas... (ele ia discordar quando o olhar frio de Luan o fez parar e engolir em seco) -sim, você está certo, me desculpe.

-acho que está bom por hoje, me liguem para me passar os detalhes. (Luan disse se levantando e indo em direção a rua, eu o acompanhei, sentindo minha respiração falhar quando passamos ao lado da garota sem vida)

andamos até o seu carro em silêncio, o clima estava pesado.
abri a porta e me sentei no banco do passageiro, vendo o mesmo se sentar ao meu lado.
estava tremendo, minha respiração estava falha e meus olhos cheios de água.
estava completamente paralisada com o que havia acabado de acontecer.
ele havia acabado de matar uma pessoa.
com a maior frieza e calma, como se não tivesse feito nada.
já havia sido muitas vezes ameaçada de morte por meu ex dono, mas sabia que ele nunca chegaria a me matar, pois era doente por mim.
mas não sentia o mesmo com Luan, ele era diferente, era um monstro.

fomos o caminho todo em silêncio, em meia hora estávamos em sua casa.
quando entramos, quase tremi ao escutar sua voz soar atrás de mim logo após a porta ser trancada.

-limpe o jardim, você esqueceu dele. (ele disse passando por mim)

-ok. (apenas concordei, ainda encolhida e olhando para baixo)

ele parou na frente da escada, virando sua cabeça lentamente para mim com a sombrancelha arqueada.

-desde quando se tornou tão submissa? (ele soltou um riso sarcástico)

eu não respondi, apenas desviei o olhar.

-sobre o que aconteceu hoje, não precisa se preocupar (ele disse se virando para frente) -você ainda não viu nada.

então, ele começou a subir as escadas, me deixando sozinha na sala.
minha respiração estava falha, eu estava completamente assustada.

A escrava do vampiro Where stories live. Discover now