Tudo havia dado certo para todos, exceto para um.
Mikey observa sua irmã sorrindo com seu melhor amigo - ele não sabia do porque ter sido chamado para aquele encontro, para início de conversa. - eles eram fofos juntos, de uma forma que magoava o loi...
Então vamos para meu apartamento e eu acabo chamando todos para perto de mim. Passamos uma tarde divertida, como não temos a tempos e quando vai anoitecendo, todos vão ficando cansados, indo para suas casas.
Então sobra somente eu ali, sozinho. Tranco a porta e as lágrimas vão descendo por meu rosto, enquanto eu sigo até meu quarto. Tiro minhas roupas e as bandagens que estavam em meus braços, sentindo um vento frio passar por mim e me arrepiar. Vou para o banheiro e tomo um banho quente, assim que termino me enrolo em um roupão e pego meu celular, mandando uma mensagem para os três caras, agradecendo por aquele tempo com eles.
Então assim que tudo está feito, desligo meu celular, tomo a taça de vinho com um punhado de remédios amassados. Tomo tudo e pego então a lâmina em minha gaveta trancada, e passo por minha pele, que vai se rasgando e se abrindo. O sangue escorre eu fico ali, esperando o que vai me matar primeiro.
Sinto minha cabeça doer e minha visão fica turva, fecho meus olhos, permitindo que a sonolência me leve.
Muitas imagens de meu passado começam a passar diante de meus olhos, talvez eu já estivesse delirando. Mas vejo tudo, o momento que se cria a Toman, com o ideal de criar uma nova era de delinquentes no Japão. Vejo os momentos importantes passarem, vejo todos os meus traumas irem para o ralo. Aquilo finalmente acabaria, meu tormento chegaria ao fim.
Um sorriso pesa em meu rosto, enquanto vejo os olhos de ken-chin olhando para mim, e escuto sua risada soando em minha cabeça.
Já não sinto mais meu corpo, meus membros estão todos num estado de dormência, não consigo senti-los ou tentar mexer. Então apenas deixo meu corpo escorregar pela cama até eu estar deitado, minha cabeça um tanto abaixo do travesseiro.
Faz um tempo que não sinto a paz que me tomou ali, no último ato que acredito ser meu fim.
Será que se ken-chin me visse desse jeito, se preocuparia comigo? Ou só acharia que eu estou tomando aquilo que mereço?
Que coisa estúpida de se pensar.
Talvez seja o tanto que eu ingeri de remédios e o sangue que ainda não parou de sair do meu corpo.
É, talvez seja isso mesmo.
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Bep...bep...bep...
Sinto minhas pálpebras tremerem antes de abrir os olhos. Fico encarando o teto pensando em como caralhos eu vim parar aqui.
Tento me sentar, mas sinto mãos me segurando e logo em seguida sou empurrado na cama hospitalar.