Manjiro
Já havia se passado algum tempo desde aquela conversa com Kokonoi. Depois daquilo posso dizer que estamos mais abertos um com o outro, e isso é bom. Sanzu estranhou um pouco e talvez tenha ficado com ciúmes, mas eu estava me sentindo confortável o suficiente para comer sem tentar por para fora. Claro que, comecei comendo com calma, para não vomitar que nem da última vez.
Outra coisa é que desde aqueles encontros com Baji, Kazutora e chifuyu, eu estava me comunicando com os três. Eles fazem questão de todo dia falar comigo, mesmo que seja só um "bom dia". Eles tentam marcar saídas comigo, mas eu ainda não estou preparado para isso, eu ainda não gosto de sair de casa e também tenho meus impulsos depressivos.
O que quer dizer que eu ainda tento me suicidar, escondido dos caras, mais vezes do que eu gostaria de admitir. Não me orgulho disso, mas nesse meio tempo eu havia tido ataques de pânico e acabei me machucando seriamente nos pulsos. Agora meus braços estão enfaixados e os cortes estão tão fundos que quando faço esforço, a ferida abre e sangra.
Os meninos haviam visto, mas a pedido de Kokonoi, não brigaram e nem tentaram me dar sermão. Eu estava fragilizado, e Kokonoi era o mais próximo de mim ali. Então quando concordei com ele, todos obedeceram.
Observo o fluxo de pessoas indo e vindo pela minha janela, meus pensamentos indo e vindo com eles.
Sanzu se aproxima, me fazendo virar a cabeça e me encolher antes que ele toque em mim. Ele parece perceber meu ato, mas não diz nada a respeito.
— Hm? — Olho para seu rosto, e para suas cicatrizes que eu causei.
Ele passeia as mãos pelos cabelos e eu permaneço em silêncio, esperando.
— Preciso ir no mercado, você quer me acompanhar, meu rei? — Ele sussurra, mas saindo alto o suficiente para que eu escute.
— Claro...— Ele me olha surpreso, sabendo que eu odeio sair de casa, mas novamente nada diz.
Saímos do apartamento rapidamente e pegando o elevador que estava vazio. Assim que estamos fora do prédio, me viro para ele.
— Sanzu, sei que nunca fiz isso de forma adequada, mas obrigada. — Ele parece estático no lugar, acabo soltando um riso com a situação. — agradeço por tudo o que fez e tem feito por mim, obrigada Sanzu.
Seu rosto demonstra muitas emoções e eu somente continuo a caminhar do seu lado. Eu não costumo fazer muito aquilo, me despedir.
Sei que é errado, Sanzu realmente me trata como se eu fosse seu melhor amigo, sua salvação. Mas essa última parte eu não sou, não sou nem a minha, quem dirá a dele.
Entramos no supermercado e ele vai escolhendo as coisas que faltam em casa e eu, pela primeira vez em anos, caminho até a seção dos doces e pego todos os que eu costumava comer.
Que eu comia com ken-chin, que ele comprava para mim.
Volto para o carrinho e Sanzu ri da quantidade absurda de doces que peguei, mas não reclama.
Vamos andando até o caixa e eu vejo três pessoas que não falo a algum tempo. Ken-chin, inupi, e Emma.
Os três pareciam animados conversando, e então chega uma garota de cabelos rosas e um garoto de cabelos pretos. Viro meu rosto e acompanho Sanzu, que passa as compras e paga tudo.
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why not me?
FanfictionTudo havia dado certo para todos, exceto para um. Mikey observa sua irmã sorrindo com seu melhor amigo - ele não sabia do porque ter sido chamado para aquele encontro, para início de conversa. - eles eram fofos juntos, de uma forma que magoava o loi...
